Brasil tem segundo dia com mais mortes por Covid-19 desde o começo da pandemia: 4.190

0

RIO — O Brasil registrou nesta quinta-feira 4.190 mortes por Covid-19. Essa é a segunda maior marca diária desde o começo da pandemia. Com os números contabilizados nas últimas 24h, o país totaliza 345.287vidas perdidas para o novo coronavírus. A média móvel foi de 2.818 óbitos, 17% maior do que o cálculo de duas semanas atrás.

Desde as 20h de quarta-feira, 89.293 novos casos foram notificados, elevando para 13.286.324 o total de infectados pelo Sars-CoV-2. A média móvel foi de 63.372 diagnósticos, 16% menor do que o índice de 14 dias atrás. O percentual aponta para uma tendência de queda.

Acompanhe: Veja como está a epidemia de Covid-19 no seu Estado

A “média móvel de 7 dias” faz uma média entre o número do dia e dos seis anteriores. Ela é comparada com média de duas semanas atrás para indicar se há tendência de alta, estabilidade ou queda dos casos ou das mortes. O cálculo é um recurso estatístico para conseguir enxergar a tendência dos dados abafando o ruído” causado pelos finais de semana, quando a notificação de mortes se reduz por escassez de funcionários em plantão.

Na terça-feira, o país registrou pela primeira vez mais de 4 mil mortes e voltou a atingir o patamar nesta quinta.

Os dados são do consórcio formado por O GLOBO, Extra, G1, Folha de S.Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo e reúne informações das secretarias estaduais de Saúde divulgadas diariamente até as 20h. A iniciativa dos veículos da mídia foi criada a partir de inconsistências nos dados apresentados pelo Ministério da Saúde.

Vinte e cinco unidades da federação atualizaram seus dados sobre vacinação contra a Covid-19 nesta quinta-feira. Em todo o país, 22.170.108 pessoas receberam a primeira dose de um imunizante, o equivalente a 10,47% da população brasileira. A segunda dose da vacina, por sua vez, foi aplicada em 6.357.779 pessoas, ou 3,00% da população nacional.

Oxigênio no limite

Gestores de saúde de 1.068 municípios brasileiros apontam que há risco de desabastecimento de oxigênio nos próximos dez dias e 1.559 cidades informaram que, com o atual estoque, não será possível suportar uma eventual necessidade emergencial ou pico de Covid-19. Os dados são do levantamento feito pelo Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e noticiado pelo jornal Folha de S.Paulo.

Entenda: o que dificulta a aprovação da vacina russa Sputnik V no Brasil

Das 2.411 cidades que responderam o questionário, 43 informaram que já não têm mais estoque de oxigênio cilíndrico.

Entre 18 de março e 6 de abril, representantes de secretarias municipais de todos os estados da federação apresentaram ao Conasems reclamações sobre falta de insumos, insuficiência de oxigênio para sustentar um recrudescimento da pandemia da Covid-19 e incapacidade de adquirir mais estoques de cilindros de oxigênio, essenciais para a internação de pacientes.

Sequelas: Como fica o cérebro após a tempestade viral da Covid-19

O risco de desabastecimento de oxigênio nos próximos dez dias é alarmante na Região Nordeste, na qual foram registradas 459 queixas em municípios dos nove estados, equivalente a 43% de todos os relatos.

Por outro lado, 90 cidades relataram a mesma preocupação na Região Sul, apesar dos estados apresentarem altas taxas de ocupação de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) para Covid-19.

Leia mais: Mais países limitam uso da vacina da AstraZeneca contra a Covid-19

Relatos dos secretários apontam que as principais queixas sobre o estoque estão relacionadas ao aumento de internações, que exige maior quantidade de cilindros, e dificuldades enfrentadas com fornecedores, que alegam não ter estoque para atender aos municípios. Essa é a justificativa apresentada pela maioria dos 98 secretários que afirmam que não conseguem comprar oxigênio no momento.

A situação também é grave para 20 municípios que informaram não conseguir comprar insumos hospitalares essenciais para proteger profissionais de saúde que acompanham pacientes com Covid-19, como máscaras, luvas, aventais e capotes.