Em menos de um mês, imprudência de estudantes matou duas pessoas no trânsito da Capital

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Menos de um mês. Foi essa a diferença de tempo entre os acidentes que vitimaram a advogada Carolina Albuquerque Machado, 24 anos, e o jovem Lucas Henrique Souza Mateus, 21 anos. Ambos foram mortos por jovens estudantes de medicina, de classe média alta, que estavam conduzindo veículos com a velocidade acima do permitido.

Nos dois casos, a ‘Justiça’ chegou a ser contestada: os estudantes foram soltos após passarem poucas horas presos, depois de pagarem fiança de mais de R$ 50 mil. Onde estariam os estudantes caso fossem pobres? Qual seria o destino dos dois jovens que mataram pessoas inocentes por imprudência?

Confira a retrospectiva sobre os casos

A primeiro acidente, que vitimou a advogada Carolina Albuquerque Machado ocorreu na madrugada do dia dois de novembro no cruzamento das Avenidas Paulo Coelho Machado e Afonso Pena.

Carolina seguia pela rua Paulo Coelho Machado, quando no cruzamento com a Avenida Afonso Pena teve o carro WV Fox atingido por uma caminhonete Nissan Frontier, conduzida pelo estudante de medicina João Pedro da Silva Miranda Jorge, 23 anos.

Após a colisão, João Pedro, que segundo testemunhas estava visivelmente embriagado, fugiu do local sem prestar socorro à vítima e ao filho de três anos que estava no banco de trás do veículo.

Ele se apresentou à polícia, mas teve a liberdade concedida após pagar fiança de de mais de R$ 50 mil. O estudante não chegou a ficar nem dois dias preso.

Conforme laudo apresentado pela polícia, João Pedro estava dirigindo a 115 km/h no momento da colisão. A velocidade máxima permitida na via é de 60 km/h.

(Carro de advogada ficou completamente destruído. Foto: Repórter Top)

O segundo acidente ocorreu na noite do dia 25 de novembro no cruzamento da Avenida Ceará com Euclides da Cunha. O estudante de medicina Rodrigo Souza Augusto, 24 anos, que estava embriagado, atropelou o jovem Lucas Henrique Souza Mateus.

Segundo informações da polícia, Lucas seguia de bicicleta pela Avenida, quando foi atropelado por Rodrigo. Ao contrário do primeiro caso, o condutor não fugiu do local do acidente e esperou a polícia chegar.

De acordo com o delegado Hoffman D’Ávila, que atendeu a ocorrência, Rodrigo estava com 0,85 ml de álcool por litro de sangue, quando os casos de multa administrativa são de até 0,3 ml/l. Também estava cambaleante e com olhos vermelhos na hora da autuação.

O estudante foi preso, mas poucas horas depois foi colocado em liberdade depois de pagar uma fiança de R$ 50 mil.

Lucas foi socorrido e encaminhado para a Santa Casa em estado grave, não resistiu aos ferimentos e morreu na manhã do dia 27 de novembro.

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