Em reunião, Bolsonaro chama Doria, Witzel e Artur Virgílio de ‘bosta’ e ‘estrume’

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O presidente Jair Bolsonaro criticou os governadores de São Paulo, João Doria (PSDB), Wilson Witzel (PSC) e o prefeito de Manaus, Artur Virgílio (PSDB), e os chamou de “bosta” e “estrume” durante a reunião ministerial na qual ele teria pressionado o então ministro da Justiça Sergio Moro para trocar o comando da Polícia Federal.

— Que os caras querem é a nossa hemorroida! É a nossa liberdade! Isso é uma verdade. O que esses caras fizeram com o vírus, esse bosta desse governador de São Paulo, esse estrume do Rio de Janeiro, entre outros, é exatamente isso. Aproveitaram o vírus, tá um bosta de um prefeito lá de Manaus agora, abrindo covas coletivas. Um bosta. Que quem não conhece a história dele, procura conhecer, que eu conheci dentro da Câmara, com ele do meu lado! Né? — afirmou Bolsonaro.

As críticas de Bolsonaro aos três aconteceram após o trio criticar o presidente por sua condução da crise causada pela epidemia do novo coronavírus no Brasil.

Doria, Witzel e Arthur Virgílio defendem a adoção de políticas mais restritivas em relação ao isolamento social como forma de combater os efeitos da pandemia. Bolsonaro, por sua vez, defende a reabertura da economia em meio à epidemia.

A íntegra do vídeo e o laudo elaborado pela Polícia Federal foram divulgados nesta sexta-feira após decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso de Mello, que tirou o sigilo sobre o material. O vídeo faz parte do inquérito que apura as suspeitas de que Bolsonaro pressionou o então ministro Sergio Moro para trocar o comando da Polícia Federal.

Bolsonaro se manifesta na rede social após a liberação do vídeo

Presidente disse que não há, nenhum vídeo, indício de interferência na Polícia Federal


Após o Supremo Tribunal Federal liberar uma gravação da reunião ministerial realizada há um mês, no Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro fez uma publicação no Facebook para confirmar que não existe, nenhum vídeo, indício de interferência na Polícia Federal.

“Reunião Ministerial de 22 de abril. Mais uma desmontada; nenhum indício de interferência na Polícia Federal; João 8, 32 – ‘Conhecemos a verdade e a verdade vos libertará'”, escreveu.

O ministro Celso de Mello, Supremo Tribunal Federal (STF), selecionou hoje (22) retirar ou assinar parcialmente a gravação audiovisual da reunião ministerial realizada no dia 22 de abril. O ministro é relator do inquérito sobre a suposta interferência política do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal (PF). Uma reunião foi citada pelo ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro durante o depoimento prestado à PF, no início do mês, como prova de interferência.