Segundo advogado de Jair Bolsonaro, não há provas no processo mostrando que Adélio agiu sozinho

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MICHELLE BOLSONARO GANHA FESTA SURPRESA DE DESPEDIDA ANTES DE SE MUDAR PARA BRASÍLIA

 

A posse acontece somente no dia 1 de janeiro de 2019, mas a sessão de bota-fora já começou. Antes de se mudar para Brasília, onde vai morar com o presidente Jair Bolsonaro na Granja do Torto, Michelle Bolsonaro teve sua primeira festa de despedida no Rio de Janeiro.

A festa surpresa, promovida pelos membros do Ministério Mincluir (que assiste surdos), no último sábado, aconteceu na sede da Igreja Batista Atitude, na Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade, onde Michelle congrega desde que deixou a Assembleia de Deus.

A comemoração reuniu pouca gente. A futura primeira-dama foi acompanhada da filha caçula Laura e ficou bastante emocionada com a homenagem. Messas com bolos e doces foram providenciadas e o salão da igreja ganhou decoração de Leticia Melgaço, bastante conhecida nas rodas cariocas por promover festas infantis.

Michelle Bolsonaro ganha festa surpresa de despedida antes de se mudar para Brasília
Michelle Bolsonaro ganha festa surpresa de despedida antes de se mudar para Brasília Foto: Ana Carolina Cotia Marques – Retratos da Vida – Infoglobo

Como se sabe, Michelle mantinha até agora um importante trabalho de tradução em libras dos cultos evangélicos para surdos pelo menos duas vezes por semana na igreja. Solícita, ela posou com os convidados e ganhou uma bandeira do Brasil com várias dedicatórias.

No local também chamou atenção uma parede com fotos de mulheres emblemáticas na política como Princesa Isabel, a mãe da Lei Áurea, Michelle Obama, ex-primeira-dama dos EUA e Evita Perón, que também foi primeira-dama, mas na Argentina. Encabeçando a lista, no alto, aparece uma foto de Michelle Bolsonaro, acenando para o povo, quando esteve em Brasília visitando Marcela Temer e o Palácio do Alvorada.

Michelle Bolsonaro ganha festa surpresa de despedida antes de se mudar para Brasília
Michelle Bolsonaro ganha festa surpresa de despedida antes de se mudar para Brasília Foto: Ana Carolina Cotia Marques – Retratos da Vida – Infoglobo
Michelle Bolsonaro ganha festa surpresa de despedida antes de se mudar para Brasília
Michelle Bolsonaro ganha festa surpresa de despe
O advogado Antônio Sérgio de Moraes Pitombo, que representa o presidente eleito, Jair Bolsonaro, já teve acesso ao processo a que Adélio Bispo de Oliveira responde pela tentativa de homicídio do então candidato do PSL, em 6 de setembro deste ano, em Juiz de Fora (MG). Segundo Pitombo, não há nada no processo que afaste sua convicção de que Adélio não agiu sozinho no atentado.

— Desde o início do caso, eu tinha convicção de que ele (Adélio) não havia agido sozinho. Depois de ter acesso aos autos do processo, não há nenhuma prova lá que afaste essa convicção — afirmou ele.

Jair Bolsonaro levou facada durante ato de campanha em Juiz de Fora

Em 31 de outubro, o juiz federal Bruno Savino acolheu o pedido da defesa de Bolsonaro e incluiu o presidente eleito como assistente de acusação no processo. A decisão, de acordo com Pitombo, foi tomada pela equipe jurídica do presidente, para verificar se Adélio autou sozinho para esfaquear Jair Bolsonaro.

Adélio, ao ser transferido para presídio federal
Adélio, ao ser transferido para presídio federal Foto: RICARDO MORAES / Reuters

Exame de sanidade mental

O processo respondido por Adélio está suspenso desde o dia 24 de outubro, quando o juiz Bruno Salvino determinou que o acusado fosse submetido a exames médicos para analisar se tinha capacidade mental de compreender o caráter ilícito do crime cometido por ele, em razão de alguma doença mental, por exemplo. No último dia 3, Adélio foi avaliado no presídio Federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, por dois psiquiatras selecionados pela Justiça Federal de Juiz de Fora. Até a tarde desta quarta-feira, a Justiça Federal ainda não tinha informações sobre a resultado da avaliação.

Adélio foi preso em 6 de setembro deste ano, logo após ter esfaqueado o então candidato à presidência Jair Bolsonaro, que fazia um ato de campanha na cidade de Juiz de Fora. De acordo com o MPF, o acusado cometeu o crime por discordar dos discursos e ideias defendidas pela vítima.

O presidente eleito ficou internado durante três semanas. Inicialmente, o político foi atendido na Santa Casa de Juiz de Fora. Ele foi transferido para o Hospital Albert Einstein, em São Paulo, um dia após ter sido vítima do atentado.