Aeronave do Esquadrão Pelicano da Capital vai auxiliar buscas por avião no Chile

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A Força Aérea Brasileira (FAB) disponibilizou, nesta terça-feira (10), a aeronave SC-105 SAR, operada pelo Esquadrão Pelicano sediado na Ala 5 (Base Aérea) em Campo Grande e uma aeronave P-3AM para auxiliar nas buscas ao avião da Força Aérea Chilena, que está desaparecido. As aetronaves são utilizadas em operações de busca e salvamento, dotadas de sensores infravermelhos e equipadas com recursos de varredura eletrônica.

O avião militar decolou da cidade de Punta Arenas, no sul do Chile, por volta das 17h, rumo à Base Eduardo Frei, na Antártica, com 38 pessoas a bordo e desapareceu quando cruzava o Estreito de Drake, o trecho de mar entre o extremo sul da América Latina e a Antártica.

Para auxiliar nas operações de busca, o governo brasileiro disponibilizou duas aeronaves da FAB e um navio navio polar Almirante Maximiano da Marinha.

Conforme a FAB, a aeronave utilizada nas operações do Esquadrão Pelicano na Capital tem itens de última geração, que auxiliam na busca e resgate, como radar com abertura sintética, imageamento por infravermelho e integração de sistemas.

O radar da aeronave tem capacidade de monitorar em 360 graus e simultaneamente até 640 alvos em um raio de 370 km. Pode detectar alvos tão pequenos quanto um bote e acompanhá-los em movimento na superfície com até 139 km/h. Além disso, pode captar imagens com resolução de até um metro quadrado dentro de uma área de 2,5km x 2,5km.

O sistema eletro-óptico infravermelho, que permite operação por 24 horas, tem a versão mais recente da câmera FLIR (Forward Looking Infra-Red). Além de registrar imagens coloridas, pode aproximá-la em 18 vezes e operar em ambiente de baixa luminosidade. O modo de operação em que o sensor de infravermelho é usado conta ainda com zoom de 71 vezes e funciona detectando o contraste termal, ou seja, por diferença de temperatura.

Já a Aeronave P-3AM é operada pelo Esquadrão Orungan, sediado na Ala 12, em Santa Cruz (RJ). O avião também utiliza diversos recursos eletrônicos, como sistema radar e FLIR (Forward Looking Infra-Red), que proporciona visão noturna, sendo possível localizar o objeto por meio da temperatura emitida por ele.

Com quatro motores, a aeronave tem grande autonomia, podendo permanecer em voo durante 16 horas. Os sensores eletrônicos embarcados na aeronave são os mais modernos que existem. Tudo isso confere ao P-3AM a capacidade estratégica de vigilância marítima de longo alcance.

A Força Aerea não divulgou informações sobre o início das operações de busca no Chile.