PF indicia Alckmin sob suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro

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Geraldo Alckimin, ex-governador de São Paulo e 2 vezes candidato à Presidência, foi indiciado nesta 5ª feira (16.jul.2020) pela Polícia Federal. Ele é investigado por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica eleitoral.

Também foram indiciados Marcos Monteiro, ex-tesoureiro do PSDB, e Sebastião Eduardo Alves de Castro, ex-assessor de Alckmin. De acordo com a PF, a ação faz parte da 2ª fase da “Lava Jato eleitoral” no Estado de São Paulo.

As evidências foram baseadas em delações negociadas para a operação Lava Jato, sobretudo de ex-executivos da Odebrecht. As análises periciais no sistema de informática e comunicação da empresa também contribuíram para as investigações.

Cabe ao Ministério Público de São Paulo decidir se apresentará ou não uma denúncia contra o ex-governador.
Geraldo Alckmin é citado em outro inquérito no STJ (Superior Tribunal de Justiça). Apura reapsse de R$ 10 milhões à campanha de Alckimin, via caixa 2, por executivos da Odebrecht, em 2010 e 2014. A investigação foi aberta em 2017 a pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República).

O outro lado

Em entrevista à CNN Brasil, Alckmin afirmou que não foi ouvido pela PF, mas que irá prestar contas. O ex-governador de São Paulo disse que em seus 40 anos de vida pública o seu patrimônio não aumentou.

“Quem está na vida pública tem por dever prestar contas cotidianamente”, afirmou. “As minhas campanhas, tanto de 2010, de 2014 e agora, em 2018, foram rigorosamente dentro da lei”.

O presidente do PSDB, Bruno Araújo, afirmou que Alckmin tem “toda a confiança” do partido.

“Governador 4 vezes de São Paulo, quase 5 décadas de vida pública, médico, Geraldo Alckmin sempre levou uma vida modesta e de dedicação ao serviço público. É uma referência de correção e retidão na vida pública”, escreveu.

O presidente do diretório paulista do PSDB, Marco Vinholi, afirmou em nota que “tem absoluta confiança na idoneidade do ex-governador Geraldo Alckmin” e que sua história “não deixa dúvidas sobre sua postura de retidão, coerência e compromisso com o rigor da lei”.