Ponte em chamas é reflexo da crise de incêndios no Pantanal

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Se já não bastasse toda a destruição causada no bioma do Pantanal de Mato Grosso do Sul por conta dos incêndios que duram semanas na região, a seca e os focos de calor também têm impactado a infraestrutura de cidades da região. Em Corumbá a destruição chegou a ponte de madeira na Estrada Parque e as imagens divulgadas nesta quinta-feira (6) impressionam.

O fogo começou na tarde desta quarta-feira (5) em algumas vigas de madeira da estrutura. Até o fim da noite, toda a ponte ficou destruída com as chamas.

Ainda ontem, a Agesul (Agência de Gestão e Empreendimento) informou que um desvio estava sendo preparado na localidade para impedir que moradores ficassem sem o acesso. Nesta quinta, o vice-governador Murilo Zauith afirmou que o desvio será sinalizado até que nova ponte seja construída.

Até esta quinta-feira, segundo levantamento do Prevfogo-Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) foram registrados 185 novos focos de calor na região pantaneira.

Ainda de acordo com o instituto, as equipes do Corpo de Bombeiros, Forças Armadas e brigadistas também continuam as ações de combate as queimadas nas vegetações, inclusive, na região norte dos municípios, que faz divisa com Poconé, em Mato Grosso. Além, dos lançamentos de água por aeronaves.

Pantanal em chamas
As equipes de combate aos incêndios no Pantanal de Ladário e Corumbá, a 417 quilômetros de distância de Campo Grande, continuaram, nesta quarta-feira (5), as ações para tentar amenizar os focos de queimadas registrados. Apenas no fim de semana, mais de 96 mil litros de água pelo avião Hércules C-130.

Segundo a FAB (Forças Armadas Brasileira), foram realizadas 8 viagens com o avião cargueiro que tem capacidade para utilizar 12 mil litros d’água. O equipamento tem dois tubos que projetam água pela porta traseira da aeronave, onde o litro despenca de uma altura aproximadamente de 46 metros, além de poder passar por até três vezes sobre o local.

Segundo os professores especializados em saúde e gestão ambiental, André Pelanda e Rodrigo Berté, as queimadas colocam o Pantanal em alto risco de ameaça à biodiversidade que é considerada patrimônio mundial e reserva da biosfera, por abrigas fauna e flora apenas na região pantaneira.