Não tem como eu subir no mesmo palanque que Marquinhos, diz Rose

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Acordo pode acabar com sonho de Rose em ser prefeita

Se depender da deputada federal  Rose Modesto (PSDB), ela e o prefeito de Campo Grande , Marcos Trad (PSD), continuarão de lados opostos nas eleições do ano que vem.  Trad, que derrotou Rose no último pleito, é candidato natural à reeleição no cargo e a tucana ainda tenta se viabilizar no partido.

Isso porque, o líder máximo no Estado, o governador Reinaldo Azambuja, tem uma sólida parceria já que nas eleições de 2018 Trad apoiou Azambuja na reeleição e em troca ano que vem o tucano deverá fazer o mesmo.

“Eu não tenho nada contra a pessoa do Marquinhos, mas como gestor público? Eu fiz uma campanha contra ele dizendo que não era melhor projeto para Campo Grande. Como agora eu vou subir no palanque dele? Seria muito incoerente da minha parte. Houve ataques a minha família na campanha. Eu continuo achando que a gestão do Marquinhos não é o melhor projeto para Cidade”, explica Rose Modesto.

Esse acordo entre Trad e Azambuja está gerando um mal-estar no ninho tucano e está sendo ventilada a possibilidade de a tucana sair do ninho e alçar voos em outros partidos. A princípio, Rose descarta a mudança do partido para disputar as eleições municipais, mas explica que o PSDB vai avaliar o melhor para a cidade.

“O Reinaldo (governador) já disse que tem compromisso pessoal com Marquinhos. O PSDB ainda vai definir e ouvir pesquisas. Tecnicamente para definir o que vai ser candidato ou não? Além do meu nome, o partido tem o governo do Estado, 40 prefeitos e na Câmara municipal, cinco vereadores e três deputados federais. Então é difícil pensar em não ter um candidato a prefeito na Capital”, avalia.

O presidente municipal da sigla, vereador João Cesar Matogrosso, já disse que respeita a decisão do governador Reinaldo Azambuja, mas vai avaliar a gestão do prefeito Marcos Trad para poder ou não apoiar o atual gestor.

“Vamos fazer pesquisa para avaliar a gestão. Nós temos vários nomes fortes para disputar: a deputada federal Rose Modesto, o deputado federal Beto Pereira e do vereador João Rocha que tem história na política”, argumenta.

O governador já disse que talvez não consiga fazer em algumas cidades, a mesma coligação que o reelegeu e nesses locais ele deveria ficar neutro. Caso o acordo entre ele e Trad não vingue há a possibilidade de Azambuja não subir no palanque de ninguém.

Rose Modesto é consciente e sabe que sozinha não consegue se eleger sozinha, mesmo sendo “namorada “por partidos como o MDB de André Puccinelli, Podemos de Sergio Mota, entre outras siglas. Recentemente, o diretório nacional do PP convidou a tucana a entrar em suas fileiras para disputar a prefeitura em Campo grande.

“O PSDB não me descartou ainda. Eu tenho dito o seguinte, tenho o sonho de administrar Campo Grande, o tempo pode ser agora, pode não ser.  Acho que isso depende do eleitor, não depende nem do PSDB e nem da minha vontade de ser prefeita. Eu aceito disputar a prefeitura, mas eu sempre digo que a política é dinâmica, não quero ser candidata de mim mesma, eu também vou fazer pesquisa e quero andar. Quero sentir o que as pessoas da cidade querem. Preciso ter um ‘norte’ nós temos que fazer pesquisa para analisar o que a cidade quer nesse momento. Se a cidade está feliz com o projeto que tem aí, excelente. Se não, acho que os partidos têm a obrigação democrática de colocar nomes à disposição”, argumenta.

O passe da tucana está bem valorizado ela foi campeã de votos na nova bancada federal de Mato Grosso do Sul, com quase 120 mil votos. E é a vice-líder da bancada tucana na Câmara dos Deputados.