Gilmar Olarte, ex-prefeito de Campo Grande e a ex-mulher, Andreia Nunes Zanelato Olarte, foram condenados a penas que somam oito anos e nove meses de prisão por lavagem de dinheiro, ao comprar imóveis de luxo enquanto ocupavam a prefeitura, entre 2014 e 2015.
Conforme apontou o Ministério Público Estadual, a investida contra o então casal Olarte surgiu de outra investigação feita pelo Gaeco. Escutas telefônicas, autorizadas pela Justiça, mostram a negociação de imóveis e terrenos que eram condizentes com a renda de Gilmar e Andreia.
Um dos trechos da investigação mostra a compra e construção de uma casa no Dhama, condomínio de luxo na cidade, em valores que envolvem R$ 1,3 milhão. No entanto, as negociações eram feitas no nome de um outro condenado, que é o corretor de imóveis Ivamil Rodrigues de Almeida. Na denúncia, Evandro Simões Farinelli e Christiane Gomes Camargo Farinelli se prestaram aos papéis de ‘‘testa de ferro’’.
Outras acusações atribuídas aos quatro envolvidos foram negadas pelo juiz e os réus foram absolvidos.
Na sentença, dada no dia 23 de novembro, o juiz Roberto Ferreira Filho, da 1ª Vara Criminal de Campo Grande, destacou que Gilmar deve cumprir pena de quatro anos e seis meses, inicialmente em regime fechado, em razão da pena ser maior que quatro anos e pelo elevado grau de culpabilidade dele.
Já no caso da ex-mulher, Andreia, a pena de quatro anos e três será cumprida inicialmente em regime semiaberto. Os dois podem recorrer em liberdade.
