segunda-feira, março 18, 2024

Mulher de Ponta Porã de 86 anos carregava há meio século feto calcificado no útero

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Um caso inusitado e raríssimo em todo o mundo.

Uma mulher de 86 anos foi internada no Hospital Regional de Ponta Porã devido a uma massa abdominal, inicialmente suspeitando-se de câncer.

O último parto dela ocorreu há 56 anos, e para surpresa de todos os profissionais médicos envolvidos, foi descoberto um feto papiráceo durante os exames.

 

O feto calcificado, presente no corpo da paciente por mais de 56 anos, é um caso extremamente raro na medicina.

O médico responsável pelo caso planeja elaborar um artigo científico detalhando essa descoberta única, que já recebeu autorização da família da paciente.

A presença desse feto calcificado por tantos anos no organismo da mulher é um fenômeno incomum e intrigante, que certamente contribuirá para o avanço do conhecimento médico.

 

A investigação desse caso singular poderá fornecer insights valiosos sobre a fisiopatologia e as possíveis complicações associadas a situações semelhantes.

O médico que atendeu o caso está preparando um artigo científico e deverá estar publicando em várias revistas científica pelo mundo.

Mãe e filho que morreram em acidente na fronteira são de Ponta Porã

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Foram identificados como Evelyn Rosany Medina, de 21 anos, e o filho Arthur Giuliano Medina, de 7 meses, as duas vítimas fatais de um grave acidente que aconteceu na rodovia PY-05, em Pedro Juan Caballero, cidade fronteiriça com Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul na noite deste domingo (17). Inclusive, mãe e o filho são naturais da cidade brasileira.

No carro ainda estava o marido e pai das vítimas, Júlio Cesar Fernandes, de 34 anos, socorrido para o Hospital Regional de Pedro Juan Caballero em estado grave. Ele estava na direção da Fiat Strada em que a família ocupava.

Socorristas do Corpo de Bombeiros precisaram utilizar desencarceradores para retirar as vítimas que ficaram presas às ferragens.

O tráfego na rodovia foi interrompido durante o resgate.

Várias viaturas e ambulâncias foram acionadas para ajudar no resgate. As causas do acidente e o nome das vítimas ainda são apuradas.

Caramelo encontra jararaca no quintal e avisa moradores em Bataguassu

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Uma cobra jararaca foi encontrada no quintal de uma casa, na manhã deste domingo (17), na Rua José Carlos dos Santos, no Bairro Modelo II, em Bataguassu.

A serpente foi avistada pelo cachorro caramelo da família que latiu até notarem a presença do bicho.

Conforme o Cenário MS, a cobra estava dentro de um buraco e não chegou atacar o animal.

Equipe de resgate do Corpo de Bombeiros foi acionada e conseguiu capturar a jararaca sem causar dano ao animal ou às pessoas no local.

Após o resgate, a cobra foi solta em uma área de mata na zona rural do município, assegurando que seu retorno ao habitat natural ocorresse de forma segura.

Direção do Hospital Regional de Amambai suspende visitas à pacientes internados

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A Sociedade Amigos de Amambai (SAA), mantenedora do Hospital Regional de Amambai, informa a população que as visitas aos pacientes internados na unidade estão suspensas.

A ação acontece devido aos altos índices de casos confirmados de COVID-19, o excesso de internações e uma grande quantidade de cirurgias sendo realizadas.

A Direção do Hospital Regional de Amambai agradece a compreensão de todos e afirma que tão logo seja possível medidas mais atenuadas serão tomadas.

Veja os direitos do consumidor em caso de voo cancelado ou adiado

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Rio de Janeiro - Aeroporto do Galeão apresenta fluxo intenso de passageiros no primeiro dia de transferências de voos do Santos Dumont. (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)

Após o aeroporto de Congonhas fechar devido a uma queda de energia na tarde da última sexta-feira (15), voos que tinham o terminal da capital paulista na rota tiveram de ser cancelados, adiados ou redirecionados para outros destinos.

Segundo as regras da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), em caso de atraso de voo, o passageiro deve ser informado imediatamente pela companhia aérea, que fica obrigada também a indicar o novo horário de partida previsto a cada 30 minutos.

Se o voo for cancelado ou atrasar por mais de quatro horas, o cliente poderá escolher entre o reembolso, a reacomodação em outra aeronave ou a execução do serviço por outra modalidade de transporte –as opções devem ser disponibilizadas pela empresa aérea.

Segundo Maria Inês Dolci, advogada especializada na área da defesa do consumidor e colunista da Folha de S.Paulo, em casos de interrupção na operação do aeroporto, como aconteceu em Congonhas, a companhia aérea e a concessionária do terminal se tornam responsáveis pela situação.

“Tem consumidor que estava indo para algum evento importante naquele dia, tinha horário. Certamente, ele precisa saber o que vai fazer. A companhia aérea tem que oferecer a alternativa”, afirma.

Igor Marchetti, advogado do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), orienta o usuário a procurar uma solução com a companhia aérea já no aeroporto para ter mais agilidade. Quando não for possível, ele indica que o processo seja feito online, por email, e que o cliente procure a Anac, caso a empresa não coopere.

Procurada pela reportagem, a Gol afirmou que teve de redirecionar seis voos que tinham Congonhas como destino para outros aeroportos. Outros seis foram cancelados. De acordo com a empresa, os clientes foram realocados em outros voos.

Já a Azul afirmou que o fechamento temporário do terminal em São Paulo provocou o cancelamento de cinco voos da companhia que ligavam Congonhas a aeroportos em Brasília (DF), no Rio de Janeiro (RJ) e em Curitiba (PR). Além disso, dois voos que vinham de Belo Horizonte e Curitiba foram alternados para Viracopos.

A Latam não disse quais voos foram cancelados ou redirecionados. A companhia orienta os clientes a verificarem a situação dos trajetos na página Minhas Viagens, no site da empresa, e também disse que estava realocando passageiros em outros voos.

Segundo a Aena, concessionária que administra Congonhas, as operações de pouso e decolagem no terminal foram retomadas às 15h51 da sexta, mais de uma hora após a paralisação. A companhia disse que houve uma falha no abastecimento externo de energia.

Até às 18h da última sexta-feira, a concessionária dizia ter havido 25 decolagens e 14 pousos cancelados e 13 voos alternados para outros aeroportos por causa da falta de energia no terminal.

QUAIS SÃO AS REGRAS PARA VOOS ATRASADOS?

A companhia deve avisar ao cliente que o voo irá atrasar e indicar uma nova previsão para a partida.
Se a viagem atrasar…

  • por mais de uma hora, a companhia aérea deve oferecer ao passageiro facilidade de comunicação, como ligação telefônica e acesso à internet
  • por mais de duas horas, a companhia aérea deverá prover alimentação, de acordo com o horário, por meio do fornecimento de refeição ou de voucher individual
  • por mais de quatro horas, a empresa fica obrigada a oferecer hospedagem, em caso de pernoite, e traslado de ida e volta. No entanto, se o passageiro morar na localidade do aeroporto, a companhia não precisará custear a estadia, mas terá de garantir o transporte.

QUAIS SÃO OS DIREITOS PARA QUEM TEVE O VOO CANCELADO?

Toda vez que o cliente solicitar, a companhia terá de explicar o motivo do cancelamento do voo. Além disso, a empresa fica responsável por oferecer reacomodação em outro voo, reembolso do valor e a execução do serviço por outro meio de transporte. Também terá de fornecer assistência material ao passageiro.

COMO DEVE SER FEITA A REACOMODAÇÃO DO PASSAGEIRO?

Nos casos em que o cliente precisa ser realocado em outro avião, a Anac diz que a reacomodação deve ser gratuita em um voo de mesmo destino feito pela própria companhia contratada ou outra empresa. A reacomodação também pode ser feita em data e horário de conveniência do passageiro, desde que seja em um avião da mesma companhia.

O QUE FAZER SE O VOO FOR REDIRECIONADO A OUTRO AEROPORTO?

Segundo o advogado do Idec Igor Marchetti, a Anac não especifica o caso na resolução que trata das condições gerais do transporte aéreo. Para essa situação, ele diz que a companhia deve fazer o que for menos prejudicial para o passageiro.

“Neste caso, o acesso à informação não pode ser negado ao passageiro. Ele tem que ser colocado a par. Essa situação que ocorreu em Congonhas não é comum, mas o consumidor não pode ser prejudicado de forma alguma”, diz.

QUAL É O PRAZO PARA REEMBOLSO?

A Anac indica um prazo de sete dias a parti da data da solicitação para a obter o reembolso.

COMO RECLAMAR?

Para registrar queixa de algum serviço fornecido por companhia aérea, procure os contatos disponíveis no site da própria empresa e anote o número do protocolo sempre que possível.

Também é possível registra reclamações na página consumidor.gov.br, que é monitorada pela Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor).

Na menor cheia da história, nível do Rio Paraguai recua em pleno mês de março

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Embora ainda seja prematuro para concluir que o período de vazante do Rio Paraguai tenha começado em pleno mês de março, três meses antes do que acontece historicamente, o fato é que o nível na régua de Ladário chegou e 90 centímetros no dia 7 de março e faz doze dias que parou de subir, conforme mostram os dados divulgados diariamente pela Marinha. Nesta segunda-feira (18), está em 88 centímetros, dois a menos que na semana passada.

A não ser que ocorram chuvas atípicas daqui em diante, esta tende a ser a menor cheia em 124 anos. Segundo o professor e estudioso do comportamento do nível do Rio Paraguai, Carlos Padovani, da Embrapa Pantanal, a menor cheia desde 1900, quando começaram as medições, ocorreu em 1971, ano em que máxima foi de apenas 1,11 metro, o que significa 21 centímetros acima do pico que ocorreu até agora em 2024.

Antes disso, em 1964, o pico havia ficado em apenas 1,33 metro. E foi neste ano em que também foi registrado o nível mais baixo até hoje, que foi de 61 centímetros abaixo de zero na régua de Ladário. Depois disso, o menor nível ocorreu em 2021, com 60 centímetros abaixo do zero.

Em 18 de março de 1971, ano em que foi registrada a menor cheia, o nível estava em 89 centímetros, segundo o professor Carlos Padovani. Ou seja, estava um centímetro acima dos 88 centímetros registrados nesta segunda-feira (18).

E, no dia 18 de março de 2021, ano da segunda pior seca da história, a régua em Ladário marcava 1,82 metro, quase um metro acima daquilo que está atualmente nesta segunda-feira. O normal histórico para essa época do ano seria de 2,52 metros, conforme o Serviço Geológico do Brasil, do Ministério das Minas e Energia.  Naquele ano, a máxima chegou a 1,88 metro e o período de vazante começou em 12 de abril.

No final de fevereiro o Ministério divulgou um boletim extraordinário informando que o nível máximo do rio em 2024 chegaria e 1,5 metro, no final de maio. Porém, a escassez de chuvas parece ser bem mais grave e por conta disso o nível do rio está em declínio em pleno mês de março, dois meses e meio antes do previsto pelo Ministério de Minas e Energia.

Historicamente o rio começa a baixar somente a partir de meados de junho. Mas, conforme boletim do Ministério divulgado no último dia 14, “todos os rios estão com níveis inferiores ao esperado para esta época do ano. O Alto Rio Paraguai apresenta os níveis mais baixos registrados no histórico para este período do ano”. Em Cáceres, um dos principais pontos de referência, o nível está o mais baixo da história há 40 dias.

Para o professor Carlos Padovani, a provável seca histórica do Rio Paraguai faz parte de um ciclo de estiagem que começou ainda em 2019. “Estamos atravessando fenômeno parecido ao da década de 60 do século passado, quando foram 11 anos de pouca água. Esses ciclos fazem parte do comportamento da natureza. O diferente é que agora estamos enfrentando calor sem precedente e os eventos extremos estão cada vez mais comuns”, explica o estudioso.

Consequências

E esta escassez de água, que é reflexo do fenômeno El Niño, é muito mais do que uma mera estatística. Segundo Rogério Iehle, que administra um hotel e um pesqueiro no Passo do Lontra, às margens do Rio Miranda, o movimento de turistas cai em pelo menos 30% em anos sem cheia no Pantanal.

Além disso, lembra ele, a falta de chuvas e a inexistência de alagamentos aumenta o risco de queimadas, que em 2020 e em 2021 destruíram milhões de hectares de vegetação no bioma pantaneiros. Os alagamentos ao longo do Rio Paraguai só ocorrem depois que ele ultrapassa os 4 metros na régua de Ladário.

Sem água, o Rio Paraguai também deixa de ser via de escoamento de minérios e de soja. No ano passado, quando o pico do rio em Ladário chegou a 4,24 metros, foram escoadas 1,62 milhões de toneladas de soja e 6,05 milhões de toneladas de minério. O volume foi 73% superior ao ano anterior.

Para 2024 havia perspectiva de superar estes números, mas por falta de água as barcaças com minério estão descendo o rio com apenas 70% da capacidade. E, se o nível realmente continuar descendo, nas próximas semanas os embarques terão de ser suspensos, fazendo com que todo o minério seja escolado por rodovia.

Morre a nadadora Joana Neves, multimedalhista paralímpica, aos 37 anos

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O esporte brasileiro está de luto. Morreu na madrugada desta segunda-feira (18), em São Paulo, a multimedalhista Joana Neves, de 37 anos, eleita em 2020 a melhor nadadora paralímpica do país no Troféu Best Swimming. Nascida em Natal )RN), a atleta, mais conhecida como Joaninha e Peixinha, não resistiu a uma parada cardiorrespiratória, de acordo com nota oficial publicada pelo clube que defendia, a Sociedade Amigos do Deficiente Físico (Sadef).

Segundo a Sadef, Joana Neves estava na capital paulista para realizar exames, pois apresentara episódios de convulsão recentemente. No domingo (17), a atleta foi levada ao hospital, após se sentir mal no Centro de Treinamento Paralímpico (CTP), mas não resistiu a uma parada cardiorrespiratória.

O Ministério do Esporte lamenta profundamente o falecimento da nadadora paralímpica Joana Maria Jaciara da Silva Neves Euzébio. Neste momento de tristeza, desejamos conforto aos amigos, familiares e fãs. Nota de pesar: https://t.co/IG3LGK1WKi

Ao longo da carreira, Joaninha colecionou pódios, se tornando uma das referências da modalidade. Foi campeã mundial nos 50 metros livres e também no revezamento misto 4x50m, além de levar o bronze em Glasgow (2015). No último Mundial, na Ilha da Madeira (Portugal), há dois anos, Joaninha subiu ao pódio quatro vezes: faturou ouro no revezamento 4x50m livre misto, prata nos 50m livre classe S5 (limitação físico-motora) e levou ainda dois bronzes (50m borboleta e nos 100m livre).

Em Paralimpíadas, Joaninha amealhou duas pratas e três bronzes Londres 2012, Rio 2016 e Tóquio 2020., em Parapan-Americanos brilhou com quatro ouros na edição de Gualalajara (2011), outros cinco ouros em Toronto (2015),  e mais quatro em Lima (2019).

NOTA DE PESAR – Falecimento de Joana Neves, medalhista paralímpica na natação.https://t.co/NngkgcnVar pic.twitter.com/wISA2iVXbJ

Em nota, o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) expressou “extremo pesar’ pela morte precoce da atleta.

“Estamos consternados com a partida da Joana Neves, nossa Joaninha. Tanto carisma fora das piscinas, tanta garra quando caía na água para representar nosso país, seu estado, o Rio Grande do Norte, seus amigos e sua familia. Quanta gente se orgulhava com as conquistas da Joaninha. E quanta alegria ela nos deu. Ela era uma tremenda atleta. Que Deus, em sua infinita bondade, conforte a coração dos familiares e amigos’, disse Mizael Conrado, presidente da entidade.

Diagnosticada com baixa estatura nos primeiros anos de vida, Joana Neves começou a nadar aos 10 anos. Aos 13 começou a competir e logo no ano seguinte já disputava sua primeira prova internacional.  As redes sociais da nadadora também pulicaram um comunicado oficial da sua morte.

Uma publicação compartilhada por joana peixinha (@peixinhajoana)

TRAGEDIA

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Encontrado na manhã deste domingo (17/3), no Rio Dourados, o corpo do douradense Ricardo Barbosa Macedo, de 45 anos, que despareceu durante pescaria com amigos e familiares na região do Porto Vilma, no município de Deodápolis. O local do ocorrido é uma junção do mencionado rio com o Rio Brilhante.

O tio de Ricardo entrou em contato com a reportagem e relatou que na última quinta-feira (14/3), um grupo de amigos foi para o local e no sábado (16/3), o douradense com mais algumas pessoas foram para o local. À noite, ele subiu em uma pedra, escorregou e acabou caindo no rio, sendo levado pela correnteza.

Uma equipe do Corpo de Bombeiros foi acionada e o douradense encontrado esta manhã. A PC (Polícia Civil) de Deodápolis esteve no local, assim como a Perícia Técnica de Dourados.

Leia mais em: https://www.fatimanews.com.br/saude/tragedia-durante-pescaria-com-amigos-homem-caiu-no-rio-e-morreu/225179/

Riedel visita o Paraguai para participar de evento que discute infraestrutura e rotas internacionais

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Nesta segunda-feira (18), o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, participa do Spotlight América Latina, evento realizado pelo Financial Times, em colaboração com Millicom/Tigo, em Assunção, capital do Paraguai.

O encontro tem como objetivo discutir infraestruturas da região para melhorar a colaboração regional, impulsionar a inovação económica e capacitar transições centradas nas pessoas, posicionando a América Latina como um agente global integrado, eficiente e competitivo.

Um dos focos é a abertura de novas rotas comerciais regionais e internacionais, tema bastante discutido entre Brasil e Paraguai nos últimos anos, com o desenvolvimento e construção da Rota Bioceânica, que ligará Porto Murtinho, em Mato Grosso do Sul, a Carmelo Peralta, no Paraguai, encurtando o caminho dos produtos ao Oceano Pacífico.

A ministra do Planejamento e Orçamento do Brasil, Simone Tebet, e o presidente do Paraguai, Santiago Peña, serão alguns dos palestrantes.

Visita às obras da ponte sobre o Rio Paraguai

Nesta terça-feira (19), após a agenda no país vizinho, o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel percorrerá 644,4 quilômetros para visitar a obra da ponte da Rota Bioceânica, em Porto Murtinho.

Também devem estar presentes na visita a ministra Simone Tebet, o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e o ministro dos Transportes, Renan Filho.

As obras do lado brasileiro da ponte foram retomadas recentemente, após quase 80 dias paralisada. Ela foi interrompida pela Receita Federal, que embargou a entrada de materiais de construção vindos do Paraguai por falta de documentação que comprovasse o recolhimento dos tributos de importação.

No fim de fevereiro, a questão foi resolvida, após o delegado da Alfândega da Receita Federal em Ponta Porã, Daniel Cesar Saldivar, assinar um ato declaratório executivo autorizando a entrada e saída de insumos e materiais destinados à construção da ponte sobre o Rio Paraguai.

A ponte

Construída pela Itaipu Paraguai com investimento de U$$ 85 milhões, essa ponte terá 1.294 metros, com sua entrega prevista inicialmente só para o primeiro semestre de 2025.

Binacional, a obra foi licitada e contratada pelo Paraguai, com o Consórcio Pybra, que esclareceu que os vergalhões e itens apontados pela Receita foram comprados no Paraguai.

Com isso, foi pedido à AssembleiaLegislativa o acréscimo de um “Termo de Reciprocidade”, justamente para descomplicar essas questões aduaneiras.

Por parte da Pybra, há esperança de uma cooperação “rápida e efetiva”. Do lado brasileiro, estima-se que as obras tenham sido paralisadas com cerca de 40% dos trabalhos concluídos, estando um pouco mais avançada no País vizinho (beirando 60%), uma vez que o Paraguai iniciou pouco antes suas etapas da construção.

Importante ressaltar que, a ideia da Ponte Bioceânica é consolidar uma ligação rápida de produtos brasileiros com o mercado asiático. Ainda, as rotas devem melhor integrar também o País ao Paraguai, Chile e Argentina.

Nos 60 anos do golpe, novo Lula prefere silêncio sobre 1964

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Presidente Luiz Inácio Lula da Silva conta os dias para o 31 de março passar. Na data deveriam ser lembrados os 60 anos do golpe militar, mas o petista busca reconciliação com os quartéis. Como o tema ainda é melindroso para a tropa, Lula achou que seria uma boa ideia trocar o não dito de um lado pelo não dito do outro.

Ficou combinado que as Forças Armadas, ao menos oficialmente, nada falarão, e o governo idem. O contexto inclui as investigações sobre o papel das Forças Armadas na suposta tentativa de golpe, abertas pelo Supremo Tribunal Federal após o 8 de Janeiro.

O 31 de março marca o início da ditadura que fechou o Congresso, cassou e caçou opositores e promoveu a tortura. Também foi o regime que pôs o próprio Lula, então um sindicalista, na prisão

Mas o hoje presidente parece preferir o silêncio. Quando disputou a Presidência pela primeira vez, o petista oscilava entre mordidas e acenos às Forças Armadas.S

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Nos idos de 1989, a ditadura já tinha terminado e o presidente era José Sarney. Ainda assim, o serviço de inteligência militar considerou importante produzir um “glossário” para ajudar a caserna a entender quem era Lula.

No documento de 77 páginas da Secretaria de Inteligência da Aeronáutica, há um Lula de A a Z, com destaque para o que o petista falava deles, os militares.

Mas também sobre outras coisas: de Palestina a Nicarágua; de capitalismo a privatização de bancos; de drogas a homossexualidade.

“Comportamento peculiar”

Os autores do relatório explicaram que, com o crescimento da popularidade de Lula e sendo ele um dos favoritos na disputa presidencial, “torna-se conveniente para os militares, genericamente, o conhecimento do ideário do líder maior do PT, acerca das Instituições castrenses, sua aplicação, destinação constitucional, organização, etc”.

E acrescentaram: “Julgamos de igual modo oportuno, neste trabalho, traçar uma abordagem mais ampla sobre o pensamento de Lula em outros campos (político, econômico e social), com o único objetivo de complementar o perfil desse político que, em uma década, ascendeu do anonimato à disputa”.

A origem do petista é assim resumida no texto:

“O Partido dos Trabalhados, na verdade, uma ‘frente’ de tendências políticas – onde convivem, nem sempre harmonicamente, trotskystas, comunistas, socialistas, ativistas vinculados ao dito ‘clero progressista’, ‘terroristas’ (…) – foi o berço que abrigou e que, em uma década, lapidou o comportamento político de Lula.

O líder sindical, carismático, adquiriu, no PT, personalidade política e, liderando um aguerrido e ruidoso partido, alçou voos mais ousados, passando a influenciar, por seu comportamento peculiar e opiniões sem circunlóquios, considerável parcela da sociedade”.

O relatório traz coletânea de frases do petista. O documento é registro do seu tempo. Tanto pela forma inusitada – um relatório de inteligência militar sobre candidato presidencial – como pelo conteúdo, com frases e declarações que vinham do contexto pós-ditadura.

As declarações carregam visões de mundo do petista, naquela época. O documento lista pérolas do então sindicalista sobre os militares. Em palestra nos Estados Unidos em 1989, o então candidato do PT previu que, com a formação na caserna, o primeiro general “democratizado” iria receber sua patente somente em 2026.

Em 2003, primeiro mandato de Lula, o Exército fez publicar o livro 1964 – 31 de Março: o movimento revolucionário e sua história. Ele reproduz uma série de entrevistas de oficiais-generais revisitando a dita revolução redentora.

Na introdução, o livro reclama da imprensa, diz que há um movimento revanchista que falseia o passado e ironiza a indenização de perseguidos políticos.