Ginecologista é preso acusado de estuprar paciente em Bonsucesso, na Zona Norte

0

A Polícia Civil prendeu, na tarde desta quinta-feira, um ginecologista acusado de estuprar uma paciente numa clínica em Bonsucesso, na Zona Norte do Rio. Silvio Pereira, de 75 anos, foi detido em flagrante por policiais militares e agentes da 21ªDP (Bonsucesso), após a vítima denunciá-lo.

A estudante de 26 anos contou aos policiais que durante a consulta, o médico fez declarações de cunho sexual. Entre outras coisas, disse que tinha vontade de relacionar-se com uma mulher mais jovem.

Segundo a vítima, que perdeu a visão direita devido a problemas de saúde, o ginecologista tocou suas partes íntimas e disse palavras de baixo calão. Muito assustada, a jovem saiu do local chorando. Voltou para casa, contou para a irmã e chamou a polícia.

— Me senti muito invadida. O que eu fiz para ele achar que poderia fazer isso comigo? Saí de la chorando sem entender o que tinha acontecido — contou ela, acreditando que o médico ja estava mal intencionado.

— Na primeira consulta, minha mãe estava presente e a secretária dele também participou do procedimento. Ela mesma contou que sempre participava e não havia entendido o porquê não ter sido chamada hoje (nesta quinta-feira).

A estudante tem dois filhos e mora próximo à clínica de Silvio Pereira.

— Ele tem todas as informações a meu respeito. Tenho medo, pois não sei o que pode acontecer — desabafa.

Na delegacia, o médico disse que tem 45 anos de profissão e negou todas as acusações. Ele foi preso em flagrante e participará de audiência de custódia nesta sexta-feira. Segundo a polícia, ele não tinha antecedentes criminais. A delegada-adjunta, Isabelle Conti, ressaltou a importância da denúncia e pede que se outras mulheres tenham sido vítimas, que o denunciem na delegacia.

— É possível que ele tenha feito outras mulheres vítimas. Muitas se sentem constrangidas ou ficam com medo de relatar um caso desse tipo. No entanto, a palavra da vítima tem relevância fundamental nesses crimes, já que muita das vezes ocorrem sem testemunhas — afirma Conti.