Grupo preso pela PF atuava como ‘instituição financeira clandestina’, diz PF

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A organização criminosa flagrada pela Polícia Federal na operação Ouro de Ofir atuava como uma verdadeira instituição financeira clandestina. O objetivo do grupo, conforme nota oficial divulgada pela PF, era perpetuar ‘golpes para induzir pessoas a investir quantias em dinheiro, com o escopo de obter lucros financeiros exorbitantes’.

Estão envolvidos na operação aproximadamente 70 Policiais Federais, Servidores da Receita Federal e Policiais Militares, para o cumprimento de 11 Mandados de Busca e Apreensão, quatro Mandados de Prisão Temporária e quatro Mandados de Condução Coercitiva, nas cidades de Campo Grande, Terenos, Goiânia (GO) e Brasília (DF ).

O estratagema criminoso era baseado na existência de uma suposta mina de ouro que foi explorada há muito tempo e cujos valores oriundos das comissões para a revenda estariam sendo repatriados e cedidos, vendidos ou até mesmo doados a terceiros, mediante pagamentos.

Existe,  ainda conforme a  Polícia Federal, ‘a esdrúxula figura de contrato de doação mediante pagamento. Outra modalidade de engodo é a promessa de liberação de uma antiga Letra do Tesouro Nacional – LTN’.

A Polícia Federal estima milhares de vítimas do golpe, induzidas a investir em um projeto com contratos sem lastro ou objeto jurídico plausível (os nomes eram Operação SAP e AUMETAL). Os investidores eram convencidos a depositar quantias para ter uma lucratividade de mais de 1.000% – algo desproporcional e insustentável financeiramente. Também eram falsificados documentos de instituições públicas federais na tentativa de oferecer credibilidade ao que era repassado às vítimas.

O nome da operação, Ouro de Ofir, é baseado em uma cidade mitológica da qual seria proveniente um ouro de maior qualidade e beleza. A cidade nunca foi localizada e nem o metal precioso dela oriundo

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