Pernambucana percorre três estados e cria dez filhos curtindo natureza em MS

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Ela nasceu no Pernambuco, morou em Goiás, mas foi em Mato Grosso do Sul que Dona Augustinha Barreto de Souza, 81 anos, passou a maior parte da vida. Com sorriso no rosto, a moradora do distrito de Rochedinho relembra que acompanhada do marido, o hoje finado Francisco Marques de Lima, deixou a família no Pernambuco em busca de uma vida melhor.

“Eu fui com ele para Goiás, junto com meus três filhos. Um dos filhos acabou falecendo depois. Hoje eu tenho seis meninas e quatro rapazes. Depois decidimos morar aqui em Rochedinho porque a maioria dos familiares do meu esposo morava aqui. Minha sogra morava aqui. O irmão do meu marido foi até Goiás buscar a gente e aceitamos”, diz a idosa.

Questionada sobre a vida que levava ao lado dos familiares do marido, Dona Augustinho sorri levemente. “Era boa a nossa vida, eu cuidava dos meus filhos, nunca paguei ninguém para cuidar de nenhum deles. Já queríamos ir embora naquela época porque as crianças precisavam estudar, foi quando começamos a morar aqui com eles. A vida aqui não era nada difícil, hoje é muito mais difícil que antes”.

A idosa demonstra tristeza ao comparar a vida que conseguiu oferecer aos filhos à era dos netos. “Hoje tudo é diferente, ficamos muito preocupados. Meus filhos foram criados subindo em árvore, tomando banho de rio, com uma qualidade de vida boa, mas hoje as crianças passam o dia inteiro que Deus deu no celular se deixar”.

Ao relembrar que a família percorreu diversas casas em Rochedinho, Dona Augustinha faz questão de lembrar daquele que estendeu a mão para a família. “O professor Edivaldo nos ajudou muito. A escola que atendia a região foi desocupada na época e o professor falou que podíamos morar nela. Ficamos aqui, ele ajudou muito nossa família, mudamos bastante, até conseguir essa ajuda dele”.

Sobre a família de dez filhos, Dona Augustinha afirma que todos se fazem presente no dia a dia. “A maioria dos meus filhos mora aqui perto de mim. Estão sempre por perto, me ajudando, sempre por aqui. Alguns moram em Campo Grande, mas também vem sempre passear, me ver”.