Projetadas, novas delegacias da Polícia Federal em MS custarão R$ 36 milhões

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A construção de duas novas delegacias da Polícia Federal em Mato Grosso do Sul só depende da liberação dos recursos pelo Governo Federal. O projeto das duas unidades, que serão instaladas em Ponta Porã e Corumbá, já está pronto e prevê obras no valor de R$ 36 milhões.

Novo superintendente da PF no Estado, Luciano Flores disse ao Jornal Midiamax que esteve em Brasília na semana passada, dias após assumir oficialmente o comando, exclusivamente para tratar sobre liberação de recursos para as novas unidades.

Segundo ele, só a delegacia de Ponta Porã, responsável pela boa parte dos casos de narcotráfico do Estado, foi reformada pela última vez há 10 anos. “Fui a Brasília, a prioridade são as delegacias em Ponta Porã e Corumbá. Eu ouvi que será avaliado para ser incluído nos orçamentos dos próximos anos

A construção das novas delegacias tem custo previsto de R$ 18 milhões cada uma. O projeto arquitetônico está finalizado e pronto para ser executado, só falta mesmo o dinheiro.

Apesar de vultuoso, se comparado a atuação da PF, o montante nem é tão absurdo assim. Apenas uma mansão alvo de investigações durante a Lama Asfáltica – operação que apura desde 2015 desvios em obras do Estado – tinha valor de R$ 7 milhões. “Perto de qualquer propina paga, isso [R$ 36 milhões] não é nada”, completou o delegado.

Mais estrutura para mais demanda

Prontas, as duas novas unidades facilitarão o trabalho dos agentes na região de fronteira. Anteontem, o Jornal Midiamax noticiou que o novo superintendente da PF no Estado planeja novas operações na região muito em razão dos reflexos da intervenção federal no Rio de Janeiro.

Tradicional porta para o tráfico de drogas e armas, Mato Grosso do Sul é uma região estratégica para que as forças de segurança estendam as ações iniciadas no Rio de Janeiro. Para o delegado Luciano, os reflexos locais são quase que imediatos.

“A partir do momento que temos uma fronteira que abastece aramas, munições e drogas para facções criminosas, tudo que diz respeito a elas, seja fortalecimento ou repressão, reflete aqui, onde é a passagem, onde existem bases das organizações que atuam em São Paulo e no Rio de Janeiro”, afirma o superintendente.

Ainda na avaliação do delegado, a fronteira entre Brasil-Paraguai-Bolívia no trecho que passa pelas cidades de Foz do Iguaçu (PR) e Corumbá é considerado “o mais sensível e importante do Brasil para combater o crime organizado”.

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