Comissária da OEA Antonia Urrejola se reúne com índios em Caarapó

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A comissária Antonia Urrejola Noguera, integrante da Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA (Organização dos Estados Americanos), se reuniu na manhã desta quarta-feira (7) com índios de duas aldeias no município de Caarapó.
 
Ela visitou o acampamento Guyraroka, onde se reuniu com rezadores locais e de aldeias de Dourados e Douradina, e depois se  dirigiu para a aldeia Tey Kuê, onde teve encontro com representantes indígenas.
 
Antonia almoçou na aldeia Tey Kuê e à tarde seguiu para Dourados, onde teve reunião com os povos da reserva local e com representantes indígenas do Paraná.
 
A comissária se reuniu também no auditório da Faculdade de Direito da UFGD em Dourados com movimentos sociais, eclesiásticos, investigadores e universitários.
 
A chilena Antonia Urrejola Noguera faz parte da delegação da Comissão Interamericana de Direitos Humanos que chegou ontem (6) ao Brasil e permanece no país até dia 12 deste mês para observar áreas urbanas e rurais em oito estados.
 
A delegação é chefiada pela presidente da comissão, a jamaicana Margarette May Macaulay. Também fazem parte do grupo a primeira vice-presidente Esmeralda Arosemena de Troitiño, o segundo vice-presidente Luis Ernesto Vargas Silva, os comissários Francisco José Eguiguren Praeli, Joel Hernández García, Antonia Urrejola Noguera, relatora para o Brasil, e a brasileira Flávia Piovesan.
 
Missão – A Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA acompanha e analisa todos os temas relacionados à área nos 35 países-membros. Venezuela, Nicarágua e Brasil mereceram nos últimos meses atenção especial do grupo.
 
Os temas que têm sido mais mencionados são a fuga de imigrantes oriundos da Venezuela, as dificuldades pelas quais passam e a tensão política e social na Nicarágua em decorrência dos conflitos contínuos provocados por manifestações contrárias ao governo do presidente Daniel Ortega.
 
No caso do Brasil, os assassinatos da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e do motorista Anderson Gomes em março deste ano, ainda sem solução foram mencionados em várias ocasiões. Em agosto, a comissão recomendou a adoção de medidas protetivas à família de Marielle e à viúva dela, Mônica Benício.