Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o Inpe, mostram que o número de focos de incêndio registrados em agosto deste ano cresceu 256% em comparação ao mesmo período do ano passado. Maior parte do problema é causada por ação humana.
Segundo a tabela do instituto, em 2018 ocorrências desse tipo chegaram a 1.068. Neste mês, até o dia 20, os números saltaram para 3.811. Outro destaque negativo é que, ainda segundo o Inpe, MS é o quarto estado brasileiro com maior número de focos de incêndios neste ano.
Agosto é considerado o mês mais propício ao problema. Primeiro, pela falta de chuvas, depois pela maior ocorrência de ventos. Porém, a ação humana ainda é responsável pela maior parte das queimadas.
Conforme o Corpo de Bombeiros em MS, ocorrências de incêndio em vegetação podem surgir espontaneamente, por causa do calor, mas há registros que alguns pecuaristas incendeiam lavouras e pastagens para iniciar um próximo plantio.
Próximo às áreas urbanas, moradores fazem queimadas para limpar terrenos próprios e baldios e, com o vento intenso, as chamas se espalham e atingem áreas maiores.
Cervo foge de incêndio em vegetação no leste do estado. (Foto: 5º GBM)
Perigo
Dois incêndios florestais ganharam destaque no mês de agosto em Mato Grosso do Sul. Conforme o TopMídiaNews mostrou no dia 6, fogo atingiu uma grande área às margens da BR-163, próximo a Nova Alvorada do Sul. Lavoura de cana e pedaço de floresta foram consumidas pela chamas.
Na mesma ocorrência, a pista da rodovia ficou fechada por duas horas e bombeiros e voluntários levaram 4 horas para conter o incêndio.
Outro incidente noticiado pelo site ocorreu no dia 13, entre as cidades de Três Lagoas e Castilho (SP), no leste do estado. O que chamou a atenção no caso foi um cervo que fugiu a nado pelo Rio Paraná e foi resgatado pelos bombeiros dos dois estados, antes que se afogasse. As autoridades locais não souberam informar as causas do incêndio.
