Os senadores de Mato Grosso do Sul Pedro Chaves (PSC) e Simone Tebet (PMDB) classificaram que o Senado agiu certo em votar contra o afastamento do senador Aécio Neves (PSDB/MG). O entendimento de ambos é que o tucano não era réu e não havia denúncia contra ele na Justiça. Os três senadores de MS votaram favoráveis pelo retorno de Aécio ao mandato no mês passado.
Para Simone, o STF teria quer ter recebido logo a denúncia contra Aécio Neves e o transformado em réu. “Não pode ficar nessa situação, sem saber se vai aceitar ou não a denúncia, como foi o caso do Aécio”, disse.
Pedro Chaves destaca que Aécio Neves ainda não era réu. “Se tivessem aberto processo contra era ele, mas não era o caso ainda, tinha apenas o inquérito. Aqui no Senado temos alguns casos estranhos. A Gleicy Hoffman é ré e o STF ainda não mandou o pedido de afastamento dela. O STF não fez nada. Enquanto Aécio não é réu e foi solicitado (o afastamento)”, destacou.
Simone Tebet afirmou que o Senado é maior do que os seus membros e que a tramitação de matérias importante continua no Congresso Nacional. “Com afastamento ou sem afastamento continuamos com a Agenda Brasil. Junto com o combate à Corrupção como prioridade e a segurança pública. Estou com 36 projetos relacionados ao assunto na Comissão de Constituição e Justiça. É momento de votar o orçamento. A bancada está empenhada em destinar o máximo de recursos para Mato Grosso do Sul,” destacou.
Com base nas delações de executivos do grupo J&F, que controla a JBS, Aécio foi denunciado pela Procuradoria Geral da República (PGR) pelos crimes de obstrução de Justiça e organização criminosa.
Segundo a PGR, o tucano pediu e recebeu R$ 2 milhões da JBS como propina. A procuradoria afirma também que Aécio atuou em conjunto com o presidente Michel Temer para impedir o andamento da Lava Jato.
