Votos de Marun e Elizeu pra salvar Temer custaram R$ 3,3 milhões

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Os deputados federais de Mato Grosso do Sul, Elizeu Dionísio (PSDB) e Carlos Marun (PMDB), que compõem a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Federal, tiveram R$ 3,3 milhões em emendas liberadas pelo presidente Michel Temer às vésperas da votação da denúncia contra Temer. Os dois votaram contra o processo de investigação e possível impeachment do presidente.

Carlos Marun faz parte da chamada “tropa de choque” e foi primariamente indicado como suplente da CCJ com o objetivo de ajudar na defesa de Temer na comissão. Quando o Governo viu que estava sem os votos suficientes para barrar o pedido de investigação contra o presidente, Marun, junto com mais 12 deputados suplentes, foram nomeados como titulares da CCJ. Carlos Marun teve R$ 700 mil em emendas liberadas pelo Planalto no mês de julho.

O deputado Elizeu Dionísio é titular da CCJ desde março deste ano e não havia se posicionado sobre a denúncia. O parlamentar teve R$ 2,6 milhões em emendas liberadas pela Presidência da República. Temer chegou a se reunir com Elizeu Dionísio para que votasse contra a denúncia. O presidente também pediu ajuda ao governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), para que convencesse Elizeu a votar favorável ao governo.

Em 5 de julho, Elizeu Dionísio postou foto nas redes sociais de reunião com o ministro da Secretaria de Governo da Presidência, Antonio Imbassahy, sobre a liberação de emendas ao orçamento da União sobre investimentos em infraestrutura e saneamento básico para os municípios sul-mato-grossenses.
Após votar contra o pedido de investigação do presidente Michel Temer pela Procuradoria Geral da República, Elizeu Dionísio publicou em seu perfil no Facebook: “O que faço agora, não podes compreender, todavia compreenderas mais tarde. João 13:7b”.

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