Ainda na UTI, prefeito pensa em renunciar depois de atentado a tiros na fronteira em MS

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Vice responde pela Prefeitura de Paranhos e família de Bettoni avalia transferir prefeito licenciado para tratamento em SP

Vítima de atentado a tiros há quase três semanas, o estado de saúde do prefeito licenciado de Paranhos, Dirceu Bettoni (PSDB) ainda inspira cuidados. Ele ainda continua na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) no Hospital do Coração em Dourados e avalia ir a São Paulo para continuar o tratamento. Além disso, tem sofrido pressão da família para deixar o Executivo paranhense.

De acordo com o prefeito em exercício, Luciano Wagner Rodrigues (DEM), Dirceu Bettoni teve uma “melhora boa” na última semana, mas tem uma lesão no braço que faz com que a equipe médica estude a possibilidade de ir para o estado paulistano para fazer tratamento.

“O tiro que ele tomou não lesionou o nervo do braço, mas ‘esquentou’ o nervo e comprometeu um pouco os movimentos. É uma situação que merece fisioterapia acompanhamento. Nós estamos procurando em São Paulo o melhor acompanhamento para ele voltar a ter a função normal do braço”, explicou Luciano ao Jornal Midiamax, nesta segunda-feira (2).

lta até terça (3). Além da transferência para outro estado, Dirceu tem sofrido pressão familiar para deixar a vida política e tem pensado no assunto. O vice-prefeito, no entanto, acredita ser prematuro para ter uma decisão dessa natureza.

“Em relação à renúncia, é algo muito delicado para ser discutido porque ele não está no estado normal de pensamento dele”, pondera Luciano. “Eu, particularmente, não cogito essa possibilidade, mesmo porque ainda que ele fale agora e afirme com todas as letras que ele não quer mais, o estado emocional prevalece. Então deve-se esperar ele estar 100%”.

Atentado

Dirceu Bettoni foi alvo da ação de pistoleiros na noite do dia 14 de junho, quando chegava em sua residência. No domingo seguinte ao atentado (17), uma testemunha, que também teria participação na tentativa de assassinato contra o prefeito, foi morta a tiros no meio da rua, logo após deixar a delegacia de Paranhos.

Calote

A venda de uma fazenda no Paraguai que não teria sido paga é a principal linha de investigação da polícia para a motivação para o crime. Dirceu teria vendido a propriedade e o comprador não teria efetuado o pagamento.

O prefeito, então, teria entrado na Justiça paraguaia contra o comprador, o que fez com que seus bens fossem bloqueados.

Atirador

O inquérito sobre o caso foi encerrado e a polícia aguarda posicionamento do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), se apresenta denúncia contra os suspeitos.

O atirador Gabriel Queiroz, 26 anos, confessou em depoimento que foi contratado para matar Bettoni. A investigação apontou de que a mulher dele também teve participação no crime.

Gabriel contou que receberia R$ 20 mil, destes, R$ 5 mil foram pagos antecipados e o restante seria entregue apenas depois que o trabalho estivesse concluído.

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