Em MS, 17% da população vive na linha da pobreza, com renda de R$ 385

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Em Mato Grosso do Sul, 17% da população vive na linha de pobreza, com renda domicilar per capita de R$ 385, valor inferior aos US$ 5,5 por dia – equivalente a R$ 387,07 – adotado pelo Banco Mundial para definir se uma pessoa é pobre nos países em desenvolvimento.

Dados são referentes ao ano de 2016 e fazem parte da pesquisa Síntese de Indicadores Sociais (SIS 2017), divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Conforme a pesquisa, em 2016, 2,6 milhões de pessoas residiam em Mato Grosso do Sul, em 890 mil residências. Do total da população, 51,1% recebiam menos de um salário mínimo.

O pesquisador do IBGE Leonardo Athias explicou que, apesar do parâmetro definido pelo Banco Mundial, o Brasil não adota uma linha oficial para mensuração da pobreza e, por esta razão, a pesquisa apresentou análise da pobreza multidimensional, que mede acesso da população a bens e serviços que estão relacionados aos direitos sociais.

No Estado, 30,8% da população tem restrição no acesso à educação, 9,4% à proteção social, 9,9% à condições de moradia, 59,8% não tem acesso a serviços de saneamento básico e 27,4% não tem acesso à internet.

Grande parte da população vive ainda em domicílios com inadequações nas condições de moradia, como ausência de banheiro ou sanitário de uso exclusivo do domicílio; paredes externas construídas com materiais não duráveis; adensamento excessivo, com mais de moradores por dormitório e ônus excessivo com o aluguel, quando o valor é superior a 30% da renda domiciliar.

Em Campo Grande, a proporção de pessoas vivendo na linha da pobreza em 2016 foi de 11,9% da população total, estimada em 863 mil pessoas, com 296 mil moradias no ano, segundo o IBGE.

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