Quem proclamou a República?

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Marechal Deodoro da Fonseca proclamou a República do Brasil, em 15 de novembro de 1889 / Foto Divulgação

Nascido na cidade de Alagoas da Lagoa do Sul, em Alagoas, no dia 5 de agosto de 1827, Marechal Deodoro da Fonseca proclamou a República do Brasil, em 15 de novembro de 1889. A proclamação aconteceu devido ao descontentamento do Exército Brasileiro com o regime monárquico, que não promovia mudanças sociais para o progresso do país.

Na época, o Imperador D. Pedro II enfrentava problemas de saúde e vinha se afastando das decisões políticas. Por consequência, os revoltos populares ganharam força, e a partir da fraqueza da monarquia surgiu a oportunidade do Marechal Deodoro da Fonseca, com o apoio dos militares, assumir provisoriamente a gestão política do Brasil.

O governo de Deodoro foi marcado pela instabilidade política, econômica e centralização do poder. O fechamento do Congresso Nacional Brasileiro resultou na renúncia do cargo.

Marechal Deodoro da Fonseca morreu no Rio de Janeiro, em agosto de 1892, em decorrência de uma forte dispneia, “falta de ar”, que sofria constantemente e o impedia de dormir.

 

A proclamação da República Brasileira pode ser definida como um golpe político-militar, oficializado em 15 de novembro de 1889, no Rio de Janeiro, capital do Império do Brasil na época. Este levante destituiu o então imperador D. Pedro II de seu cargo, pondo fim a monarquia parlamentarista do Império e instituindo uma república presidencialista, cujo primeiro presidente foi o principal líder do movimento, Marechal Deodoro da Fonseca.

Embora tenha sido o único a obter sucesso, tivemos mais eventos de cunho republicano que ocorreram por aqui, como por exemplo a Confederação do Equador (1824) e também a Revolução Farroupilha (1839), que possuíam características claramente republicanas, sendo contra o regime absolutista comandado por D. Pedro nestes períodos.

Uma das razões que pode explicar o sucesso da última revolução é o fato de que o governo de D. Pedro II não possuía apoio em praticamente nenhum setor da sociedade naquela época.

No início da década de 1880, D. Pedro já havia perdido o apoio da igreja, no episódio que ficou conhecido como “questão religiosa”, em virtude de prisões e perseguições a bispos e integrantes da igreja que condenavam a prática da maçonaria, permitida durante o império.

O governo também já não contava mais ajuda dos militares, principalmente após a Guerra do Paraguai (1864-1870), na qual a base militar ganhou prestígio no ambiente social, fazendo com que parte de seus integrantes tivessem a ambição de adquirir importância política durante o período.

Em meados da década de 1880, o governo era sustentado principalmente pelos cafeicultores do vale do Paraíba, que eram grandes latifundiários e contavam com mão de obra escrava. Com a assinatura da Lei Áurea (1888), D. Pedro não só perde o único apoio que o mantinha no governo, mas também adquire novos opositores, os republicanos do treze de maio.

A soma de todos esses fatores garantiu o sucesso do golpe liderado por Marechal Deodoro, que mobilizou suas tropas, cercou os ministros imperiais e exigiu a deposição do rei. Em 15 de novembro daquele ano, o republicano José do Patrocínio oficializou a proclamação da República. Assim foi a instauração da república federativa do Brasil, que como deve saber, perdura até hoje.

Após a saída de Marechal Deodoro, teve início a época conhecida como “política do café com leite”.

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