Após a cartela de ovos chamar a atenção dos consumidores, com aumento de 100% neste período de pandemia, o feijão é o vilão do momento. Nos supermercados de Campo Grande, é grande a variação de preço e, segundo o órgão para Orientação e Defesa do Consumidor (Procon-MS), os valores mais altos encontrados variam de R$ 9,90 a R$ 10,30 o quilo.
“Estes valores estão sendo encontrados desde a semana passada, quando dizemos a pesquisa de preço dos itens da cesta básica, cujo objetivo é orientar o consumidor e também notificar empresas com as maiores avaliações. E foi o que aconteceu com o feijão. Nós já notificamos algumas empresas, duas delas por conta deste produto”, afirmou ao G1 o superintendente Marcelo Salomão.
Conforme Salomão, não é de conhecimento alguma alteração climática que pudesse justificar tamanha variação de preço de um estabelecimento para outro, por exemplo.
“Vamos entrar com um processo e pedir as notas fiscais de compra para que possamos notificar até as distribuidoras, se for o caso. O consumidor também precisa aprender a não comprar no local mais caro. Se a gente tomar esse hábito, os estabelecimentos vão reduzir os preços”, comentou.
Além do feijão, outros itens que também estão na mira do Procon-MS são o arroz, farinha goiabada e o açúcar.
O vice-presidente da Associação Sul-Mato-Grossense de Supermercados, Denyson Prado, ressalta que o preço deverá ter uma queda nas próximas semanas.
“A maior parte do abastecimento de feijão vem do Paraná, e este ano os produtores de feijão sofreram uma estiagem muito grande, com isso houve quebra na safra de feijão, por isso o aumento dos valores nos supermercados. Segundo os fornecedores do produto a previsão é de que os valores do produto comecem a baixar em julho. Hoje os valores variam de R$ 7 a R$ 9 e a tendência é que os preços não passem disso”, ressaltou Denyson.