Os integrantes do PT em Mato Grosso do Sul veem com suspense o julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 24 de janeiro, pelo Tribunal Regional Eleitoral da 4ª Região (TRF4). Uma caravana irá sair de Campo Grande rumo a Porto Alegre para acompanhar e participar de atos políticos em favor de Lula.
O presidente estadual do PT em Mato Grosso do Sul, Zeca do PT, reforçou o clima de tensão causado pelas – nas palavras dele – ‘articulações contra o ex-presidente’ , com um desfecho imprevisível. “O resultado é uma grande interrogação. Por um lado temos um judiciário que o condenou mesmo sem provas em cima de convicções e de outro a decisão da Justiça de Brasília que diz que o tríplex não é do Lula, e sim da OAS. Ninguém vai penhorar algo que pertence a outra pessoa”, disse.
Zeca destacou que no dia 24 de janeiro estará em Brasília, onde também será realizado ato em favor do ex-presidente. O PT em Mato Grosso do Sul tem realizado diversos atos e a agenda de eventos se mantém até o julgamento.
O advogado e ex-BBB Ilmar Renato Fonseca, conhecido como Mamão, lembrou que Luiz Inácio Lula da Silva não estará em Porto Alegre dia 24. O ex-presidente irá realizar ato político na Avenida Paulista, em São Paulo. Mamão irá para São Paulo acompanhando Lula durante a agenda.
“As pessoas estão dizendo que Lula já está condenado. Não vou fazer uma previsão no achismo e dizer que ele será absolvido. Mas do jeito que a corda anda esticada não duvido que o judiciário possa olhar, analisar que a condenação irá desunir mais o País e decidir que Lula é inocente”, disse.
O deputado estadual Amarildo Cruz (PT) destacou que quem está no banco dos réus é o judiciário e a condenação de Lula sem provas pode abrir um precedente grave na justiça brasileira. “Se fazem isso com um ex-presidente, vão fazer isso com qualquer cidadão desse país”, disse.
Para o parlamentar, o judiciário pode ter uma atitude madura de acatar o recurso da defesa do ex-presidente como forma de acalmar os ânimos no País. “Caso Lula seja condenado, irá criar uma crise política sem precedentes e essa crise irá se estender para as eleições desse ano”, disse.
