Problemas genéricos ou específicos, mulheres tem apoio e sororidade em grupos

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Alguns avanços de pensamentos e políticas públicas em favor das mulheres foram alcançados nos últimos anos, mas ainda há muito o que se fazer. Em diversos segmentos e setores elas continuam precisando de ajuda e apoio. E cada uma destas mulheres, além de necessidades comuns, têm dificuldades específicas.

Pensando nisso, catalogamos algumas associações e coletivos em Campo Grande onde as mulheres podem conseguir informações e ajuda em suas necessidades.

Amdef-CG – Associação de Mulheres com Deficiência de Campo Grande

Com o principal objetivo de levar o empoderamento às mulheres com deficiência, a associação tem o slogan “Visibilidade, protagonismo e empoderamento das mulheres”. O grupo leva, através de palestras e rodas de conversas, informações sobre a Lei Maria da Penha, a LBI (Lei Brasileira de Inclusão), acessibilidade. A associação faz parte do Conselho Municipal de Saúde e trabalha também pela saúde das mulheres com deficiência. Uma das conquistas foi uma maca ginecológica adaptada que foi instalada no CEM (Centro de Especialidades Médicas) para utilização no Núcleo de Atendimento à Mulher.

“A gente não pode parar de lutar porque o comodismo e a falta de união é o que leva a gente de não ter a garantia dos direitos. Quanto mais mulheres se juntarem, aparecerem e sair de onde estão em busca dos direitos, mais elas vão ser protagonistas e não vão deixar que outros falem por elas”, diz Mirella Ballatore, presidente da Amdef-CG

Contato pelo telefone 99226-0661 ou pela fanpage da associação.

Coletivo de Mulheres Negras de Mato Grosso do Sul Raimunda Luzia de Brito

Há 23 anos o coletivo luta pela representatividade e interesses das mulheres negras no Estado, através de palestras educativas, principalmente em escolas e por ações pontuais, como a terceira edição da Feira Afro de Mato Grosso do Sul que acontece no dia 10 de março, das 9 às 16h na Praça dos Imigrantes.

“As mulheres negras estão na base da pirâmide, são mulheres desprotegidas. Tentamos levar a consiência e trabalhamos em prol do enfrentamento e contra o racismo, o sexismo, a discriminação e a LBT fobia”, descreve Ana José Alves, co-fundadora e presidente do coletivo.

Contato pelo email [email protected] ou os telefones 99290-5271 e 99205-5371.

Mulheres Ciganas

As mulheres ciganas enfrentam diversos problemas ligados ao machismo. Segundo Sonia Jalbes que pertence à etnia Calon e tenta levar informação às mulheres ciganas, dificilmente e muito raramente a Lei Maria da Penha irá auxiliá-las. A violência é sempre resolvida pela família ‒ pelos homens da família. Além disso, as jovens são levadas a se casarem cedo, para evitar a prostituição. Poucas querem estudar e ter um emprego.

“Já andei por algumas comunidades desde 2012 tentando mudar a cabeça das mulheres e elas não conseguem. É muito raro uma delas tomar alguma decisão”, conta Sônia. E as que decidem tomar um caminho diferente, acabam tendo que se afastar da família cigana, pois acabam sendo discriminadas.

Outro grande problema que as mulheres ciganas enfrentam é o preconceito da sociedade em geral, segundo Sonia, para conseguirem atendimentos em postos de saúde, por exemplo, precisam “se vestirem com roupas ‘normais’ pois se saírem com suas vestes são discriminadas”, diz Sonia. Ela presta esse tipo de apoio a estas mulheres.

Contato pelo telefone 98124-1901.

Grupo de Mulheres Indígenas Marta Guarani

Segundo Suzie Guarani, integrante do grupo que também faz parte da Voz das Mulheres Indígenas da Onu Mulheres, o maior problema entre as mulheres nas aldeias é a violência doméstica e a violência sexual. O dado foi apontado por uma pesquisa financiada pela Onu Mulheres realizada nas comunidades indígenas. “Descobrimos que as mulheres sofriam violência doméstica, feminicídio, principalmente por seus maridos, influenciados por álcool, drogas e o machismo”, descreve Suzie.

Algumas conquistas do grupo foram levar defensoras públicas, psicólogas e delegadas para falarem com as mulheres. “Elas estão aprendendo a denunciar, estão começando a entender que tem direito de viver bem”, diz Suzie.

A luta continua para que cada delegacia especializada no atendimento à mulher possua intérpretes dos idiomas indígenas para auxiliar no acolhimento.

Contato pelo telefone 99189-4014.

Movimento das Mulheres Camponesas

Movimento de nível nacional que tem o objetivo de auxiliar as mulheres ligadas ao campo e produção de alimentos para garantir que tenham acesso à terra e sejam livres de violência. “A maior luta do movimento é para que as mulheres tenham autonomia, sejam capazes de sair do mundo privado e ir para o mundo público e defender seus direitos, como soberania alimentar, previdência, trabalho e licença maternidade”, enumera Antonia Maria dos Santos Costa, integrante da comissão estadual do Movimento das Mulheres Camponesas.

Contato pelo telefone 99620-2812.

Coletivo de Mulheres Comunitárias

Cada uma das regiões de Campo Grande possui um coletivo de mulheres comunitárias que defende seus interesses. Cleonice dos Santos Damião é líder das mulheres nas comunidades da região do Prosa.

Segundo ela, uma das maiores dificuldades das mulheres das comunidades e da periferia é a falta de emprego e questões relacionadas ao trabalho. “Tem que ser mais que os homem, tem que saber mais, trabalhar mais. Não tem vaga na creche, na escola não tem período integral, não tem com quem deixar os filhos”, relata.

Além disso, informações sobre a violência contra a mulher não chegam aos bairros, principalmente às mulheres acima dos 40 anos, que não tem acesso à internet.

Contato pelo telefone 99218-5433.

Coletivo de Brechós

Visando geração de renda para mulheres o Coletivo de Brechós é um grupo que reúne mulheres que queiram trabalhar nesta área, dando informações e promovendo eventos. São realizadas feiras com cerca de 20 brechós em três pontos de Campo Grande: na Plataforma Cultural, no Coophasul e no Coophatrabalho.

“A gente consegue as licenças dos locais públicos e ajudamos quem tá começando, dando informações de como expor, sobre padrão de qualidade de peças, estrutura necessária para exibir, como e onde conseguir peças, preços entre outras questões”, explica Val Reis, coordenadora do coletivo.

Para participar basta acessar o site www.coletivodebrechos.

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