Tereza Cristina e Mandetta tomam posse como ministros de Bolsonaro no dia 2

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Os dois sul-mato-grossenses escalados para o primeiro escalão do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), assumirão os cargos em solenidades na Esplanada dos Ministérios na quarta-feira (2), um dia depois de o novo chefe do Executivo federal assumir o cargo. As solenidades foram confirmadas pelas assessorias e acontecem nas respectivas sedes dos ministérios a serem assumidos pelos hoje deputados federais, a exemplo do que ocorrerá com outros futuros colaboradores de Bolsonaro.

Reeleita deputada federal neste ano com mais de 70 mil votos, Tereza Cristina foi confirmada em 7 de novembro como escolha de Bolsonaro para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A parlamentar sul-mato-grossense, que ainda no primeiro turno da disputa presidencial sinalizara apoio ao então candidato do PSL, teve seu nome defendido pela FPA (Frente Parlamentar da Agropecuária) a qual comanda no Congresso.

Ferrenha defensora das causas ligadas ao agronegócio, Tereza chefiará uma pasta reforçada por setores como a Agricultura Familiar e que tem, entre suas metas, a abertura de novos mercados para a produção brasileira, principalmente na Ásia. Ela também sinalizou a necessidade de rediscussão de pontos como a participação no Mercosul e o Acordo de Paris (focado em questões ambientais como a redução das emissões de poluentes nos países signatários) e o maior interesse nos acordos bilaterais.

A melhoria na infraestrutura e da segurança do campo –inclusive jurídica–, bem como a desburocratização, têm sido agendas defendidas pela nova ministra, que também espera avanços na questão tributária com os Estados e espera um trabalho coordenado para melhorar a logística de escoamento.

O pronunciamento de Tereza no atual Mapa, bem como a posse dos secretários-executivos da pasta, foi marcado para as 10h (de MS), no auditório Olacyr de Moraes, na sede do ministério.

Saúde:

Anunciado em 13 de novembro por Bolsonaro para o Ministério da Saúde, Luiz Henrique Mandetta não disputou a reeleição em 2018. Em vez disso, disse que percorreu o país para dar apoio a parlamentares que concorreram no pleito.

Antes, confirmara ter apresentado sugestões para o presidente eleito para seu plano de gestão –incluindo atenção em saúde bucal para gestantes, como forma de prevenir partos prematuros, técnica adotada em Campo Grande quando foi secretário de Saúde do então prefeito Nelsinho Trad (senador eleito pelo PTB).

Crítico da forma com a qual o programa Mais Médicos foi idealizado na gestão federal petista, ele considera o programa –que recentemente foi desfalcado de cerca de oito mil médicos cubanos– um “improviso”, por não prever distrato com os países participantes. Além disso, como Bolsonaro, colocou em dúvida a formação de alguns profissionais, defendendo a revalidação de diplomas.

Mandetta já colocou, em entrevistas, a atenção básica e a Saúde da Família entre as prioridades. Nesta sexta, defendeu um “choque de gestão” em seis hospitais federais no Rio de Janeiro, que devem passar por auditorias a fim de verificar a prestação de serviços. Além disso, propõe ações urgentes em Roraima por conta da crise migratória de venezuelanos, que aumentou casos de doenças como o sarampo.

O novo ministro da Saúde assumirá o cargo às 13h (de MS) no auditório Emílio Ribas, na sede da pasta na Esplanada dos Ministérios.