Eduardo Rocha, deputado estadual do MDB, disse, na manhã desta terça-feira (20), que os políticos do partido com mandato costuram uma aliança com o PSDB, do governo de Reinaldo Azambuja, pré-candidato à reeleição.
Ou seja, se selado este acordo, o ex-governador André Puccinelli, emedebista histórico e, mesmo sem mandato, um dos mais fortes da sigla, teria que rever seus planos políticos, tirando de lado a ideia de concorrer ao governo nas eleições de outubro.
“Puccinelli e o Azambuja, MDB e PSDB, não são adversários. Adversário nosso é o Odilon (de Oliveira, juiz federal aposentado, pré-candidato ao governo). Por isso defende essa aliança com o PSDB”, disse Rocha, marido de Simone Tebet, senadora do MDB.Ainda segundo o parlamentar, para acertar o pacto entre PSDB e MDB seria necessário “alguém ceder”. Ele disse que seu partido, agora, está empenhado nas disputas proporcionais – a que elege deputados estaduais e federais.
Eduardo Rocha sustentou que o partido projeta eleger ao menos dois deputados federais e quer aumentar a bancada na Assembleia Legislativa – hoje a sigla tem seis das 24 cadeiras disponíveis.
Ele ia concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados, mas desistiu para atender o desejo de sua base eleitoral, ou seja, deve concorrer à reeleição.
Do lado do PSDB, a estratégia é igual à de Eduardo Rocha, que é a busca por alianças. Na última reunião do partido, em Ivinhema, Sérgio de Paula, ex-secretário de governo e articulador da legenda, informou que a pré-candidatura de Reinaldo Azambuja tem sido trabalhada com o foco nas alianças.
O próprio Azambuja concorda com isso e disse que o PSDB tem “conversado com vários partidos”. Resta saber se ele concordaria em abrir mão da pré-candidatura em nome da aliança com o MDB de Puccinelli ou o contrário. Políticos próximos ao governador acham a desistência de Reinaldo “impossível e impensável, ao menos por enquanto”.
