Denúncia entregou arsenal de pistoleiros em Campo Grande avaliado em mais de R$ 200 mil

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O ‘QG’ que a polícia descobriu no domingo (19), através de denúncia anônima, onde eram guardados armamento pesado, em Campo Grande também acabou na prisão de uma guarda municipal de 41 anos, que estava transportando o armamento, que foi avaliado preliminarmente em R$ 200 mil.

O guarda municipal foi preso na manhã de domingo (19), na rua Rodolfo José Pinho. No carro com ele, os policiais encontraram munições e uma pistola Glock. De lá, os policiais do Garras foram até mais dois endereços fornecido pelo agente, uma casa no Portal Caiobá e outra casa no bairro Rouxinóis – o guarda morava nas duas residências, já que mantinha relacionamento distinto com duas mulheres. Nestas casas foram encontradas munições e armas.

Mas, no terceiro endereço fornecido pelo guarda municipal foi que a polícia encontrou o armamento pesado, quatro carabinas 556, 11 pistolas nove milímetros, uma arma calibre 12, outra arma longa calibre.22, um revólver 357, quatro pistolas .40, um calibre 380, uma pistola calibre 22, além dos dois fuzis AK47. Também foram apreendidos silenciadores e carregadores. O valor do armamento pode ultrapassar os R$ 200 mil.

Segundo o delegado do Garras, Fábio Peró, este seria o maior armamento encontrado em Campo Grande. Peró disse que nenhuma linha de investigação será descartada, mas acredita que as armas seriam usadas para assaltos e homicídios. As armas serão periciadas para se saber se teriam sido usadas em execuções, na Capital.

Por exemplo, os fuzis AK47 apreendidos são do mesmo calibre usado nos assassinatos de Ilson Figueiredo, Orlando Bomba e Matheus Coutinho Xavier. Sobre um possível envolvimento do agente nas execuções também será investigado ou se ele só fazia o serviço de transporte.

Matheus Coutinho Xavier foi assassinado em frente à sua casa com 7 tiros de fuzil na cabeça, e na época de sua execução, no dia 9 de abril, foi levantado que a arma usada no crime poderia ter ligação com o armamento usado na execução de Ilson Figueiredo, que foi assassinado em junho de 2018.

O carro onde Ilson estava foi surpreendido, na Avenida Guaicurus e alvejado por diversos tiros de arma de grosso calibre, entre elas, um fuzil. Aproximadamente 18 cápsulas foram recolhidas pela perícia no local. Depois de ser atingido, o veículo que ele dirigia bateu contra o muro de uma casa.

Os pistoleiros que executaram o chefe da segurança usaram uma metralhadora e um fuzil AK-47 no crime. Encapuzados, vestindo preto e com coletes à prova de balas, os pistoleiros começaram a atirar contra o carro do policial aposentado uma quadra antes do local onde o carro parou. Nas imediações na Rua Piracanjuba, na região, o carro usado na execução de Ilson, um Fiat Toro, foi encontrado incendiado.

Também foi executado com armamento der mesmo calibre, Orlando da Silva Fernandes, 41 anos, conhecido como ‘Orlando Bomba’  executado com tiros de fuzil na cabeça, tórax, e braços em frente a uma barbearia. Dois homens chegaram em uma Dodge Journey, desceram e executaram ele, que saía do local e ia em direção à sua camionete Hillux. Um outro homem em uma moto deu apoio para a execução. A polícia encontrou no local com a vítima três celulares intactos que estavam com ele, além de cheques e quantia em dinheiro. O crime aconteceu no dia 26 de novembro de 2018.