“Lá na frente o remédio vai ser mais amargo”, diz Azambuja sobre Previdência

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“Senão lá na frente o remédio vai ser mais amargo”. A declaração foi dada pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB), durante entrevista na manhã desta quinta-feira (21), e tem relação com a proposta de Reforma da Previdência apresentada ontem pelo Governo Federal. Em outras palavras, o chefe do Executivo de Mato Grosso do Sul declarou que, se esta reforma não for feita agora vai trazer mais desafios no futuro.

A proposta apresentada ontem pelo governo de Jair Bolsonaro cria uma idade mínima de aposentadoria e acaba com a possibilidade, ao final do tempo de transição, de aposentadoria por tempo de contribuição. Para mulheres, a idade mínima de aposentadoria será de 62 anos e, para homens, de 65. Beneficiários terão que contribuir por um mínimo de 20 anos.

Azambuja elogiou os pontos do texto apresentado por Bolsonaro e comentou que a ideia agora é trabalhar no convencimento da Reforma para o país, estados e municípios.

EM MATO GROSSO DO SUL

O  chefe do estado foi lembrado também da “dura luta” que teve de enfrentar para aprovação do aumento da alíquota de contribuição dos servidores estaduais em 2017. O valor do desconto passou de 11% para 14%. Na ocasião, protestos foram realizados na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul e até a Tropa de Choque da Polícia Militar precisou ser acionada.

Azambuja comentou que, apesar dos desgastes, os deputados entenderam a necessidade da aprovação. Segundo ele, o deficit na previdência estadual que estava estimado em R$ 1,2 bilhão em 2018 ficou em R$ 700 milhões.

Essas declarações foram dadas durante entrevista ao vivo ao Jornal Em Pauta, da GloboNews, na manhã desta quinta-feira (21).