Prefeitura de Amambai e Exército Brasileiro realizam abertura da Semana da Pátria

0

A Prefeitura de Amambai, através da Secretaria Municipal de Educação (SEMED) e em parceria com o 17º Regimento de Cavalaria Mecanizada (R C MEC) Solon Ribeiro, realiza na próxima terça-feira, dia 3 de setembro, nas dependências do quartel, a abertura da Semana da Pátria.

Segundo a secretária de Educação, Zita Centenaro, pelotões de alunos de todas as escolas serão levados para o Regimento, onde participarão do hasteamento da Bandeira e cantarão o Hino Nacional.

A Semana da Pátria será encerrada na sexta-feira, 6 de setembro, com Solenidade Militar, também na sede do Regimento. Autoridades do município e militares da reserva são convidados a participar da programação.

O desfile, que tradicionalmente acontece no dia 7 de setembro, foi transferido para o dia 28 do mesmo mês, em comemoração ao aniversário de 71 anos do município de Amambai.

História

Na Semana da Pátria celebra-se a Independência do País. A Proclamação da Independência do Brasil aconteceu no dia 07 de setembro do ano 1822, pelo príncipe regente D. Pedro I, filho de D. João VI.

Em janeiro de 1822, D. Pedro recebeu um ultimato para retornar a Portugal, e proclamou a Independência do Brasil dizendo “Se for para o bem de todos e felicidade geral da nação, estou pronto, diga ao povo que fico”. “Independência ou Morte”. O evento ficou conhecido como “Grito do Ipiranga”.

O que é a Independência do Brasil:

A independência do Brasil aconteceu no dia 7 de setembro de 1822 e foi declarada pelo então regente do país, D. Pedro. Foi às margens do Rio Ipiranga, em São Paulo, que D. Pedro fez a famosa declaração: “Independência ou morte”.

Após este episódio, D. Pedro se tornou o primeiro imperador do Brasil, consagrando-se como D. Pedro I. O Império do Brasil existiu entre 1822 e 1889, quando foi decretada a Proclamação da República.

O processo de independência do Brasil

O processo de independência do Brasil deve ser entendido à luz dos acontecimentos na Europa no início do século XIX. Nesse momento, Napoleão Bonaparte dominava quase a totalidade da Europa Ocidental e tinha como sua principal inimiga a Inglaterra.

Em 1806, Napoleão determinou que as nações europeias deveriam fechar seus portos para as embarcações inglesas, com o objetivo de enfraquecer economicamente sua rival – essa medida ficou conhecida como Bloqueio Continental.

Portugal não desejava romper as relações com a Inglaterra, que era um importante parceiro comercial do país. Foi então que D. João VI, Príncipe-Regente de Portugal, decidiu transferir a corte portuguesa para o Brasil, garantindo aos ingleses o acesso ao mercado brasileiro e a manutenção da sua coroa.

A Coroa portuguesa no Brasil

A chegada da família real no Brasil deu início a uma série de mudanças econômicas, políticas, sociais e culturais no país. A Coroa portuguesa decretou a abertura dos portos para comercialização e fez investimentos em educação e cultura.

Em 1815, D. João eleva o Brasil à condição de reino unido, isso significa que o Brasil deixava de ser colônia e passava a ser parte do reino de Portugal – esse foi um dos importantes marcos para a concretização da independência anos mais tarde.

Dentro do Brasil, nem todos concordavam com a presença da corte portuguesa e um dos principais episódios de revolta foi a Revolução Pernambucana (1817).

Insatisfeita com os altos impostos cobrados para o sustentar a família real e os conflitos em que D. João VI se envolveu, a população de Recife arma uma revolta contra a corte, com o objetivo de fundar outro país. Esse conflito foi violentamente reprimido pela Coroa portuguesa.

 

Revolução Liberal do Porto

Uma vez terminado o perigo napoleônico, em Portugal crescia a insatisfação com a permanência da coroa no Brasil. Portugal enfrentava uma forte crise política e econômica internamente e sua população não estava satisfeita com as liberdades econômicas que o Brasil vinha conquistando.

Em 1820, eclode a Revolução Liberal do Porto, um movimento que exigia o retorno da família real a Portugal, a instituição de uma Constituição e o retorno do Brasil à condição de colônia. Em abril de 1821, D. João VI retorna a Portugal e deixa seu filho e herdeiro D. Pedro como regente do Brasil.

Durante a regência de D. Pedro várias medidas impopulares – como o aumento dos impostos – foram adotadas por Portugal, o que foi aumentando a insatisfação dos que estavam no Brasil, alimentando o desejo pela independência.

Em dezembro de 1821, D. Pedro recebeu uma ordem para que retornasse a Portugal. Como reação a esse pedido, em janeiro de 1822, durante uma audiência no Senado, D. Pedro recebe uma petição assinada por 8 mil pessoas para que permanecesse no Brasil.

Foi no dia 9 de janeiro de 1822, também conhecido como o Dia do Fico que D. Pedro disse a famosa frase:

COMO É PARA O BEM DE TODOS E FELICIDADE GERAL DA NAÇÃO, ESTOU PRONTO. DIGA AO POVO QUE FICO.

O rompimento com Portugal torna-se cada vez mais provável, e em maio foi decretada uma importante medida no Brasil: o Cumpra-se. Segundo essa norma, uma lei promulgada em Portugal só valeria se D. Pedro a tornasse válida no Brasil.

Portugal insiste em manter o seu domínio sobre o Brasil e em 28 de agosto de 1822 envia uma ordem para que o príncipe regente volte a Portugal. A princesa dona Maria Leopoldina, esposa de D. Pedro, recebe a ordem e se convence sobre o rompimento com Portugal.

A princesa convoca uma sessão extraordinária do Conselho de Estado, ela assina a declaração de independência e envia a D. Pedro, que viajava para São Paulo. D. Pedro recebe a carta no dia 7 de setembro, quando estava às margens do Rio Ipiranga, em São Paulo.

Acredita-se que, nesse momento, D. Pedro tenha dito a famosa frase “Independência ou morte”, porém, não há evidências históricas que comprovem este grito.

Independência do BrasilPríncipe Pedro e multidão após a declaração de independência do Brasil, dia 7 de setembro de 1822. Óleo sobre tela de Pedro Américo (1888).Para tornar-se independente de Portugal, o Brasil teve ainda que pagar uma indenização de 2 mil libras esterlinas ao país. Para o pagamento dessa dívida, o Brasil recorreu a um empréstimo dos ingleses.

Independência da Bahia

Apesar de a independência do Brasil ter sido um episódio relativamente tranquilo em todo o país, isso não aconteceu na Bahia. Por lá, houve sangrentos conflitos até que as tropas portuguesas fossem derrotadas.

A Bahia só viria a se tornar independente no dia 2 de julho de 1823. Nesse intervalo de tempo, ocorrem diversas batalhas na região e um cerco a Salvador foi montado pelas tropas portuguesas.

Nesses conflitos, destacam-se duas importantes mulheres: Maria Quitéria e Joana Angélica. Maria Quitéria é considerada uma heroína da independência. Ela fingiu ser homem para poder entrar para o exército e lutar contra as tropas portuguesas.

Joana Angélica é considerada mártir da independência. Ela era abadessa do convento da Lapa e durante o ataque das tropas portuguesas ao local, permaneceu na porta para impedir a invasão, mas acabou sendo morta pelos soldados.

Principais acontecimentos que levaram à independência

1808: Chegada da família real no Brasil

1815: Elevação do Brasil à condição de reino unido

1817: Revolução Pernambucana

1820: Revolução Liberal do Porto

1821: D. João VI retorna a Portugal

9 de janeiro de 1822: Dia do Fico

22 de setembro de 1922: Grito da independência

Hino da Independência do Brasil

A música do hino da Independência do Brasil foi composta pelo próprio imperador D. Pedro I. De acordo com a história, foi feita às quatro da tarde do mesmo dia em que deu o Grito do Ipiranga, 7 de setembro de 1822.

A letra do hino, no entanto, foi feita por Evaristo da Veiga (1799 – 1837), um poeta e jornalista brasileiro.