sábado, maio 18, 2024

Maio terá bandeira amarela na tarifa de energia elétrica

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A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou ontem (26/4), que a bandeira tarifária para maio será amarela, com custo adicional de R$ 1 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumido. De acordo com a agência, embora a previsão hidrológica para o mês indique tendência de vazões próximas à média histórica, “o patamar da produção hidrelétrica já reflete a diminuição das chuvas, o que eleva o risco hidrológico e motiva o acionamento da bandeira amarela”.

“Diante da perspectiva de que as afluências aos principais reservatórios fiquem perto da média, o preço esperado para a energia (PLD) deve permanecer próximo ao registrado nos últimos meses”, informou a Aneel.

Sistema

O sistema de bandeiras tarifárias foi criado, de acordo com a Aneel, para sinalizar aos consumidores os custos reais da geração de energia elétrica. A adoção de cada bandeira, nas cores verde (sem cobrança extra), amarela e vermelha (patamar 1 e 2) está relacionada aos custos da geração de energia elétrica.

Na amarela há o acréscimo de R$ 1 a cada 100 kWh consumido. Na vermelha, no patamar 1, o adicional nas contas de luz é de R$ 3 a cada 100 kWh; no 2, o valor extra sobe para R$ 5.

Dicas de economia

Para evitar aumento significativo nas contas, a Aneel dá dicas para que os consumidores economizem energia. Entre elas a de, no caso do uso de chuveiros elétricos, tomar banhos mais curtos. A agência sugere também a diminuição no uso do ar-condicionado e que, quando o aparelho for usado, que se evite deixar portas e janelas abertas, além de manter o filtro limpo.

A Aneel indica, ainda, que o consumidor tenha atenção para deixar a porta da geladeira aberta apenas o tempo que for necessário e que nunca se coloque alimentos quentes em seu interior. Uma outra dica da Aneel para que o consumidor economize energia é a de juntar roupas para serem passadas de uma só vez e que não se deixe o ferro de passar ligado por muito tempo.

Servidores da Agraer são afastados a pedido da PF por fraude em Reforma Agrária

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Dois servidores da Agraer-MS (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural de Mato Grosso do Sul) estão afastados desde outubro a pedido da Polícia Federal por supostas fraudes na Reforma Agrária e superfaturamento de contratos. A determinação foi imposta pela 3ª Vara da Justiça Federal de Campo Grande.

Ambos foram afastados para não atrapalharem as investigações dentro do órgão, mas ainda assim continuam a receber seus salários, segundo o Portal da Transparência do governo do Estado. Uma delas recebe R$ 7.224,24 de salário e o outro, R$ 6.910,15.

Segundo investigações da Polícia Federal, uma das servidoras, que era responsável pela liberação do pagamento aos fornecedores, teria antecipado a uma empresa registrada como de consultoria e desenvolvimento agrário, em sede em Campo Grande. A fachada é a de uma residência no Bairro Taveirópolis.

O valor a ser liberado era de R$ 530 mil em cinco anos, mas foi liberado por ela R$ 55 mil em duas parcelas no mesmo ano de contratação. Ela e outro servidor estariam também aprovando pessoas inaptas para participarem do Programa Nacional de Reforma Agrária, de modo que os favorecidos recebessem mesmo sem preencher os requisitos para obter o benefício.

O caso veio a público após um dos denunciados pedir e a Justiça Federal de MS negar o retorno dela ao cargo na Agraer. A servidora também alega estar sem receber os seus proventos, apesar de constarem no Portal da Transparência os repasses.

A reportagem entrou em contato com o governo do Estado para questionar se ambos estão recebendo os pagamentos e se há processo administrativo contra os servidores, mas não obteve resposta até a publicação.

Kim Jong-un e Vladimir Putin selam aproximação

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O ditador norte-coreano, Kim Jong-un, e o presidente russo, Vladimir Putin, encontraram-se pela primeira vez nessa quinta-feira (25) e afirmaram que tiveram conversas produtivas sobre a desnuclearização na Península Coreana. A cúpula em Vladivostok, no extremo oriente da Rússia, sinaliza uma reaproximação de Pyongyang e Moscou, em meio a estagnação das negociações entre Coreia do Norte e EUA.

O encontro inédito ocorreu numa universidade na Ilha Russky, ao sul de Vladivostok. Os dois líderes apertaram as mãos e compartilharam sorrisos antes de se dirigirem a uma conversa bilateral que durou quase duas horas – mais do que o esperado. Posteriormente, uma segunda rodada de conversações incluiu membros das duas delegações.

“Nós discutimos a situação na Península Coreana e trocamos opiniões sobre o que deveria ser feito para melhorar a situação e como fazê-lo”, disse Putin. O presidente russo afirmou que a conversa foi “bastante detalhada”, mas nenhum dos dois líderes se aprofundou sobre o conteúdo discutido.

“Acabamos de ter uma troca de opiniões muito significativa sobre questões de interesse mútuo”, disse Kim. “A razão pela qual visitamos a Rússia é encontrar e compartilhar opiniões com o presidente Putin, e também compartilhar pontos de vista sobre a Península Coreana, que atraiu a atenção urgente do mundo, além de realizar discussões profundas sobre maneiras estratégicas de buscar estabilidade na situação política regional.”

Antes do pontapé inicial da cúpula, Putin expressou confiança de que a visita de Kim ajudaria “a entender melhor o que deveria ser feito para resolver a situação na Península Coreana e o que a Rússia pode fazer para apoiar os processos positivos” em andamento.

“Saudamos seus esforços para desenvolver um diálogo intercoreano e normalizar as relações da Coreia do Norte com os Estados Unidos”, disse Putin a Kim.

O ditador norte-coreano pediu a Putin que trabalhem em conjunto para explorar formas de resolver o problema da desnuclearização da Península Coreana. “A situação na Península Coreana é de grande interesse para toda a comunidade internacional. Espero que nossas conversas sejam um evento importante para avaliarmos essa situação em conjunto, trocarmos pontos de vista sobre a situação e como resolver esse problema juntos”, disse Kim.

Nas breves declarações antes do encontro, os dois líderes destacaram que estavam buscando fortalecer os laços que datam do apoio da extinta União Soviética ao fundador da Coreia do Norte, Kim Il-sung, o avô do atual líder norte-coreano. Kim disse que espera transformar a relação moderna com Moscou em uma “mais estável e sólida”, enquanto Putin afirmou que a visita dará um impulso aos laços diplomáticos e econômicos.

Kim expressou seu desejo de que a cúpula seja “útil para fortalecer e desenvolver relações tradicionalmente amistosas” e que “elas tenham raízes profundas”. “Bilateralmente, temos muito a fazer para desenvolver laços comerciais e econômicos, desenvolver contatos humanitários”, disse.

Entre as questões discutidas está o destino de cerca de 10 mil trabalhadores norte-coreanos que estão na Rússia e que devem sair do país até o final do ano devido às sanções internacionais. Mão de obra é uma das principais exportações e fontes de dinheiro da Coreia do Norte. Pyongyang tem repetidamente pedido à Rússia para continuar a empregar seus trabalhadores após o prazo final.

Pyongyang, que reportou à Organização das Nações Unidas que enfrenta crises alimentares, também pediu que Moscou continue ou aumente sua ajuda. A Rússia forneceu cerca de 25 milhões de dólares em ajuda alimentar à Coreia do Norte nos últimos anos, segundo o Kremlin. Em março, a agência estatal russa TASS relatou uma entrega de 2 mil toneladas de trigo.

Com informações da Deutsche Welle (agência pública da Alemanha)*

Aluno promete ‘sangrar’ supervisor de escola estadual e entrega faca com tom de ameaça

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Um adolescente de 17 anos, aluno de uma escola estadual do Bairro Itanhangá Parque em Campo Grande disse que iria “sangrar” o supervisor da escola de 37 anos. Na noite desta quarta-feira (24), o aluno chegou a entregar a faca que levou à escola, para o supervisor, na hora da saída, como forma de ameaça.

Professores e coordenadores se informaram dos fatos e o supervisor então soube que o adolescente dizia que iria esfaqueá-lo. O aluno, de acordo com a polícia, entregou a faca nas mãos do supervisor após saber que a Ronda Escolar poderia ser acionada.

O supervisor informou que a entrega da faca não aconteceu de forma arrependida e sim como uma ameaça.

Nesta quinta-feira (25), os policiais militares foram acionados, fizeram oitivas na escola, apreenderam a faca e orientaram o docente a fazer um boletim de ocorrência.

O aluno estaria “prometendo” o supervisor por conta da fiscalização por parte do servidor contra atos infracionais e indisciplina na escola. O caso foi registrado na Deaij (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude).

Assaltante é morto em troca de tiros com a polícia em pousada no Centro

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Suspeito, ainda não identificado, de assaltar um caminhoneiro foi morto em uma troca de tiros em uma pousada na Rua Maracaju, quase esquina com a Avenida Calógeras na noite desta sexta-feira (26) no Centro de Campo Grande.

Após a prisão de um homem e apreensão um adolescente que estavam com a vítima e a carreta, na saída para Sidrolândia, os policiais chegaram até este terceiro suspeito de envolvimento do roubo, que estava na pousada.

A prisão e apreensão do adolescente que estavam com a vítima foi feita por policiais militares do 10BPM. Ambos disseram à polícia que iriam soltar a vítima e levar o caminhão à Bolívia. Após a prisão e apreensão, os policiais chegaram ao terceiro autor, que estava em um dos quartos da pousada.

De acordo com a polícia, na pousada, duas mulheres responsáveis pelo local, disseram que o suspeito não estava no local. Porém, ele foi flagrado logo depois pela PM, dentro de um dos quartos. Elas foram levadas à delegacia para esclarecimentos. Ainda segundo a polícia o autor então recebeu os policiais a tiros, momento em que foi alvejado.

Ele chegou a ser levado à Santa Casa, porém não resistiu e veio a óbito. A perícia foi acionada e o caso será registrado na Depac Centro.

Vereador quer fortalecer a produção de erva mate no município

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Com o objetivo de fortalecer a produção de erva-mate em Amambai, o vereador Dilmar Bervian solicitou, através do requerimento 082/2019, endereçado à Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil, Teresa Cristina, a viabilização de recursos para a produção sustentável de erva-mate no município.

O pedido foi feito tendo em vista que há em Amambai duas indústrias de erva-mate, a Erva-Mate São Roque e a Tereré 18 Anos, além da Associação dos Agricultores Familiares e Produtores de Erva Mate de Amambai e Região (Agrimate), que tem como objetivo fortalecer a produção de viveiros de mudas, auxílio plantio e assistência técnica, além de contribuir para o desenvolvimento do agronegócio no município.

“Entendemos ser de grande importância para o município, oferecer todo o suporte necessário para os produtores que estão desenvolvendo suas atividades, na produção e distribuição de mudas”, justificou o vereador.

Dilmar ainda explicou que há estudos sendo desenvolvidos sobre a viabilidade dessa produção sustentável. O requerimento ressalta que é necessária a aquisição de equipamentos para o preparo, transporte, plantio e assistência técnica visando melhorar a qualidade do produto e, além disso, se faz necessário a viabilização de recursos via Instituições de Créditos, Fundo de Aval, juntamente com a União, Estados e Municípios, para implementar e ampliar a área plantada, produção e distribuição de mudas.

“Diante do exposto, solicitamos a liberação de recursos para implementar e ampliar a área plantada, incentivando o desenvolvimento da agricultura familiar, sendo que em nosso município existe um cinturão verde, composto de chácaras, três aldeias indígenas e quatro agrovilas”, defendeu Dilmar.

A reivindicação foi encaminhada a Ministra da Agricultura, Tereza Cristina, por intermédio da indicação número 082/2019, apresentada ao plenário do poder legislativo na sessão ordinária realizada na segunda-feira (22/04).

Indígenas fecham parte da Esplanada dos Ministérios em protesto do Acampamento Terra Livre

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Indígenas entram em espelho d'água do Palácio da Justiça durante marcha do 15º acampamento Terra Livre — Foto: Marília Marques/G1DF

Indígenas entram em espelho d’água do Palácio da Justiça durante marcha do 15º acampamento Terra Livre — Foto: Marília Marques/G1DF

Indígenas de todo país, reunidos em Brasília para a 15ª edição do Acampamento Terra Livre, protestaram na Esplanada dos Ministérios nesta sexta-feira (26). Alguns chegaram a tirar a roupa e nadaram no espelho d’água do Palácio da Justiça.

Na água, eles cantaram, entoaram palavras de ordem e tomaram banho na cascata que cai do prédio que pertence à pasta do Ministro Sérgio Moro

Segundo os organizadores, cerca de 4 mil pessoas participam da marcha que ocupou as seis faixas do Eixo Monumental; a Polícia Militar estimava público de 2,5 mil no início do ato. Os indígenas pedem a demarcação de terras e a “manutenção de direitos básicos”.

O Eixo Monumental – da Rodoviária do Plano Piloto sentido Congresso Nacional – foi interditado. A segurança na Esplanada foi reforçada desde uma semana antes do início do acampamento.

Indígenas fecham parte da Esplanada dos Ministérios em protesto do Acampamento Terra Livre — Foto: Bruno Marques/ApibIndígenas fecham parte da Esplanada dos Ministérios em protesto do Acampamento Terra Livre — Foto: Bruno Marques/Apib

Indígenas fecham parte da Esplanada dos Ministérios em protesto do Acampamento Terra Livre — Foto: Bruno Marques/Apib

O Acampamento Terra Livre, que é a maior conferência do Brasil sobre povos tradicionais, começou na terça-feira (23) e tem programação até esta sexta-feira (26). O tema, este ano é “Sangue indígena, nenhuma gota a mais”.

O grupo também é contrário à proposta de municipalização dos serviços de saúde e protesta contra medidas recentes, como mudanças na Funai – antes vinculada ao Ministério da Justiça.

Indígenas entram em espelho d'água do Palácio da Justiça durante marcha do 15º acampamento Terra Livre — Foto: Marília Marques/G1DFIndígenas entram em espelho d'água do Palácio da Justiça durante marcha do 15º acampamento Terra Livre — Foto: Marília Marques/G1DF

Indígenas entram em espelho d’água do Palácio da Justiça durante marcha do 15º acampamento Terra Livre — Foto: Marília Marques/G1DF

Marcha

A marcha começou por volta das 9h. Com instrumentos musicais e munidos de arcos e flechas, os indígenas pararam, primeiro, na entrada principal do Ministério de Direitos Humanos. No local, eles pediram a “saída de ruralistas da Funai”.

Indígenas fecham parte da Esplanada dos Ministérios em protesto do Acampamento Terra Livre — Foto: Marília Marques/G1DFIndígenas fecham parte da Esplanada dos Ministérios em protesto do Acampamento Terra Livre — Foto: Marília Marques/G1DF

Indígenas fecham parte da Esplanada dos Ministérios em protesto do Acampamento Terra Livre — Foto: Marília Marques/G1DF

“Protestamos pelo fortalecimento da saúde indígena e para que o ministro Sérgio Moro reencaminhe a Funai para o Ministério da Justiça. Não podemos permitir que a Funai permaneça sob o comando de ruralistas”, afirmou Dinamam Tuxá, coordenador executivo da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib).

Segurança

Até o meio-dia, a PM não tinha registro de conflitos relacionados ao ato. A corporação montou um cordão de isolamento para impedir a passagem dos manifestantes para o gramado do Congresso Nacional.

Grades também foram colocadas no local para que o grupo não se aproxime da entrada principal da Câmara Federal.

PM montou cordão de isolamento dos manifestantes no Congresso Nacional — Foto: Marília Marques/G1DF

PM montou cordão de isolamento dos manifestantes no Congresso Nacional — Foto: Marília Marques/G1DF

Juiz anula processo de demarcação e devolve fazenda onze anos depois

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Decisão da 1ª Vara Federal de Ponta Porã acatou recurso de proprietários rurais sobre ausência de requisitos para reconhecimento da área como terra indígena

Vinte anos depois de um processo administrativo decretar uma propriedade rural de Paranhos –a 469 km de Campo Grande– como integrante da reserva indígena Arroyo-Corá, decisão da 1ª Vara Federal de Ponta Porã anulou o processo demarcatório, atendendo a pedido dos donos dos títulos da fazenda Potreiro-Corá. Na decisão, publicada no Diário de Justiça Federal desta segunda-feira (22), o juiz responsável avaliou não estarem presentes requisitos necessários para o reconhecimento da reserva, remetendo na sentença a atos ocorridos em meados do século passado.

A sentença atendeu ao pedido de Marcos Bezerra de Araújo e Renata Gonçalves Araújo, que desde 2007 tentavam invalidar judicialmente o processo administrativo de demarcação, datado de 1998, para identificação de terras indígenas no sul do Estado. Entre os argumentos, estava a falta de citação e notificação dos proprietários e a inaplicabilidade de um decreto de 8 de janeiro de 1996, pois a região não seria de ocupação tradicional indígena.

Eles ainda argumentaram que os títulos originários foram assinados pelo governo do antigo Mato Grosso e ratificados pelo governo federal, e que as áreas não estavam em posse dos índios. Por outro lado, a Funai (Fundação Nacional do Índio) reiterou que o relatório de identificação e delimitação da terra indígena Arroyo-Corá era verdadeiro e legal –destacando, por exemplo, que a posse indígena tinha necessidade por uso e costumes–, e que as populações indígenas foram expulsas da região mediante o emprego de violência.

A fundação ainda alegou que o título de propriedade dos autores da ação era nulo, pois datava de antes da Constituição de 1934 –o MPF (Ministério Público Federal) e a comunidade Arroyo-Korá também se posicionaram contra o pedido dos titulares das terras que, por sua vez, ainda levantaram mandado de segurança acatado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) em 21 de dezembro de 2009 que suspendeu efeito de decreto presidencial sobre a demarcação da terra indígena.

Marco temporal – No despacho que deliberou sobre o caso, o juiz federal reiterou que o STF trabalha com o marco temporal da promulgação da Constituição de 1988, em 5 de outubro daquele ano, para decidir sobre a ocupação formal da área por populações indígenas –não se expandido àqueles que se referem a aldeamentos extintos ou ocupados em passado remoto.

A exceção, anotou, envolve o “renitente esbulho” (quando houve conflito possessório que persistia até o marco temporal para demarcação). Analisando o laudo técnico sobre a ocupação da área, o magistrado apontou que as mudanças ocorreram na década de 1940, com a chegada dos fazendeiros, até que em 1960 aumenta a pressão para que os indígenas deixassem a área.

“Os primeiros proprietários adquiriram as terras junto ao Governo do Estado de Mato Grosso através de compra e, paulatinamente, expulsaram os índios, prática comum naquela época”, citou trecho do laudo, segundo o qual a Arroyo-Corá seria território tradicionalmente guarani. A Funai já havia apontado que, desde 1927, havia emissão de títulos pelo Estado de Mato Grosso e, em 1995, teve início o movimento para retomada das terras pelas famílias indígenas.

Ordenamento – Na decisão tomada “aos olhos do ordenamento jurídico”, não seria a região terra indígena por não ser demonstrado que na promulgação da Constituição as populações nativas ocuparam a área. A emissão dos títulos de posse aos fazendeiros também corroborou essa leitura. No caso da Potreiro-Corá, considerou-se que os indígenas não exerciam sua posse em 5 de outubro de 1988. O magistrado ainda considerou que o marco temporal deveria ser visto com ressalvas, “devendo-se perquirir se a descontinuidade da posse decorre de atos de expropriação territorial praticados por não-índios”.

“Ocorre que, nem as rés nem o MPF lograram demonstrar a ocorrência de esbulho possessório ou expulsão dos indígenas por parte da autora ou demais proprietários que a tenham antecedido, não há relatos de violência o resistência, e o empenho de recuperação apenas se iniciou em 1995, após o marco temporal”, pontua a sentença, na qual se pontou “restar demonstrada a desocupação forçada dos indígenas no passado”, mas que não configuraria “renitente esbulho” que persistira até o marco demarcatório.

Da mesma forma, a Justiça desconsiderou laudos que fundamentaram portaria de 2006, não havendo notícia desde então da demarcação da área e de procedimento de indenização dos titulares das terras. Desconsiderando as terras em questão como indígenas, a Justiça reconheceu a nulidade do processo administrativo de 1998 que previa a demarcação referente à fazenda dos reclamantes.

Exército lança edital de seleção para militares com salário de até R$ 7 mil

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Lançado nesta sexta-feira (26), o edital de abertura de processo seletivo para militares temporários que desejam trabalhar na 9° Região Militar, localidade que abrange os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e o município de Aragarças, em Goiás. No estado sul-mato-grossense, as cidades com vagas disponíveis são Campo Grande, Dourados e Corumbá.

Dois setores disponibilizarão vagas para Oficial Técnico Temporário, onde graduados no ensino superior nas áreas de Enfermagem com pós-graduação em Auditoria Hospitalar e Fisioterapia com carga horária mínima de 120 horas em RPG e Pilates.

Neste primeiro momento, não foram divulgadas o número de vagas que serão ofertadas pelo certame, mas conforme edital, apenas o salário foi divulgado e podem chegar até os R$ 7 mil e benefícios, conforme tabela.

Não existe distinção de sexos, os candidatos podem ser masculino ou feminino e devem cumprir todas as exigências previstas no Aviso de Convocação. A convocação será composta por inscrição eletrônica, entrega de documentação, entrevista e avaliação curricular, inspeção de saúde e exame de aptidão física.

As inscrições começarão a ser validadas a partir do dia 29 de maio e terminando no dia 10 de junho. Elas devem ser concluídas diretamente pelo site da 9° região. Para conferir mais detalhes, basta acessar o edital, disponível através do link.

CORUMBÁ Trio é preso com cocaína, dinheiro e munições de fuzil 7.62mm

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Três jovens, de 18, 22 e 24 anos, foram presos em flagrante com cocaína, dinheiro e munições de fuzil 7.62mm de uso restrito das forças policiais, em uma residência do Bairro Centro América, em Corumbá, cidade localizada na região de fronteira com a Bolívia. Dois dos presos também são suspeitos de envolvimento em três assaltos a postos de combustíveis, ocorridos ainda nesta semana na cidade.

A prisão ocorreu depois que a dupla que estava em uma motocicleta, desobedeceu ordem de parada dos policiais militares da Força Tática e iniciaram fuga a partir da Rua Travessa 1. No caminho, o garupa, de 22 anos, deixou cair um saco plástico contendo as munições de uso restrito.

Os suspeitos foram abordados assim que entraram em uma residência do bairro. No local, o outro jovem, de 18 anos, estava dormindo. Durante as buscas no imóvel, os policiais encontraram nos fundos da casa, as munições de fuzil 7.62mm e uma porção de cocaína.

Questionados sobre a procedência da droga, o suspeitos disseram que eram os donos da droga, mas que o jovem de 18 anos ajudava a vender tanto a cocaína quanto as munições. Eles relataram ainda que faziam as vendas com um carro e a motocicleta que foi apreendida.

O fornecedor de toda a droga não foi identificado, conforme o Diário Corumbaense. O trio foi encaminhado para a delegacia da cidade, que ainda deve investigar a participação da dupla com os roubos dos postos de combustíveis.