Bombeiro teria passado 2 vezes sobre corpo de atropelado em briga de trânsito

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Joaquim Paulo Martins de Assis, de 45 anos, o motorista atropelado por um militar do Corpo de Bombeiros na noite desta quinta-feira (3), em Campo Grande, está em estado grave na Santa Casa. Segundo a esposa da vítima, que estava com ele quando tudo aconteceu, além de xingar a família, o militar, que segundo ela estava muito alterado, teria passado com o carro por duas vezes em cima do corpo da vítima.

”Nós estávamos com uma criança no carro e ele nos provocou, xingou e por fim passou com o carro por duas vezes em cima do meu marido. Não consigo entender o motivo disso”, conta Rosângela Martins Fernandes, de 44 anos.

Rosângela diz que no carro estavam ela, o esposo e a filha, de 13 anos. Os três seguiam para casa no momento em que o acidente aconteceu. Na versão dela, tudo começou quando o militar sinalizou intenção de entrar na pista onde o veículo do casal estava. Diante disso, Joaquim teria reduzido a velocidade para dar passagem ao bombeiro. “Ele sinalizou certinho, não teria porque não darmos passagem”, comenta.

Contudo, a curta distância e o trânsito conturbado fez com que os automóveis se esbarrassem, o que de acordo com ela, obrigou a vítima a buzinar. “Por causa disso meu marido buzinou para que ele percebesse que poderia bater, mas isso deixou ele muito estressado”, explica.

A mulher conta que depois disso, o militar e uma mulher que o acompanhava iniciaram uma “sessão de xingamentos” seguidos de gestos obscenos. A pedido da esposa, Joaquim teria ignorado e seguindo o trajeto.

Minutos depois, já na Rua Joaquim Murtinho, onde o atropelamento aconteceu, Rosângela conta que, propositalmente, o bombeiro fechou bruscamente o carro da família. “Ele estava nos provocando, xingando e eu simplesmente não entendo o motivo”, conta.

Diante da situação, a vítima decidiu descer do automóvel para “tirar satisfação” e foi atropelada em seguida. “Quando meu marido desceu ele já arrancou com o carro e bateu nele. Não satisfeito ele engatou novamente a marcha e passou por cima dele novamente”, relata.

A esposa diz que o militar teria ainda tentado fugir do local, porém, bateu em um carro que passava pela Rua e não teria conseguido.

Joaquim bateu com a cabeça na calçada e teve traumatismo craniano. Ele está internado em estado grave na Santa Casa de Campo Grande. Conforme RosÂngela, o próprio militar responsável pelo atropelamento teria feito os primeiros socorros à vítima e acionado equipe do Corpo de Bombeiros.

Conforme o registro policial, Joaquim teria dado um soco no capô do carro do militar, o que teria motivado o atropelamento, porém testemunhas e a família contestam a versão.

O Comando do Corpo de Bombeiros informou ao Jornal Midiamax que vai instaurar procedimento interno para apurar os fatos.

Caso

​Um acidente de trânsito acabou em confusão e atropelamento na noite desta quinta-feira (3), na Rua Joaquim Murtinho com a Rua Nova Era, em Campo Grande. Um militar do Corpo de Bombeiros teria atropelado um homem durante a confusão.

Por volta das 20 horas desta quinta-feira (3), houve a confusão quando os carros, do militar e da vítima, se envolveram em um acidente. Teria começado a discussão entre os homens, sendo que o outro envolvido teria descido do veículo e desferido um soco no capô do carro do militar.

Momento em que o bombeiro deu ré e atropelou o homem, e um terceiro carro acabou colidindo com o veículo do militar. Ele chamou o socorro para a vítima que foi levada para a Santa Casa de Campo Grande em estado grave.

Segundo o delegado Enilton Zalla houve intenção clara do militar do Corpo de Bombeiros provocar lesão na vítima e o caso foi registrado como lesão corporal dolosa e ameaça.

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