Toda vez que a Mega-Sena acumula, como aconteceu para o sorteio desta quarta-feira (31), com prêmio que pode chegar a R$ 42 milhões, um sonho recorrente vem à tona: viver de renda. Seja com o dinheiro economizado ao longo da vida, seja com uma bolada recebida na loteria, a realização desse sonho depende de organização e disciplina.
Dois tipos de investimento – A renda perpétua é aquela que permite que o investidor viva apenas do rendimento dos investimentos, preservando o seu patrimônio ao longo do tempo. Já a renda vitalícia é aquela em que o patrimônio vai sendo desinvestido ao longo do tempo para gerar renda também, explica Rongel
Como funciona – Investimento em imóvel, por exemplo. No caso da renda perpétua, o investidor compra o imóvel para alugar e recebe apenas o valor mensal da locação. Já no caso da renda vitalícia, o investidor vende o imóvel e usa o valor obtido como fonte de renda.
Como calcular – O investidor deve calcular o valor e a frequência com que precisará dos rendimentos. “É preciso que a pessoa saiba quanto gasta e quanto pretende gastar para viver de renda. Só a partir disso, começamos a estimar quanto será preciso investir e qual rentabilidade buscar”.
Prazos e aplicações – O próximo passo é entender quais são os investimentos disponíveis e o prazo em que eles remuneram o investidor. Segundo o especialista do C6 Bank, os CDBs IPCA+ são uma boa opção para os mais conservadores. Eles garantem rentabilidade acima da inflação, e é possível encontrá-los com vários prazos.
Outra opção – Dentro da renda fixa, os títulos públicos com cupons semestrais são uma opção. A diferença é que eles, em vez de pagar a rentabilidade ao final do período acordado, pagam juros semestralmente. Com isso, o investidor pode comprar títulos com vários prazos e ainda garantir uma renda semestral. “Se o valor obtido semestralmente for suficiente para bancar os gastos do período, essa será uma opção de investimentos com risco baixíssimo para o investidor, já que o emissor é o próprio governo”.
Bolsa de Valores – Já investidores mais arrojados podem partir para o mundo da renda variável, ou seja, aplicações em ações. Na Bolsa, é possível montar carteiras de dividendos, ou seja, ações que distribuem parte do lucro das empresas aos investidores.
undos imobiliários – Outra opção mais próxima de quem compra imóveis para alugar são os fundos imobiliários. Ao comprar um ativo como esse, o investidor se torna dono de uma fraçãozinha de um shopping, prédio comercial ou galpão logístico e ganha tanto com a valorização dos imóveis quanto com o aluguel pago por eles. “Os riscos são quase os mesmos de comprar um imóvel físico diretamente. A diferença é que, comprando uma cota de fundo imobiliário, com o mesmo valor que você pagaria por um imóvel você estará bem mais diversificado e terá profissionais cuidando da gestão deles”.
Previdência – Também é possível investir em fundos de previdência privada que, inclusive, oferecem vantagens sucessórias, e há opções disponíveis tanto para quem quer ter uma renda perpétua quanto para quem quer ter uma renda vitalícia.