Alvo de atentado, traficante se beneficiava da crença alheia para consolidar logística da ‘coca’

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A Operação  Santa, deflagrada pela Polícia Federal e  nesta quinta-feira (21), para desarticular esquema de tráfico de drogas em ônibus de turismo, é fruto de apreensão realizada pela  (Polícia Rodoviária Federal) em dezembro de 2018. Um dos traficantes responsáveis foi alvo de atentado, chegou a ser investigado por homicídios e se prevalecia de pessoas que faziam viagens de caráter religioso para consolidar a logística do envio de cocaína.

Conforme apurado, a  da região de  descobriu que um empresário que fretava ônibus para levar fiéis de  ao santuário em Aparecida do Norte (SP), estaria ligado ao tráfico. A equipe chegou a apreender 576 quilos da droga em dezembro de 2018. O trabalho de inteligência então foi encaminhado à PF, que deu continuidade até culminar na operação.

Em fevereiro de 2019, o empresário investigado foi alvo de tentativa de homicídio. Ele seguia de caminhonete pela Rua Cuiabá, em , quando pistoleiros iniciaram o ataque, mas sem sucesso. A polícia descobriu que o crime havia sido arquitetado pela própria esposa, que foi presa e condenada a mais de 10 anos. Naquela oportunidade, foram encontrados na casa do casal uma pistola 9 milímetros e R$ 500 mil sem origem definida.

O empresário chegou a ser investigado por suspeita de envolvimento na execução de dois proprietários de vans, que seriam em tese concorrentes dele. No entanto, as investigações não encontraram provas o suficiente. Na operação desta quinta-feira, apesar dos esforços de PF e , tal empresário não foi localizado. Informações são de que estaria fora da cidade.

Operação

A Polícia Federal com o apoio da  deflagrou nesta quinta-feira (21) a Operação  Santa, para desarticular uma organização criminosa voltada ao tráfico interestadual de drogas e lavagem de dinheiro. Aproximadamente 86 policiais federais e servidores da  foram às ruas para cumprimento de 10 mandados de prisão temporária (30 dias) e 14 mandados de busca e apreensão nas cidades de , e Deodápolis, além do sequestro e bloqueio de mais de R$ 10 milhões em bens e 12 ônibus avaliados em mais de R$ 11 milhões de reais. 

As investigações tiveram início em 2019, após apreensão de um ônibus de turismo mais de meia tonelada de cocaína transportada em um compartimento oculto de tal veículo de transporte de passageiros. Ao longo das investigações logrou-se êxito em documentar outras duas apreensões com quase 400 quilos de maconha, também em veículos de transporte de passageiros, todos com destino a cidade de São Paulo/SP. 

A organização criminosa era dividida em três núcleos: um era responsável pela logística de carregamento e transporte da droga; outro pelo agenciamento das viagens e pelo recrutamento dos passageiros e o outro pela lavagem de dinheiro. Todas as empresas envolvidas são sediadas na cidade de