PM deixou reunião com governo revoltado com fim do ‘duzentão’ e reajuste zero

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As rodadas de negociação entre sindicalistas e o Governo do Estado para tratar sobre o reajuste salarial de 2019 começaram nesta quarta-feira (24) e já revoltam servidores estaduais. Os encontros acontecem com o titular da SAD (Secretaria da Administração), Roberto Hashioka.

Nesta tarde, durante rodada entre sindicatos da segurança, dos 11 que se reuniram com o secretário, apenas três deles permaneceram no encontro. A maioria se retirou da reunião por afirmar que não se tratava de negociação, e sim de anúncio de cortes.

Entre as reclamações dos servidores estão o corte de abono salarial, inicialmente anunciado nas reuniões, o aumento da carga horária para 8h e ainda índices de reajuste abaixo do que o solicitado pelas categorias.

Em vídeo ao qual o Jornal Midiamax teve acesso, sindicalista policial militar que atua na ACS (Associação de Cabos e Soldados) grava momento em que critica a ação do Estado em relação aos servidores. Além do corte do abono, ele reclama dos índices de reajuste. Confira abaixo:

Reajuste zero

Em nota divulgada nesta tarde, o sindicato que representa os militares reforça que o proposto do Estado é de reajuste zero e retirada do abono.Há expectativa de mobilizações a serem realizadas no Estado em protesto às propostas. Confira abaixo a nota na íntegra:

Seguindo a política de desvalorização do funcionalismo público adotada desde que tomou posse, o governador Reinaldo Azambuja propôs, novamente, reajuste zero para policiais militares e bombeiros. Em reunião realizada nesta quarta-feira (24) com representantes da categoria, o secretário de Administração e Desburocratização, Roberto Hashioka, apresentou a proposta do Executivo: zero de reajuste, além da retirada do abono de R$ 200.
“Obviamente não chegamos a um acordo. Eles [Governo] apresentam dados que já sabemos, mas queremos uma resposta positiva. Vamos marcar uma assembleia unificada, policiais militares e bombeiros, de soldado a coronel, para tomar uma decisão. Para o Governo, o funcionário público não existe, mas somos a ponta de lança da segurança pública do nosso Estado”, criticou o presidente da ACS (Associação e Centro Social dos Policiais Militares e Bombeiros Militares de Mato Grosso do Sul), cabo Mario Sérgio Couto.
Segundo o vice-presidente da entidade, sargento Aparecido Lima, o Governo está “brincando com o servidor”. “Temos que vir, lutar, pois, sem luta, não conseguiremos nada. Ele tirou o que tínhamos e não deu sequer a reposição inflacionária”, afirmou.
Nesta quinta-feira (25), os militares estaduais estarão, a partir das 9h30, na Assembleia Legislativa, para mostrar a insatisfação da categoria e buscar apoio dos deputados. Uma assembleia geral unificada também será realizada, em data e local a derem definidos, para discutir novas mobilizações.