Brasil tem 2.292.286 casos de Covid-19, aponta consórcio de veículos da imprensa em boletim das 8h

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O número de casos confirmados de Covid-19 no Brasil subiu para 2.292.286, indica o boletim das 8h do consórcio de veículos de imprensa formado por EXTRA, O Globo, G1, Folha de S.Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo nesta sexta-feira. Os números são consolidados a partir das secretarias estaduais de Saúde. O total de óbitos é de 84.251.

As estatísticas da pandemia no Brasil são divulgadas três vezes ao dia. O próximo levantamento será divulgado às 13h. A iniciativa dos veículos da mídia foi criada a partir de inconsistências nos dados apresentados pelo Ministério da Saúde na gestão do interino Eduardo Pazuello.

Desde o levantamento fechado da última quinta-feira, às 20h, apenas Goiás, Piauí e Roraima atualizaram suas estatísticas. Até o momento, são 2.335 casos de Covid-19 notificados pelas secretarias estaduais de Saúde desde a noite de ontem, além de 44 novas vítimas fatais.

O Brasil registrou na última quarta-feira o maior número de casos notificados em 24h: 65.339. O número foi impulsionado por São Paulo, que divulgou 16.777 novos diagnósticos positivos de infecção para coronavírus, recorde também no estado. Já na quinta-feira o país registrou o segundo maior número de notificações da Covid-19, com 58.080 novos infectados, superando as estatísticas de 19 de junho, com 55.209 infectados.

Tempo ate óbito

O tempo transcorrido entre uma vítima brasileira do novo coronavírus manifestar os primeiros sintomas e morrer é de 15,2 dias em média, mas varia muito conforme o estado onde o paciente vive, podendo ir de 11 dias (em Roraima) a 17 dias (em Santa Catarina).

Essa disparidade aparece em um estudo em andamento realizado por cientistas do Imperial College de Londres e da Universidade de Oxford, que analisou dados de pacientes internados em todo o Brasil.

Já nos casos dos pacientes internados que se recuperam, o período do início dos sintomas à alta (a conclusão do caso) é ligeiramente maior: 17,6 dias. O tempo médio de estada em UTI deste paciente é de 10 dias.

O grupo britânico que faz o estudo publicou nesta semana o primeiro perfil cronológico do paciente brasileiro de Covid-19, baseado nos dados de mais de 156 mil indivíduos, compilados pelo Sivep-Gripe (Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe). O trabalho, que por enquanto saiu na forma de um “pré-print”, estudo ainda sem revisão independente, ajudará epidemiologistas a entregarem projeções mais precisas sobre a doença no Brasil.

Anvisa libera mais testes

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou na última terça-feira a condução de ensaios clínicos de mais duas vacinas candidatas contra a Covid-19 no Brasil. Será o terceiro estudo do gênero no país. As fórmulas contempladas são desenvolvidas pela farmacêutica americana Pfizer e a empresa de biotecnologia alemã Biontech. Uma delas, a BNT162b1, se mostrou segura e induziu respostas imunes em voluntários testados na Alemanha, segundo um artigo publicado na última segunda-feira.

O Brasil terá, portanto, quatro vacinas candidatas sendo testadas em solo nacional. A primeira a ser autorizada é desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford (Reino Unido). A fórmula está sendo testada no Brasil em parceria com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e o Instituto D’Or, no Rio. A segunda, do laboratório chinês Sinovac Biotech, é testada em parceria com o Instituto Butantan, ligado ao governo de São Paulo.

O artigo que detalhou a primeira fase do ensaio clínico da Pfizer e da Biontech foi submetido ao site científico medRxiv sem revisão de pares (ou seja, sem a análise de especialistas independentes), mas reforçou as expectativas por um imunizante eficaz contra o coronavírus Sars-CoV-2 depois que AstraZeneca e Oxford anunciaram que sua vacina candidata, tida como a mais avançada do mundo pela Organização Mundial da Saúde (OMS), também obteve resultados promissores na primeira etapa de testes clínicos humanos, no Reino Unido.

Vacinas avançam

Um artigo publicado na última segunda-feira pela revista científica The Lancet concluiu que a vacina candidata da Universidade de Oxford (Reino Unido), produzida em parceria com o laboratório AstraZeneca, demonstrou ser segura, ter poucos efeitos secundários e ter estimulado a produção de anticorpos e células do sistema imune contra o novo coronavírus. A fórmula está sendo testada no Brasil em parceria com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e O Instituto D’Or, no Rio.

Além da vacina de Oxford, outras duas pesquisas anunciaram resultados promissores semelhantes. A China disse que a vacina contra a Covid-19, que chegou na última segunda-feira ao Brasil e começará a ser testada hoje, desenvolvida pela Sinovac e pela unidade de pesquisa militar chinesa, também mostrou resposta imune segura e induzida na maioria dos receptores.

A empresa alemã de biotecnologia BioNTech e a farmacêutica americana Pfizer divulgaram, também na última segunda-feira, dados adicionais de sua vacina experimental contra o coronavírus que provam que ela é segura e foi capaz de induzir resposta imunológica nos pacientes.