Virgem de Caacupé foi homenageada pela colônia paraguaia de Amambai

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Após a novena, onde todos os dias era rezado um terço na casa de um devoto da Virgem de Caacupé, santa católica que foi homenageada no dia 8 de dezembro, aconteceu ontem (10) um almoço de confraternização.

Devotos, familiares e amigos se reuniram no Clube do Tereré para celebrar a Virgem de Caacupé, santa que ocupa os principais altares paraguaios e também brasileiros, que carregam no peito a tradição dos Hermanos.

O cardápio estava recheado de comidas tipicamente paraguaias como bori-bori, sopa paraguaia, chipa, entre outros.

As músicas? As músicas também eram paraguaias. Os responsável por embalar a festa eram o Carlos Arteman e o Valfrido, de Dourados, além claro, dos pratas da casa, Rogério Martins e Jurandir Ramos.

Segundo o advogado Odil Puques de uma família tradicional de paraguaios, que todos os anos organizam a festa, neste ano, o que era uma confraternização mais familiar se expandiu e reuniu cerca de 200 pessoas.

“Nosso evento cresceu bastante neste ano e o objetivo é continuar aumentando e transformar em um tradicional evento cultural e religioso no município”, ponderou.

História da Virgem de Caacupé

Momento de oração marcou o dia de festividade / Foto: Moreira ProduçõesMomento de oração marcou o dia de festividade / Foto: Moreira Produções

A pequena imagem de madeira que ocupa os principais altares paraguaios, a Virgem de Caacupé, foi esculpida por um índio guarani fugitivo.

Vendo-se encurralado pelos índios que o perseguiam e que iriam matá-Io, ele se esconde atrás de uma grande árvore e promete que se fosse salvo faria com aquele tronco que o protegia uma imagem de Nossa Senhora.

Fora de perigo, pois milagrosamente seus perseguidores passaram ao seu lado sem o terem percebido, o índio guarani esculpiu duas imagens da Virgem, uma grande, que destinou à igreja da aldeia, e outra menor, que fez para sua devoção particular.

Mais tarde houve uma grande inundação no lago de Ypacaraí, arrastando tudo que estava a sua margem. Índios e habitantes do lugar ficavam ali na praia na esperança de recuperar seus pertences ou o corpo de algum familiar.

De repente um índio carpinteiro, chamado José, vê descendo pelas águas barrentas uma pequena maleta de couro. Apressa-se em resgatá-la e descobre em seu interior uma pequena imagem da Virgem de Caacupé envolta em panos.

Todos na aldeia sabiam a origem daquela imagem, e em que circunstâncias ela fora esculpida, mas seu dono nunca mais apareceu.

O que ninguém conseguia explicar era por que aquela imagenzinha, que havia percorrido diversas aldeias sem qualquer proteção, acabava sendo encontrada toda embalada, dentro da maleta de couro.

Depois de ficar por algum tempo na casa do índio José, e de ter testemunhado inúmeros prodígios e graças, a imagem foi levada à aldeia de Tobati, onde lhe construíram uma capela. Para ali acorreram muitos moradores e logo a aldeia cresceu, dando origem à cidade de Caacupé.

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