Suspeito de matar jovem a tesouradas monitorava a vítima de dentro da cadeia

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Roberson Batista da Silva, 32, principal suspeito de matar Mayara Holsback, 18, a tesouradas, confessou durante depoimento na tarde de ontem (6), que monitorava a vítima de dentro da cadeia desde o começo do ano. Autor explicou que tinha ciúmes da vítima porque antes de conhece-lá, ela era garota de programa e decidiu ter um relacionamento sério com a jovem.

De acordo com a delegada responsável pelo caso Ariene Murad, Roberson começou a manter Mayara financeiramente. Mesmo depois de ser preso por outro crime, ele continuava mandando dinheiro para sustentar a vítima. Ainda conforme a delegada, Roberson deu um celular Iphone para Mayara com aplicativos todos cadastrados com o nome dele. Assim, ele conseguia monitorar a vítima em tudo o que ela fazia.

“Até o cartão de crédito que Mayara usava, as mensagens de compra chegava no celular dele”, afirma a delegada.

Mayara já visitou algumas vezes Roberson na cadeia, mas as brigas eram constantes. Ela dizia a ele que estava em um lugar e o celular mostrava outro endereço.

Ainda conforme a delegada, Roberson só descobriu que a vítima estava na casa do irmão no dia do crime, porque momentos antes, ela comprou ração em um mercado próximo a residência onde estava. Ele foi até a residência e cometeu o crime.

DEPOIMENTO

Roberson disse em depoimento à polícia que a briga entre o casal começou após ele flagrar a mulher conversando com outro homem por videoconferência no celular.

O suspeito, que estava foragido desde o dia 15 de setembro, se apresentou à polícia, na tarde de ontem (6), acompanhado de dois advogados.

Em depoimento que durou quase três horas, ele contou que o relacionamento dos dois era marcado por ciúmes e confessou ter assassinado Mayara, mas alegou legítima defesa. Ele disse ainda ter fugido para o Paraguai depois do crime.

Conforme o relato, na madrugada do dia 15 de setembro, Roberson flagrou Mayara falando com um rapaz ao celular por videoconferência. Ele questionou a jovem sobre o teor da conversa e ela respondeu que se tratava de um vendedor para o qual ela devia dinheiro.

Os dois começaram a discutir até que a jovem pegou uma tesoura e tentou acertar o homem.

Na tentativa de se defender, ele deu uma cabeçada no nariz de Mayara, arrancou a tesoura da mão dela e passou na superfície do pescoço da jovem.

VERSÃO DA DELEGADA

A delegada responsável pelo caso Ariene Murad contesta a versão de Roberson. Segundo ela, os golpes de tesoura foram tão profundos, que atingiram a carótida e traqueia da vítima. A jovem teve hemorragia e não resistiu.

Roberson vai ser indiciado por feminicídio qualificado por meio cruel, com recurso que impossibilitou a defesa da vítima, e por motivo torpe. A pena varia de 12 a 30 anos de reclusão.

Ele responde ainda responde por coação no decorrer do processo por ter ameaçado a família da vítima

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