Discussão sobre a laqueadura compulsória voltou à tona com mais força nos últimos dias, após surgir o caso de uma mulher no estado de São Paulo que foi submetida a esterilização, a princípio sem a conscientização devida e por ordem da Justiça. Para cinco dos oito deputados federais por MS, a medida é agressiva e impositiva e só a mulher e a família devem decidir por esse tipo de procedimento.
Para o deputado Elizeu Dionízio PSB, somente a família deve definir se uma mulher quer ou não passar pela esterilização. Ele rebate argumentos de defensores da proposta, dizendo que é preciso esterilizar pessoas viciadas em drogas pesadas e que já perderam o controle de suas vidas.
”É mais fácil tratar a consequência do que a causa? Primeiro devemos tratá-la do vício e depois ela decide se quer ter filhos ou não”, finalizou o pessebista.
Luiz Henrique Mandetta (DEM), que é médico, disse que já existe legislação sobre o planejamento familiar e que existe uma série de protocolos a serem respeitados. Ele considera um absurdo o Mnistério Público e a justiça paulista tomarem a decisão de esterilizar uma mulher, a princípio, por iniciativa própria.
O democrata diz que se fosse o médico em questão que fez a cirurgia na mulher no estado paulista, não teria realizado o procedimento, mesmo com ordem judicial.
”Ela não estava esclarecida o suficiente. Não havia ninguém da família, aquilo foi irresponsabilidade”, define o parlamentar, que ainda acrescentou que medidas como esterilização feminina ou vasectomia para os homens exigem longo processo de amadurecimento, tratamento psicológico e prazo para arrependimento.
Sobre o mesmo tema quem acompanha as críticas do tucano ao MP e à Justiça é o deputado Zeca do PT.