MEDALHAS PARA O BRASIL

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A primeira medalha do Brasil nas Olimpíadas de Tóquio 2020 vai ficar na história. Afinal, ela veio na primeira final olímpica do skate, incluído no programa olímpico pela primeira vez na edição de 2021. Na madrugada deste domingo, o paulista Kelvin Hoefler conquistou a prata no street masculino ao somar 36,15 na grande final, ficando atrás apenas do japonês Yuto Horigomi, que somou 37,18. O americano Jagger Eaton completou o pódio com uma nota geral de 35,35.

Kelvin Hoefler exibe a primeira medalha de prata da história do skate olímpico, no pódio de Tóquio 2020 — Foto: REUTERS/Toby Melville

Kelvin Hoefler exibe a primeira medalha de prata da história do skate olímpico, no pódio de Tóquio 2020 — Foto: REUTERS/Toby Melville

Foi uma final digna de Olimpíadas, e uma performance estelar do brasileiro. Kelvin liderou a bateria durante a primeira metade, viu Horigomi passar à frente nas manobras individuais e fechou de forma perfeita, com sua melhor nota, para garantir a prata. Outro brasileiro, Felipe Gustavo, já tinha feito história ao ser o primeiro skatista a competir nos Jogos Olímpicos.

Isso aqui representa o skate brasileiro, a nossa garra e a nossa persistência. Isso aqui não é só meu, não, é o skate do Brasil que merece isso aqui, merece até mais. Isso aqui é o começo de uma geração do Brasil que está por vir, e amanhã tem muito mais – disse Hoefler à TV Globo, após receber a medalha de prata.

O ouro ficou com o melhor skatista do Japão, atual vice-campeão mundial e segundo colocado do ranking, que após um começo decepcionante nas duas voltas, assombrou com quatro manobras quase perfeitas. Natural de Tóquio, Horigomi teve a melhor nota de toda a competição com um 9,50. O garoto americano Jagger Eaton, de 20 anos, ficou na terceira posição também graças a grandes manobras, mas errou as duas últimas tentativas, perdendo a chance de passar Kelvin e Horigomi.

Horigomi consolidou a medalha de ouro com um 9,30 na última manobra. Kelvin Hoefler garantiu o pódio com um giro de 180° e slide com o nose. A nota de 9,34 colocou o brasileiro na segunda posição. Apenas Jagger Eaton poderia tirar a prata dele, mas o americano caiu, garantindo assim a prata para o Brasil.

Daniel Cargnin conquista primeiro bronze do Brasil nas Olimpíadas 2020

Gaúcho de 23 anos se recupera de derrota na semifinal, vence israelense Baruch Shmailov e leva a primeira medalha do judô no Nippon Budokan de Tóquio

A modalidade que trouxe mais medalhas olímpicas ao Brasil na história entregou mais uma no segundo dia das Olimpíadas de Tóquio 2020. A 23ª medalha do judô brasileiro em Jogos Olímpicos veio na manhã deste domingo, com o gaúcho Daniel Cargnin. O judoca de 23 anos da Sogipa venceu o israelense Baruch Shmailov para levar o primeiro bronze do Brasil na competição, na categoria peso-meio-leve (até 66kg).

Daniel Cargnin comemora ao fim de sua luta contra Shmailov, que valeu a medalha de bronze — Foto: Harry How/Getty Images

Daniel Cargnin comemora ao fim de sua luta contra Shmailov, que valeu a medalha de bronze — Foto: Harry How/Getty Images

A luta foi tensa. Cargnin tinha dificuldade para conseguir a pegada, mas buscou o confronto e deu duas entradas sem sucesso. Com um minuto, Shmailov recebeu uma punição por falta de combatividade. Em seguida, o brasileiro obteve um wazari com um belo golpe.

A luta precisou ser interrompida, porque Cargnin sofreu um corte no nariz numa entrada do israelense. Ele recebeu atendimento para deter o sangramento. Quando voltou, Shmailov veio para cima com tudo. O israelense quase completou uma queda, mas Cargnin girou no ar para evitar a pontuação. Nos segundos finais, o brasileiro foi malandro, tomou punição por falta de combatividade, mas preservou a vitória. Ao fim da luta,

chorou com o treinador Yuko Fujii.