Vereadores abandonam plenário durante sessão extraordinária

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A situação na Câmara de Vereadores de Dourados continua tensa e marcada por sessões canceladas e protestos por parte da população. Na manhã de hoje (10/12), nove vereadores da base aliada da prefeita da cidade, Délia Razuk (PR), simplesmente abandonaram o plenário durante a sessão extraordinária.

Segundo o Dourados News, a sessão analisaria mudança no regimento interno da Casa, conforme determinação judicial.

Jânio Miguel (PR), Júnior Rodrigues (PR), Bebeto (PR), Cido Medeiros (DEM), Romualdo Ramin (PDT), Carlito do Gás (Patriota), Silas Zanata (PPS), Juarez de Oliveira (MDB) e Maurício Lemes (PSB), saíram, deixando apenas sete parlamentares no local, já que Marçal Filho (PSDB) não compareceu.

Com isso, não foi possível analisar o precedente porque é necessário maioria absoluta na Casa, ou seja, dez vereadores.

A sessão ocorre por determinação do juiz de direito Zaloar Murat Martins, após pedido feito pela defesa dos vereadores que deixaram o plenário.

Nela, seria votado precedente para se alterar nomes registrados para as eleições da Mesa Diretora a qualquer momento. Atualmente, as chapas devem ser definidas 48h antes do pleito.

Não há ainda previsão de quando a eleição para a presidência da Casa deve ocorrer, ainda de acordo com o site.

Já foram três convocações, duas delas suspensas por ausência de quórum e a outra, ontem (9/12), por determinação judicial.

Empresas envolvidas 

Também na manhã de hoje (10/12), a atual presidente da Casa de Leis, Daniela Hall (PSD), durante entrevista coletiva, informou que os contratos com as empresas participantes do esquema de corrupção, serão cancelados, porém isso deverá ser feito com cautela.

As empresas envolvidas, de acordo com o Dourados News, são KMD Assessoria Contábil e Planejamento aos Municípios Eireli – ME, Quality Sistemas Ltda  e Jaison Coutinho – ME.
Essas empresas são acusadas pelo Ministério Público Estadual, na Operação Cifra Negra, de pagar propina a vereadores a fim de que fossem beneficiadas em processos de licitação. Os contratos fraudados teriam sido firmados desde a gestão anterior do legislativo.

“Não podemos de uma hora para outra interromper o serviço. Com ele emitimos as informações aos órgãos fiscalizadores como o TCE [Tribunal de Contas do Estado]”, afirmou a presidente, Daniela Hall.