Para impedir possíveis ataques criminosos, DOF, Polícia Civil e Militar iniciam operação em Ponta Porã

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Teve início ontem (18/1), em Ponta Porã, por meio do DOF (Departamento de Operações de Fronteira), PC (Polícia Civil) e PM (Polícia Militar) e ainda a Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública) uma operação para impedir possíveis ataques do crime organizado.

A operação acontece depois do assassinato do ex-candidato a prefeito da cidade, Francisco Chimenez, morto com pelo menos 190 tiros, na madrugada de quinta-feira (17/1). A vítima era tio de Jarvis Pavão.

O secretário Antônio Videira disse que o objetivo é ‘sitiar’ a região por tempo indeterminado até que o risco de ataques no lado brasileiro da fronteira diminua, aumentando a segurança.

“Além dos policiais, também temos servidores da inteligência da Sejusp para auxiliar nas ações, com apoio do helicóptero. Isso ocorre sem comprometer o policiamento que foi reforçado em Paranhos, Sete Quedas e Coronel Sapucaia”.

Nova estratégia visa reforçar segurança na fronteira de MS

O DOF (Departamento de Operações de Fronteira) deve arregimentar pelo menos 25 policiais do Batalhão de Choque da Polícia Militar, com sede em Campo Grade, com o objetivo de reforçar a segurança na fronteira de Mato Grosso do Sul.

Além disso, com a nova estratégia, é esperado que seja usado conhecimento especializado dos integrantes do Choque para aumentar o efetivo e fortalecer o combate ao crime organizado nas fronteiras com a Bolívia e o Paraguai, portas de entrada do tráfico de drogas e armas.

De acordo com o Correio do Estado, a mudança acontece porque o coronel Marcos Paulo, que já comandou o Choque, foi indicado para assumir o DOF – nomeação está prevista para o mês de fevereiro.
Segundo Antônio Carlos Videira, titular da Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), o Estado deu carta branca para que Marcos Paulo monte a equipe como desejar, com servidores de sua confiança, incluindo de outras unidades da PM.

“Ele está livre para escolher quem quiser, desde policiais do Choque a policiais que estão em outras funções. No caso do Choque, é importante porque são policiais que têm conhecimento de polícia especializada e que, com os servidores do DOF, que são especialistas em policiamento de fronteira, vão trocar experiências e fortalecer nossa segurança pública”, disse o secretário.

Inicialmente, os 25 militares que vão para o DOF serão substituídos por outros da Capital e interior que já fizeram o curso do Choque e estão aptos a serem integrados ao batalhão. Neste sentido, Videira alega que não haverá prejuízos no efetivo.

“Aqueles que eventualmente forem dispensados pelo DOF, vão para outras unidades e vice-versa, haverá remanejamento, mas o intuito do Governo é de aumentar o efetivo”.

“Nossa estratégia, além da fiscalização nas estradas, é enfrentar com mais força o tráfico doméstico, que fomenta crimes como roubos, furtos e homicídios. Junto com delegacias de área, vamos colocar o DOF para fazer operação nos municípios e o conhecimento do Choque, unidade preparada para conflitos urbanos, será importante”.