DEPUTADOS DO MS

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Deputados federais de Mato Grosso do Sul e senadores afirmaram ao Jornal Midiamax nesta quinta-feira (2) que são a favor do corte dos próprios salários e de adicionais durante a pandemia do novo coronavírus. Nesta quarta, Medida Provisória do Governo Federal autorizou a redução de até 70% dos salários dos trabalhadores.

O senador Nelson Trad Filho (PSD) destacou que o país passa por momento de exceção. “é o instante em que cada um tem que ceder um pouco e quem tem mais tem que dar ao mais necessitado. Tenho convicção que se essa medida caminhar terá apoio de grande parte do Senado e eu, particularmente, apoio”.

A senadora Simone Tebet (MDB) também já declarou apoio a medida. O deputado federal Loester Trutis (PSL) afirmou que esta é uma das 14 medidas que encaminhou ao colégio de líderes do Congresso, além da liberação imediata do FGTS, corte de 50% do salário de políticos e do alto escalão do judiciário brasileiro, além do corte de 100% da propaganda do governo federal que não tenha a ver com a pandemia.

Luiz Ovando (PSL), que também é médico, pontuou que ‘carga dividida não fica pesada’. “É questão de consciência e equilíbrio das responsabilidades sociais”.

A deputada Rose Modesto (PSDB) disse apoiar e aceitar a medida. “Apoio em diminuir os salários e estrutura dos gabinetes dos deputados. Esse é o momento de cada um contribuir um pouco. Acho que nesse momento a gente tem que tentar preservar ao máximo são os trabalhadores, principalmente os que ganham salários menores”.

Para Fábio Trad (PSD), a medida só não é justa para quem ganha menos de R$ 20 mil. “Aceito e defendo que a redução ocorra em relação aqueles que percebem acima de 20 mil reais nas três esferas de poderes e nos três poderes. Entretanto, importante também que empresas com patrimônio líquido acima de 1 bilhão emprestem compulsoriamente ao governo conforme previsão constitucional. Mas não concordo em mexer nos salários de servidores públicos que recebem menos que 20. Injusto!”, destacou.

Medida Provisória

A medida provisória permitirá a redução da jornada de trabalho com redução de salário e faz parte das iniciativas para enfrentar a crise provocada pela pandemia de coronavírus. O custo previsto da medida é de R$ 51 bilhões.

Segundo o governo, o programa atenderá a 24,5 milhões de trabalhadores. Sem a medida, o governo projetava a demissão de 12 milhões de pessoas. Com a medida, essa projeção cai para 3,2 milhões de trabalhadores.

A redução poderá ser de 25%, 50% ou de 70% e vigorar por 90 dias, anunciou o secretário especial de Previdência do Ministério da Economia, Bruno Bianco. A medida também permitirá a suspensão total do contrato de trabalho por dois meses com o pagamento integral pelo governo do seguro-desemprego