Resolução que pode frustrar pacto do PSDB com Marquinhos anima deputada Rose

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A resolução do comando nacional do PSDB, que assegura a ele o direito de definir se o partido deve ou não lançar candidaturas nas cidades, Campo Grande uma delas, foi bem aceita pela deputada federal Rose Modesto, parlamentar que pensa em disputar a prefeitura da capital sul-mato-grossense, em 2020. Até agora, o desejo dela tem sido impossibilitado porque sua legenda jura que lá atrás, em 2017, acertou pacto com o prefeito Marquinhos Trad, do PSD, interessado na reeleição.

A resolução foi anunciada em reportagem do TopMídiaNews, numa conversa com o deputado federal Beto Pereira, que é secretário-geral da Executiva nacional do partido. Ele disse que a recomendação é que o PSDB lance candidaturas em cidades com tevês com programações locais. No caso, ao menos cinco em Mato Grosso do Sul atendem ao critério: Campo Grande, Ponta Porã, Corumbá, Dourados e Três Lagoas.

“Acho que a nacional [executiva do partido] é soberana, naturalmente. Mas, pelo que conheço, o estilo da nacional é a de, antes de decidir algo, ouvir a comunidade [eleitores de Campo Grande]”, disse a parlamentar, ao TopMídiaNews, em Brasília.

Em seguida, Rose comentou a hipótese de enfrentar Marquinhos de novo. Em 2016, ele perdeu a eleição no segundo turno. “Foi uma perda eleitoral, não política. Saí fortalecida do pleito. Tenho planos para Campo Grande: dá para fazer políticas públicas, envolver a juventude, criar programas de empregos, atrair empresas para a cidade”, disse a deputada.

Rose disse que, em caso de o PSDB continuar no plano da aliança pela reeleição de Marquinhos, não descarta a hipótese de migrar de legenda.

“Fui procurada por outros partidos, isso é natural, dizem-me: olha, se o PSDB ajudar na eleição do prefeito, vai ficar sem espaço por lá”, contou a parlamentar.

Mas a deputada diz não ter nada definido. “Não estou saindo do PSDB, não sou candidata, avalio a situação. Vamos ver o que acham os eleitores da cidade, vamos recorrer a pesquisa”.

Rose Modesto, que já ocupou mandato de vereadora, foi secretária estadual, vice-governadora, apontou outro motivo que a deixa num compasso de espera antes de decidir pela candidatura.

Ela foi eleita deputada federal, ano passado, com quase 121 mil votos, 70 mil dos quais obtidos em colégios eleitorais do interior de MS. “Estou ouvindo minhas bases, meus eleitores, há quem queira eu candidata, mas muita gente quer que eu continue aqui na Câmara dos Deputados”, disse a parlamentar.

“Vamos ver, tudo isso será definido até abril do ano que vem, daí anuncio, ou não, candidatura”, concluiu.