Interceptações telefônicas mostram ordem para decapitar jovem em MS

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Interceptações telefônicas realizadas durante a Operação Echelon mostram conversas entre o mandante e o executor de jovem decapitado em Campo Grande. Segundo o jornal Estadão, o PCC (Primeiro Comando da Capital) fez uma lista nacional de jurados de morte e planejava assassinar o promotor de Justiça Carlos Paixão de Oliveira, de Roraima.

A autorização para o crime em Roraima foi feita para a Sintonia dos Estados e Outros Países – que chefia interinamente a facção durante o tempo em que Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, ficou isolado em 2017.

Na hierarquia do mundo do crime está, abaixo da Sintonia, o Resumo dos Estados, onde atuava Rafael Silvestri da Silva, o Gilmar, e Adriano Hilário dos Santos, o Kaique.

Gilmar é apontado como o mandante do assassinato de um jovem supostamente ligado ao Comando Vermelho em Mato Grosso do Sul.
Em outubro do ano passado, Leoni Moura Custódio, de 18 anos, foi encontrado morto em um lixão em Campo Grande. A principal linha de investigação é que a ordem para a execução tenha vindo da facção rival.

“Faz um vídeo e ranca (sic) a cabeça dele fora. Eu quero que ranca a cabeça dele fora”, ordena Gilmar. O subordinado quer ter certeza da ordem e pergunta: “Já pode matar então?”. Gilmar responde que sim. “Pode cortar a cabeça dele, é CV confirmado, certo?”

Quatro horas depois, o comparsa telefona para Gilmar e diz que já enviou o vídeo. A interceptação mostra que Gilmar não havia ainda visto o vídeo. “Deixei o outro celular em casa.” E pergunta: “Rancou (sic)”. O comparsa responde que sim. “Da hora, da hora. Vamos pegar o próximo agora.” Em outra oportunidade, Gilmar manda “arrancar o coração” da vítima, “passar o facão”, que o “chicote vai estalar”. “Tira foto para nós”, recomenda o chefe ao subordinado. “Demorô”, responde o comparsa.

No caso do promotor, o crime estava sendo planejado por Sérgio Souza da Silva, chefe da facção que ocupava a função de “Geral da Rua” no Estado. Geral da Rua é o responsável por coordenar as ações do grupo feitas por bandidos em liberdade.

As provas da Promotoria são mensagens SMS passadas pelo acusado, um dos 75 denunciados na Operação Echelon, que tinha como alvo o PCC.

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