Adolescente que participou de estupro coletivo que acabou na morte de jovem tem liberdade negada

0

Um dos adolescentes que participou do estupro coletivo que acabou na morte de Carolaine Espíndola, de 22 anos, em um canavial na região de Dourados, cidade a 225 quilômetros de Campo Grande, teve a progressão de pena de medida socioeducativa negada pela Justiça.

Pedido foi negado na última semana pelo magistrado que em sua decisão afirmou que “o cumprimento das medidas pactuadas encontra-se em fase intermediária, pois o adolescente necessita refletir acerca da gravidade do ato infracional praticado, participar das atividades propostas pela Unidade, participar das orientações religiosas, entender os motivos que o levaram a cometer o ilícito, elaborar um novo projeto de vida para quando for progredido para o meio aberto”.

O pedido de progressão foi feito com base no bom comportamento e no tempo de 1 ano e 4 meses, em que o garoto está na Unei (Unidade Educacional de Internação) da cidade. Ainda na decisão do magistrado ele pontua, “considerando o tempo de cumprimento da medida de internação e a gravidade do ato infracional praticado, vê-se que, neste momento, é prematura a sua progressão, exigindo-se o aguardo da remessa de novo relatório multidisciplinar”. Entretanto, não se trata de liberação prematura e sim da liberação de um adolescente internado há mais de 1 ano e 4 meses.”

O crime aconteceu em setembro de 2019, quando a jovem voltava de uma festa e os adolescentes levaram a mulher para o canavial a derrubando-a  no chão sendo que em seguida passaram a agredi-la e, com a ajuda dos outros garotos passaram a se revezar em estuprar a vítima. Ela foi deixada despida no canavial.

Após os abusos, a vítima foi chutada no rosto e teve o pescoço torcido por um dos garotos. Quando apreendidos na época do crime, os adolescentes afirmaram que estavam bêbados.