JBS confirma temor de trabalhadores e vai paralisar trabalhos em todas unidades de MS

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O boato e temor anunciado em movimentação dos trabalhadores da JBS, na manhã desta terça-feira (17), na AL-MS (Assembleia Legislativa de MS), se concretizou no fim da tarde de hoje, com a empresa anunciando a paralisação das atividades em todos as unidades de Mato Grosso do Sul. A partir já de amanhã, nesta quarta-feira (18), a JBS oficializou em nota pública, que vai paralisar os sete frigoríficos no Estado. Veja abaixo, a nota, onde a empresa justificou a ação pela “insegurança jurídica”, em virtude do bloqueio de R$ 730 milhões determinado pela Justiça na semana passada. O ‘sequestro’ dos bens, foi a pedido da CPI no legislativo estadual, que investiga os negócios da empresa dos irmãos Joesley e Wesley Batista, implicados no propalado escândalo nacional.

De acordo com nota, a paralisação, é por tempo indeterminado, mas a direção do Grupo, afirma que os 15 mil funcionários dos frigoríficos no Estado vão receber seus “salários normalmente até que a Companhia tenha uma definição sobre o tema”, que envolve em MS, as unidades em Campo Grande (duas), Dourados, Cassilândia, Ponta Porã, Nova Andradina e Naviraí. A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da AL-MS que investiga os benefícios fiscais concedidos pelo governo estadual à empresas é quem conseguiu bloquear bens das empresas.

A paralisação havia sido informada ao pecuarista Francisco Maia, presidente da Frente Nacional da Pecuária, que é ex-presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul. Maia, assim como diversos produtores rurais, tem manifestado preocupação com os impactos no mercado com a situação da JBS. “E se a empresa fechar, o que vai acontecer. A JBS compra 60% do boi que é produzido em Mato Grosso do Sul e abate em torno de seis mil cabeças por dia. Temos 60 mil produtores no Estado que têm negócios com os frigoríficos”, relata Maia.

Deputados afirmaram ‘rever’ ou negociar bloqueio

Na manhã de hoje, como Página Brazil noticiou, pelo menos dois mil trabalhadores da empresa foram à Assembleia Legislativa de MS, para pedir apoio dos deputados. Eles manifestavam que se sentiam inseguros e temiam perder os empregos, além de não receber as remunerações em virtude da situação.

Os deputados estaduais, agora, pressionados pelos trabalhadores, afirmaram que vão tentar acordo judicial com a JBS para que ela pague o que deve ao Estado – a título de descumprimento dos acordos de benefícios fiscais -, como ainda garanta o pagamento dos funcionários e seus empregos além de pagar os fornecedores. Em troca, poderá ter o recurso desbloqueado.

NOTA JBS

Segundo a nota, os funcionários continuarão recebendo os salários, mesmo que a paralisação, por enquanto, é por tempo indeterminado.

“A JBS informa que, em função da insegurança jurídica instalada em Mato Grosso do Sul, suas sete unidades de carne bovina no Estado estão com as atividades de compra e abate paralisadas por tempo indeterminado. Os colaboradores continuarão recebendo seus salários normalmente até que a companhia tenha uma definição sobre o tema. A JBS esclarece que está empenhando seus melhores esforços para a manutenção da normalidade das suas operações e trabalha para proteger seus 15 mil colaboradores diretos e 60 mil indiretos em Mato Grosso do Sul”, informou a nota.

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