Zeca Camargo aponta racismo contra jornalista de Campo Grande e PM rebate: ‘você odeia polícia’

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O apresentador Zeca Camargo denunciou o que considerou racismo da Polícia Militar de São Paulo contra o jornalista campo-grandense, Guilherme Soares Dias, ocorrido no dia 24 de outubro, na capital paulista. No entanto, a corporação se defendeu dizendo que o ex-global é que tem sentimento ruim contra a polícia.

Tudo começou quando Dias, que mora e promove visitações em locais que são pontos da cultura negra de São Paulo, disse que foi perseguido enquanto guiava um grupo de visitantes. No Instagram, ele se disse alvo de racismo e se sentiu perseguido como na ditadura militar.

‘’um policial nos abordou, dizendo que tinha um ofício por conta da manifestação do movimento negro que iria ocorrer…’’, relataram Dias e Heitor Salatiel, outro profissional da visitação. Mesmo após esclarecer que não era manifestação racial e sim apenas um roteiro turístico, o grupo foi seguido e filmado durante o trajeto, que durou três horas.

Ao saber do fato, Camargo, que também é colunista da Folha de São Paulo, criticou o episódio.

“…atitude preconceituosa contra um agente cultural focado na promoção da cultura negra…o grupo teve a “honra duvidosa” de ter uma ‘escolta’’. “A perseguição gratuita ao grupo de Guilherme Dias,  é outra face desse racismo que assombra o Brasil…’’, trouxe um trecho da coluna do ex-global.

No entanto, no dia seguinte à coluna de Zeca, a PM negou racismo e que Zeca é que externou preconceito e discriminação contra policiais.

“Ao afirmar que a presença policial, tão desejada por muitos, é uma ‘honra duvidosa’, você externa preconceito e discriminação contra quase meio milhão de brasileiros que colocam diariamente a vida em risco para proteger pessoas que sequer conhecem, especialmente negros, pobres e minorias”.

“A Polícia Militar de São Paulo, preocupada com a segurança dos participantes daquele ato, que foi informado como sendo uma manifestação popular, desenvolveu planejamento, empregou recursos e dedicou seu tempo para proteger os participantes. Menos de um mês depois, no dia da consciência negra, os mesmos policiais foram fundamentais para garantir a segurança de um grupo de pessoas, diante de atos de violência praticados por vândalos infiltrados no ato público, os quais depredaram um supermercado. Se não houve pessoas feridas na ocasião, a Polícia Militar teve participação decisiva. Quem estava se manifestando democraticamente recebeu a proteção de dezenas de policiais militares, ou, nas suas palavras, uma ‘honra duvidosa'”, concluiu o comunicado.