Morre bióloga sul-mato-grossense que estava em ônibus que tombou no Peru

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A bióloga Mariana Pires Veiga Martins, de 28 anos, uma das sobreviventes de um acidente com ônibus turístico no Peru, não resistiu aos ferimentos e faleceu na tarde desta quarta-feira (15). Ela estava internada na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) em Lima, Capital peruana. Ela estava com o namorado Danilo Pereira de Oliveira, que sofreu alguns ferimentos leves, quando sofreu o acidente.

No sábado (12) o estado de saúde da bióloga apresentou melhoras, mas conforme publicado em rede social pela mãe de Mariana, o coração dela não aguentou e ela veio a óbito.

Mariana estava sendo mantida sedada e com ventilação mecânica, pois sofreu fratura de três costelas durante o acidente que resultaram na perfuração do pulmão – esta é uma das razões pela qual ela foi transferida para Lima, capital peruana. A bióloga sofreu também fraturas na face e na clavícula.

Acidente no Peru

O acidente aconteceu na rodovia Pan-Americana, em Arequipa, no distrito de Yauca. Conforme informações do jornal La República, o ônibus da empresa Cruz del Sur acabava de passar pelo pedágio de Yauca quando, ao fazer uma curva para a direita, virou para o lado esquerdo e deslizou por 45 metros, colidindo com uma linha de minivans e carros.

Ônibus colidiu em várias vans e carros na rodovia. (Foto: Divulgação/La República)

Havia 52 passageiros no ônibus e a maioria deles estava dormindo na hora do acidente. De acordo com a Sutran (Superintendência de Transporte Terrestre de Pessoas, Cargas e Mercadorias), indícios apontam que o ônibus estaria acima da velocidade permitida para a via.

“Segundo registros do GPS, o veículo ia a uma velocidade de 106 quilômetros horários quando a velocidade máxima permitida neste trecho da rodovia é 90 quilômetros/hora”, disse a jornalistas o gerente-geral da superintendência, Jorge Beltrán, destacando que a ocorrência será investigada.

Pessoa certa na hora certa

A tragédia que deixou pelo menos 14 mortos foi próximo à entrada da cidade Rio Paca, um trecho em que o veículo deveria estar em baixa velocidade. Porém, a informação concedida após o acidente seria de que o ônibus estava rodando a 106 Km/h no momento em que saiu da pista.

Danilo usou os conhecimentos profissionais para salvar a namorada e também para ajudar outras pessoas. Calma, disciplina e perícia foram fundamentais. “Eu voltei para tentar puxar ela. Por ter conhecimento sobre resgate, tive calma suficiente para fazer o rolamento e tirá-la debaixo dos escombros e ai vi os danos que ela tinha sofrido, mas pude perceber que ela conseguia respirar”, explicou.

Danilo e Mariana horas antes do acidente, numa das paradas do mochilão que terminou em tragédia | Foto: Arquivo Pessoal

Ao Jornal Midiamax, o técnico de segurança do trabalho contou que antes de fazer o rolamento da namorada, ele voltou ao ônibus tombado e conseguiu pegar uns cobertores e chamar ajuda de pessoas que passavam pelo local. “Consegui ajuda de alguns habitantes da região que me ajudaram a fazer o transbordo da Mariana até a pista e uma caminhonete da polícia peruana estava encostando. Rapidamente colocaram ela no carro e nesse momento eu olhei para trás e vi a dimensão do acidente, aí fiquei assustado”, desabafou.