Família não acredita em pacto e fará novo sepultamento

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A revolta dá lugar a angustia entre os familiares da dona de casa Rosilei Potronielli, de 37 anos, com a resolução do mistério envolvendo a subtração de seu corpo do cemitério no município de Dois Irmãos do Buriti, cidade distante 120 quilômetros de Campo Grande, na madrugada da última terça-feira, horas depois de ser enterrado. Irmãos e mãe da vítima não acreditam na versão de “pacto” sustentada pelo autor do crime e planejam novo sepultamento com medidas de segurança.

Conforme os familiares ouvidos pela reportagem do Correio do Estado, o a versão sobre o pacto não passa de uma mentira e nunca foi mencionado por Rosieli. Eles, que preferiram não se identificar, confirmaram que o ex-namorado da vítima, o policial Militar aposentando, José Gomes Rodrigues, de 57 anos, acusado de arquitetar a subtração, perseguia a dona de casa mesmo ela estando em outro relacionamento.

Agora, a família espera por justiça e a oportunidade de sepultar o corpo de Rosieli mais uma vez. “Estamos esperando liberar o corpo dela para fazer um novo sepultamento, mas agora com uma nova cova mais protegida”.

O CASO

Rosilei foi esfaqueada no último sábado, em um bar, no município de Terenos, a 27 quilômetros da Capital. O autor das facadas, um trabalhador rural, de 38 nos, se apresentou a polícia na quarta-feira, dia 13 de fevereiro. Não bastasse a dor da perda, os familiares se deparam com o túmulo da dona de casa remexido no dia seguinte ao seputalmento. O corpo não estava mais na cova.

Conforme a delegada, Nelly Macedo, responsável pelas investigações, o assassinato não tem relação com a subtração do cadáver.

Na noite de ontem, a polícia encontrou o corpo e identificou os autores da subtração. O policial militar aposentado José Gomes Rodrigues, de 57 anos, foi quem arquitetou o plano. Ex-namorado da vítima, ele contou com a ajuda de um primo, Edson Maciel Gomes, 50 anos, responsável por fazer as revelações à polícia depois de detido. O militar ainda está solto.