Eleição para presidente da Câmara nesta segunda-feira opõe candidatos de Bolsonaro e Maia

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Câmara dos Deputados realiza nesta segunda-feira (1º), a partir das 19h, eleição para a escolha do presidente que comandará a Casa no biênio de 2021 e 2022. A votação será secreta e presencial.

Oito deputados estão na disputa, mas o número pode mudar, já que o prazo para as candidaturas serem oficializadas vai até as 17h (veja mais abaixo).

Os principais nomes na corrida são o do líder do chamado Centrão, Arthur Lira (PP-AL), que tem o apoio do presidente Jair Bolsonaro; e o de Baleia Rossi (MDB-SP), candidato do atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que tenta emplacá-lo como sucessor. (Veja entrevista dos dois à GloboNews)

A eleição tem um peso grande não só porque cabe ao presidente da Câmara definir as pautas de votação, mas também porque ele decide, sozinho, se autoriza ou não a abertura do processo de impeachment do presidente da República.

Eleições no Congresso: o peso da influência do governo

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Outro fator relevante é que o presidente da Câmara ocupa o segundo lugar na linha de sucessão da Presidência da República.

De olho nisso, o Palácio do Planalto entrou de cabeça nas articulações a fim de angariar apoios a Lira, considerado um aliado.

Adversários acusaram o Executivo de liberar, em troca de votos, recursos extras para parlamentares aplicarem em obras em seus redutos eleitorais.

Bolsonaro também sinalizou que poderá recriar ministérios para acomodar indicações dos partidos que apoiarem Lira.

VÍDEO: Saiba qual candidato à presidência da Câmara cada partido está apoiando

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Candidatos

São os seguintes os deputados que anunciaram candidatura (em ordem alfabética):

  • Alexandre Frota (PSDB-SP) – Candidatura avulsa, sem o apoio de partidos.
  • André Janones (Avante-MG) – Candidatura avulsa, sem o apoio de partidos.
  • Arthur Lira (PP-AL) – Tem o apoio de pelo menos dez partidos (PSL, PP, PL, PSD, Republicanos, PSC, Avante, Patriota, PTB e Pros).
  • Baleia Rossi (MDB-SP) – Tem apoio de pelo menos dez partidos (PT, MDB, PSDB, PSB, PCdoB, Rede, PV, Solidariedade, Cidadania e PDT).
  • Fábio Ramalho (MDB-MG) – Candidatura avulsa, sem o apoio de partidos.
  • General Peternelli (PSL-SP) – Candidatura avulsa, sem o apoio de partidos.
  • Luiza Erundina (PSOL-SP) – Candidata do PSOL.
  • Marcel van Hattem (Novo-RS) – Candidato do Novo

Embora Arthur Lira e Baleia Rossi dividam os apoios da maioria dos partidos, não há garantia de que todos os deputados dessas siglas seguirão a orientação partidária, já que a votação é secreta.

Cargos

Além da presidência da Câmara, serão definidos outros dez cargos na Mesa Diretora, órgão responsável pela direção dos trabalhos legislativos e a gestão administrativa da Casa, também com mandatos de dois anos.

A distribuição de vagas na Mesa é feita de acordo com o tamanho dos blocos ou partidos. Os maiores têm direito a escolher primeiro os cargos de sua preferência. Apenas candidatos desse bloco ou partido poderão se candidatar para a cadeira.

Os demais cargos da Mesa em disputa são:

  • 1º Vice-presidente: substitui o presidente e elabora pareceres sobre projetos de resolução;
  • 2º Vice-presidente: substitui o presidente ou o 1º vice e examina os pedidos de ressarcimento de despesa médica dos deputados;
  • 1º Secretário: é responsável pelo gerenciamento das despesas da Câmara, aprovando, por exemplo, obras e reformas;
  • 2º Secretário: trata de assuntos pertinentes a passaportes diplomáticos;
  • 3º Secretário: autoriza reembolso de passagens aéreas e analisa pedidos de licença e justificativas de faltas;
  • 4º Secretário: supervisiona a concessão de apartamentos funcionais ou o pagamento de auxílio-moradia aos deputados.
  • Quatro suplentes de secretários, que substituem os titulares em suas ausências e participam de reuniões da Mesa.
Veja os preparativos para as eleições na Câmara dos Deputados

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Sessão

Desde o início da pandemia do novo coronavírus, a Câmara adotou um sistema remoto de votações para evitar aglomerações no plenário.

Embora fosse possível fazer a eleição usando o mesmo aplicativo de votação remota no celular, decidiu-se pelo formato presencial a fim de se garantir o sigilo do voto. Todos os deputados precisarão, então, comparecer pessoalmente.

A sessão está marcada para as 19h. Cada candidato terá direito a dez minutos para discursar no plenário e apresentar as suas propostas. Em seguida, será realizada a votação — a estimativa é que tenha início por volta de 20h30.

As cabines com as urnas eletrônicas foram espalhadas pelo Salão Verde, que terá a circulação restrita.

Um dos principais espaços da Câmara, o Salão Verde é uma extensa área de circulação que dá acesso ao plenário e a diversos gabinetes, entre eles, o da Presidência da Câmara. Em épocas normais, fica lotado de parlamentares, assessores e profissionais de imprensa. Tem esse nome em razão da cor do carpete que recobre toda a área.

Três cabines destinadas aos parlamentares de grupo de risco para Covid-19 foram colocadas no Salão Nobre, que fica em outro local. Dos 513 deputados, cerca de 60 estão nessa condição.

Candidato a presidência da Câmara precisa de 257 votos para se eleger

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Primeiro e segundo turnos

Pelo regimento da Câmara, um candidato só é eleito em primeiro turno se conquistar a maioria absoluta (metade mais um) dos votos, desde que 257 parlamentares tenham votado. Por exemplo, se 500 deputados estiverem presentes, serão necessários 251 votos.

Se isso não ocorrer, haverá um segundo turno com os dois mais votados. Vence a eleição quem obtiver maioria simples dos votos, desde que haja quórum de 257 deputados.

Nesse caso, se 500 votarem e houver, por hipótese, 100 votos em branco, vence quem obtiver 201 votos.

Eleição na pandemia

Em meio à pandemia, o formato da eleição tornou-se uma disputa interna na Câmara. Parlamentares ligados a Baleia Rossi defendiam um formato híbrido, com a possibilidade de votação remota para deputados que fazem parte do grupo de risco da doença.

A estimativa do presidente Rodrigo Maia, favorável a esse modelo, é que 3 mil pessoas devam circular no local nesta segunda-feira. O grupo próximo a Lira defendeu a votação totalmente presencial a fim de assegurar o sigilo do voto. Venceu este último, após decisão da Mesa da Câmara, formada em sua maioria por aliados do deputado do PP.

Também haverá restrições no acesso às dependências da Câmara. No plenário, por exemplo, foi estabelecido um limite de 146 pessoas, incluindo 28 servidores de apoio. O número de parlamentares com acesso ao plenário será proporcional ao partido. Isto é, bancadas maiores terão direito a um número maior de deputados.

Outros locais da Câmara estarão com acesso restrito. O Salão Verde estará limitado a 210 pessoas. Já no Salão Negro, onde ficarão os jornalistas, poderão circular 105 pessoas por vez.

Cronograma da eleição

  • Formação de blocos: até as 12h os partidos devem oficializar a formação de blocos parlamentares. As maiores bancadas ou blocos têm direito a ocupar mais cadeiras na Mesa da Câmara. Às 14h está prevista uma reunião de líderes para a escolha dos cargos a que cada bloco terá direito .
  • Registro de candidaturas: 17h é o prazo-limite para o registro de candidaturas. A ordem dos nomes dos candidatos na urna eletrônica será definida em um sorteio. Até o momento, oito candidatos anunciaram que participarão da disputa. O avançar das negociações pode afunilar a quantidade de candidatos.
  • Início da sessão: A sessão será aberta pelo atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia, às 19h. Iniciada a sessão, cada candidato terá 10 minutos para fazer seu discurso.
  • Votação: o quórum mínimo para haver votação é de 257 deputados, que é a maioria absoluta da composição da Câmara, de 513 parlamentares. Os deputados votam para todos os cargos de uma vez. Num primeiro momento, porém, é divulgado apenas o resultado para o cargo de presidente. Se nenhum candidato conquistar a maioria absoluta dos votos, a eleição segue para um segundo turno.
  • Segundo turno: Caso a disputa vá para o segundo turno, os partidos terão um tempo para costurar novos acordos. A segunda votação é apenas para o presidente da Câmara. Após a definição, o candidato vencedor assume a presidência e abre o resultado dos demais cargos da Mesa.
  • Por Fernanda Calgaro, Elisa Clavery e Luiz Felipe Barbiéri, G1 e TV Globo — Brasília

     


    Câmara dos Deputados realiza eleição nesta segunda-feira (1º) para escolher o presidente que irá comandar a casa legislativa no biênio 2021-2022.

    Oito candidatos estão na disputa, que será definida em votação secreta e presencial. O registro de candidaturas poderá ser feito até a reta final.

    Para ser eleito no primeiro turno, o candidato precisa obter a maioria absoluta (metade mais um) dos votos desde que 257 deputados tenham votado. No segundo turno, basta maioria simples.

    Confira abaixo o perfil dos candidatos (em ordem alfabética):

    O deputado Alexandre Frota (PSDB-SP) durante sessão do plenário virtual da Câmara — Foto: Najara Araújo / Câmara dos Deputados

    O deputado Alexandre Frota (PSDB-SP) durante sessão do plenário virtual da Câmara — Foto: Najara Araújo / Câmara dos Deputados

    Alexandre Frota (PSDB-SP)

    • Apoios – Candidatura avulsa
    • Dados pessoais – Alexandre Frota de Andrade, natural do Rio de Janeiro (RJ), 57 anos, casado e três filhos
    • Escolaridade – Ensino médio
    • Profissão – Ator, diretor e produtor de TV
    • Redes sociais (até o último dia 27) – Instagram (111 mil seguidores), Facebook (26,5 mil) e no Twitter (6 mil)
    • Trajetória – Parlamentar de primeiro mandato, Frota se elegeu pelo PSL em 2018 com 155.522 votos — foi o 16º mais votado. Era um dos principais defensores do presidente Jair Bolsonaro, à época filiado ao mesmo partido. Depois, dizendo-se “decepcionado” com Bolsonaro, passou a criticá-lo abertamente e foi expulso do partido em agosto de 2019. Dias depois, se filiou ao PSDB, onde está desde então.
    • Atuação parlamentar – Frota é autor ou coautor de 301 propostas que tramitam na Câmara, como um projeto que obriga deputados e senadores a se vacinarem contra a Covid-19 para “dar exemplo” à população. Foi relator da proposta aprovada que determinou o pagamento do auxílio emergencial a atletas e profissionais ligados ao esporte. Titular da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News, Frota causou polêmica em audiência pública em 2019 ao dizer que três assessores de Bolsonaro formam uma “milícia digital” divulgando conteúdo falso em redes sociais. Na ocasião, apoiadores do presidente contestaram as afirmações e houve bate-boca.
    • Bandeiras de campanha – Defende uma Câmara independente em relação ao Executivo e a abertura de processo de impeachment do presidente Jair Bolsonaro.
    • Posição em relação ao governo – Oposição. Ativo nas redes sociais, Frota faz críticas ao presidente da República e seus aliados.
    Aliado de Bolsonaro, Arthur Lira lança candidatura à presidência da Câmara

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    Aliado de Bolsonaro, Arthur Lira lança candidatura à presidência da Câmara

    Arthur Lira (PP-AL)

    • Apoios – PP, PL, PSD, Republicanos, Avante, Pros, Patriota, PSC, PTB e PSL.
    • Dados pessoais – Arthur César Pereira de Lira, natural de Maceió (AL), 51 anos, casado e cinco filhos
    • Escolaridade – Formado em direito pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL)
    • Profissão – Empresário, advogado e agropecuarista
    • Redes sociais (até o último dia 27) – Instagram (39,4 mil seguidores); Twitter (37,6 mil) e Facebook (20,3 mil)
    • Trajetória – Atualmente no PP, foi filiado ao PFL (atual DEM), PSDB, PTB e PMN. Filho do ex-senador Benedito de Lira (PP), iniciou a carreira política como vereador em Maceió, em 1993, mandato que exerceu por duas legislaturas. Foi deputado estadual em Alagoas de 1999 a 2011. Desde então, é deputado federal. Em 2018, foi o segundo mais votado de Alagoas, com 143.858 votos.
    • Atuação parlamentar – Foi seis vezes líder do PP na Câmara. Também comandou um bloco que, no ano passado, contava com mais de 200 parlamentares de partidos do “Centrão”, além do MDB e do DEM. Em 2015, foi presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. Em 2016, comandou a Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso Nacional. Os dois colegiados são espaços de prestígio no Parlamento — pela CCJ, passam todas as propostas em tramitação na Câmara; a CMO é responsável por definir as despesas prioritárias do governo federal. Lira é autor ou coautor de seis projetos transformados em lei. O mais recente altera o Código Penal e trata de denunciação caluniosa. Pelo texto, denúncia falsa que originar investigação criminal do Ministério Público contra alguém sabidamente inocente também poderá ser punida.
    • Bandeiras de campanha – Diz que a pauta de votação será definida em diálogo com os líderes partidários. Na área econômica, defende a PEC Emergencial e as reformas administrativa e tributária.
    • Posição em relação ao governo – Aliado. No ano passado, foi um dos articuladores da aproximação do Planalto com o Centrão, que virou base aliada do governo na Câmara. Apesar de hoje estar alinhado ao presidente Jair Bolsonaro, nem sempre foi assim. Em 2019, publicou em uma rede social que o governo precisava “entrar em sintonia com a real necessidade da população e deixar de lado a pauta de costumes e polêmicas”.
    O deputado André Janones (Avante-MG) — Foto: Vinícius Loures / Câmara dos Deputados

    O deputado André Janones (Avante-MG) — Foto: Vinícius Loures / Câmara dos Deputados

    André Janones (Avante-MG)

    • Apoios – Candidatura avulsa.
    • Dados pessoais – André Luis Gaspar Janones, natural de Ituiutaba (MG), 36 anos, solteiro, sem filhos.
    • Escolaridade – Formado em Direito pela Universidade do Estado de Minas Gerais
    • Profissão – Advogado
    • Redes sociais (até o último dia 27) – Facebook (7,5 milhões de seguidores), Instagram (1,8 milhão) e Twitter (111 mil)
    • Trajetória – Parlamentar de primeiro mandato, foi o terceiro deputado federal mais votado de Minas Gerais, com 178.660 votos. Ficou conhecido nas redes sociais ao se tornar um “porta-voz informal” da greve dos caminhoneiros em 2018. Antes de ser político, segundo informações da Câmara, foi cobrador de ônibus (2003-2005), escrevente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (2005) e advogado.
    • Atuação parlamentar – É autor ou coautor de 25 propostas em tramitação, incluindo uma que proíbe a divulgação ao público de pesquisas eleitorais nos 15 dias anteriores ao pleito. Vice-líder do Avante na Câmara, integrou a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou o rompimento da barragem em Brumadinho. Sob sua relatoria, a Câmara aprovou em junho de 2019 um projeto que tipifica o crime de ecocídio, para punir responsáveis por desastres ambientais de grande proporção. Foi alvo de processo no Conselho de Ética, que acabou arquivado. A representação, de autoria do Solidariedade, foi aberta após ele ter dito em uma rede social que iria revelar os “canalhas” e os “vagabundos” da Câmara, em uma crítica aos colegas favoráveis ao projeto de abuso de autoridade.
    • Bandeiras de campanha – Afirma que sua candidatura não nasce de “conchavos” e “acordos políticos”. Diz que, se eleito, vai pautar a volta do auxílio emergencial na primeira sessão do ano.
    • Posição em relação ao governo – Independente. Foi alvo de críticas indiretas de Bolsonaro em uma transmissão ao vivo e, em resposta,divulgou nota dizendo que não responderia “com ódio nem com ataques pessoais” e que “não é inimigo do presidente”. Disse que atua de forma independente, sem se vincular “a qualquer governo ou partido político”.
    Baleia Rossi lança oficialmente candidatura à presidência da Câmara dos Deputados

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    Baleia Rossi lança oficialmente candidatura à presidência da Câmara dos Deputados

    Baleia Rossi (MDB-SP)

    • Apoios – PT, MDB, PSB, PSDB, PDT, Cidadania, PV, PCdoB, Rede e Solidariedade
    • Dados pessoais – Luiz Felipe Baleia Tenuto Rossi, natural de São Paulo (SP), 48 anos, casado, três filhas
    • Escolaridade – Formado em Ciências Jurídicas e Sociais, pela Universidade de Ribeirão Preto (Unaerp)
    • Profissão – Empresário
    • Redes sociais (até o último dia 27) – Facebook (160,4 mil seguidores), Twitter (35,6 mil) e Instagram (25,9 mil)*
    • Trajetória – É filho de Wagner Rossi, ex-ministro da Agricultura dos governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Eleito pela primeira vez aos 20 anos, foi vereador em Ribeirão Preto (SP) por três mandatos (1993 a 2003). Ocupou o cargo de secretário de Esportes (1998) na cidade. Foi deputado estadual de 2003 a 2015. Em 2011, assumiu a presidência do MDB em São Paulo e atualmente é o presidente nacional do partido. Está no segundo mandato como deputado federal. Em 2018, foi o 11º mais votado do estado de São Paulo, com 214.042 votos.
    • Atuação parlamentar – É autor ou coautor de 45 propostas em tramitação, entre as quais uma das reformas tributárias em discussão no Congresso. Foi um dos autores do projeto conhecido como “pacote anticrime”, que fez alterações no Código Penal, no Código de Processo Penal e na Lei de Execuções Penais. É líder do MDB na Câmara desde 2016. Foi titular da CCJ (2018-2019). No ano passado, foi relator do projeto que se tornou lei para determinar o repasse pela União de R$ 2 bilhões às santas casas e hospitais filantrópicos para ações de combate ao coronavírus.
    • Bandeiras de campanha – Defende independência da Câmara em relação ao Planalto. Considera a PEC da reforma tributária prioritária e quer reforçar o Bolsa Família ou renovar auxílio emergencial, mantendo o teto de gastos.
    • Posição em relação ao governo – Independente. É candidato de um bloco que une partidos de oposição e centro-direita e é o principal adversário de Arthur Lira, nome apoiado por Bolsonaro.
    O deputado Fabio Ramalho (MDB-MG) no plenário da Câmara durante sessão em dezembro — Foto: Cleia Viana / Câmara dos Deputados

    O deputado Fabio Ramalho (MDB-MG) no plenário da Câmara durante sessão em dezembro — Foto: Cleia Viana / Câmara dos Deputados

    Fábio Ramalho (MDB-MG)

    • Apoios – Candidatura avulsa.
    • Dados pessoais – Fábio Augusto Ramalho dos Santos, natural de Brasília (DF), 59 anos, solteiro, sem filhos
    • Escolaridade – Direito pela Fundação Educacional Nordeste Mineiro (Fenord)
    • Profissão – Empresário
    • Redes sociais (até o último dia 27) – Facebook (51,3 mil seguidores), Instagram (4,9 mil) e Twitter (92 seguidores)
    • Trajetória – Está no quarto mandato como deputado federal. Em 2018, foi eleito pelo MDB com 63.149 votos, o 41º deputado eleito para a bancada mineira. Antes de entrar no Legislativo, foi prefeito de Malacacheta, em Minas Gerais, pelo PTB (1997-2004). Também já foi filiado ao PMB.
    • Atuação parlamentar – Foi vice-presidente da Câmara entre 2017 e 2018. Em 2019, concorreu à presidência da Câmara e recebeu 66 votos. Foi coordenador da bancada de Minas no Congresso e atualmente é um dos vice-líderes do MDB.No ano passado, foi relator e um dos principais articuladores do projeto que cria o Tribunal Regional Federal da sexta região (TRF-6) com sede em Minas Gerais. Atualmente, 22 propostas de sua autoria ou coautoria tramitam no Legislativo. Um de seus projetos, por exemplo, obriga comerciantes a disponibilizarem ao Procon, com 15 dias de antecedência, a lista de preços aplicados em datas anunciadas com promoção. Até o momento, nenhuma proposta de sua autoria se tornou lei.
    • Bandeiras de campanha – Defende uma “agenda forte de retomada de crescimento” e diz que a reforma tributária é o “pontapé inicial” para o desenvolvimento econômico. Para ele, a pauta deve focar no combate à Covid-19.
    • Posição em relação ao governo – Independente, mas com relação de proximidade com o Planalto. Em agosto, por exemplo, organizou um “almoço mineiro” para o presidente, ministros e lideranças do Centrão.
    O deputado General Peternelli (PSL-SP) durante lançamento da candidatura à presidência da Câmara — Foto: Najara Araújo / Câmara dos Deputados

    O deputado General Peternelli (PSL-SP) durante lançamento da candidatura à presidência da Câmara — Foto: Najara Araújo / Câmara dos Deputados

    General Peternelli (PSL-SP)

    Apoios – Candidatura avulsa.

    Dados pessoais – Roberto Sebastião Peternelli Junior, natural de Ribeirão Preto (SP), 66 anos, casado, quatro filhos.

    Escolaridade – Formado na Academia Militar das Agulhas Negras, graduou-se em administração de empresas pela Universidade Gama Filho (RJ). Tem mestrado e doutorado.

    Profissão – Militar, administrador e professor

    Redes sociais (até o último dia 27) – Facebook (118,5 mil seguidores), Twitter (14,6 mil) e Instagram (4,4 mil)

    Trajetória – Ingressou no Exército em 1970 e ocupou diversos postos de comando. Integrou a Missão da ONU no Haiti em 2005 e foi secretário-executivo no Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, em 2012. Elegeu-se deputado federal pela primeira vez em 2018 com 74.190 votos — foi o 60º mais votado.

    Atuação parlamentar – Está no primeiro mandato como deputado federal. Assim que assumiu, no início de 2019, disputou a eleição para a presidência da Câmara. Obteve apenas dois votos e ficou em último lugar. Foi um dos vice-líderes do PSL na Câmara. Entre as propostas de sua autoria, há uma de emenda à Constituição que propõe a cobrança de mensalidade pelas universidades públicas. Uma das proposições das quais é coautor acabou transformada em lei e libera o uso de medicamentos para o combate à Covid-19.

    Bandeiras de campanha – Defende participação mais efetiva dos deputados na discussão dos projetos que são colocados em pauta. Na avaliação dele, as decisões ficam nas mãos de um grupo restrito de líderes e presidente da Câmara.

    Posição em relação ao governo – Embora se declare independente, tem postura próxima ao Planalto e evita fazer críticas ao presidente Bolsonaro.

    A deputada Luiza Erundina (PSOL-SP), candidata à presidência da Câmara — Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

    A deputada Luiza Erundina (PSOL-SP), candidata à presidência da Câmara — Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

    Luiza Erundina (PSOL-SP)

    • Apoios – PSOL.
    • Dados pessoais – Luiza Erundina de Sousa, natural de Uiraúna (PB), 86 anos, solteira, sem filhos.
    • Escolaridade – Graduação em Serviço Social pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e mestrado em Ciências Sociais pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo.
    • Profissão – Assistente social.
    • Redes sociais (até o último dia 27) – Facebook (406 mil seguidores), Instagram (380 mil) e Twitter (272 mil seguidores)
    • Trajetória – Em 1958, assumiu seu primeiro cargo público como secretária de Educação de Campina Grande (PB). Nos anos 1980, participou da fundação do PT. Foi eleita vereadora de São Paulo (1983-1987), elegeu-se deputada estadual (1987-1988) e tornou-se prefeita de São Paulo em 1989, primeira mulher a governar a capital. Foi ministra da Secretaria da Administração Federal do governo Itamar Franco, em 1993. Atualmente no sexto mandato, assumiu como deputada federal em 1999, pelo PSB, e se filiou ao PSOL em 2016. Em 2018, foi a 13ª deputada federal mais votada em São Paulo, com 176.883 votos. Em 2020, foi candidata a vice-prefeita de São Paulo na chapa de Guilherme Boulos (PSOL). A dupla chegou ao segundo turno, mas perdeu para Bruno Covas (PSDB).
    • Atuação parlamentar – O foco dos seus projetos é a defesa da mulher, de crianças e adolescentes, cultura e direitos humanos. Entre as propostas de sua autoria ou coautoria, 13 foram incluídas na legislação, como uma emenda constitucional que incluiu o transporte como direito social e outra que dispôs sobre medidas de enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a mulher. De 2015 a 2017, foi suplente de secretário da Mesa Diretora, órgão responsável pela administração da Câmara.
    • Bandeiras de campanha – Defende prorrogação do auxílio emergencial e fim do teto de gastos públicos. Também diz que pretende aceitar pedido de impeachment do presidente Jair Bolsonaro.
    • Posição em relação ao governo – Oposição. Crítica de Bolsonaro, ela defende o afastamento do presidente.
    O deputado Marcel van Hattem (Novo-RS), candidato a presidente da Câmara — Foto: Michel Jesus / Câmara dos Deputados

    O deputado Marcel van Hattem (Novo-RS), candidato a presidente da Câmara — Foto: Michel Jesus / Câmara dos Deputados

    Marcel Van Hattem (Novo-RS)

    Apoios – Novo.

    Dados pessoais – Marcel Van Hattem, natural de São Leopoldo (RS), 35 anos, solteiro, sem filhos

    Escolaridade – Mestre em Ciência Política pela Universidade de Leiden, na Holanda, mestre em Jornalismo Internacional pela Universidade de Aarhus, na Dinamarca, e bacharel em Relações Internacionais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

    Profissão – Cientista político e jornalista.

    Redes sociais (até o último dia 27) – Facebook (667,9 mil seguidores), Instagram (393 mil) e Twitter (369 mil)

    Trajetória – Está no primeiro mandato na Câmara. Eleito com 349.855 votos, foi o deputado federal mais votado em 2018 no Rio Grande do Sul. Antes, foi vereador na cidade de Dois Irmãos (RS), entre 2005 e 2008. Também já foi deputado estadual no Rio Grande do Sul (2015-2018), nos dois mandatos eleito pelo PP.

    Atuação parlamentar – No primeiro ano de mandato, liderou o partido na Câmara e, desde 2020, é vice-líder do Novo. É segundo vice-presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional. Em 2019, foi titular da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle. É a segunda vez que concorre à presidência da Câmara. Em 2019, recebeu 23 votos. É autor de 44 propostas em tramitação na Câmara. Um dos projetos, se aprovado, permitiria a recontratação de empregados demitidos em até 89 dias após a rescisão. A exceção valeria por até 18 meses após o estado de calamidade pública decretado durante a pandemia. Até o momento, nenhuma proposta de sua autoria foi transformada em lei.

    Bandeiras de campanha – Defende que os líderes sejam ouvidos para definição da pauta. Entre as prioridades, cita as reformas tributária e administrativa, assim como privatizações e a PEC da segunda instância.

    Posição em relação ao governo – Independente. Apesar da postura liberal e a favor de pautas de interesse do governo, como as privatizações, tem dito que sua candidatura representa uma “alternativa para a Câmara independente”.

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